terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Um Meme?

Alguém sabe o que é um meme (ou memê, como alguns chamam)?
Pois bem, eu nunca tinha ouvido falar em semelhante palavra, mas estou agradecido à Denise, do Papo Calcinha, por ter me indicado um meme. Estou agradecido porque assim tive a oportunidade de enriquecer mais um pouco minha cultura pop.

Originalmente, um meme é a versão da memória do que o gene é para a genética. Ou seja, sua unidade mínima. Considera-se um meme uma unidade de informação que se propaga de alguma forma, ou, de acordo com a Wikipédia, "(...) uma unidade de evolução cultural que pode de alguma forma autopropagar-se".
Há toda uma teoria a respeito dos memes. Quem quiser conhecer melhor esta importante parte de nossas vidas, recomendo o razoável artigo da Wikipédia. Veja aqui.

Do final de 2006 (pelo que pude apurar) pra cá o conceito de meme vem sendo aplicado à blogosfera. No que consiste? Em alguma coisa que se publica em um blog com o intuito de que as outras pessoas a copiem e façam sua própria versão daquela "coisa".

Muito bem, agora que expliquei do que se trata, vamos replicar o meme passado pela Denise. =)


As regras são:

- Colocar o link de quem te indicou pro meme;
- Escrever estas 5 regras antes do seu meme pra deixar a brincadeira mais clara;
- Contar 6 fatos aleatórios sobre você (esta é a proposta da brincadeira!);
- Indicar 6 blogueiros pra continuar o memê;
- Avisar para esses blogueiros que eles foram indicados.

O link e as regras já foram citados, vamos aos fatos:

1. Elvis é um chato! É, isso mesmo que você leu. Não gosta de nada, super exigente com tudo! Começou sua exigência com os amigos que escolhia para si. Depois foi ampliando para o cinema, quadrinhos, televisão, música, etc. E agora até mesmo com comida ele é exigente! Que cara mais chato! =P

2. Além de chato, Elvis é anti-patriota! Sabe que esse é um sentimento muito feio para se ter, mas ele não gosta da língua portuguesa, não gosta do jeito da maioria dos brasileiros e é frio o suficiente para ser mais europeu que brasileiro. Até mesmo para o futebol inglês ele torce, ao invés de pro nacional. Que ridículo da parte dele! Mas apesar disso, acha que o país (sem as pessoas, só o local) é maravilhoso para se morar.

3. Elvis tenta ser um bom amigo. Sendo uma pessoa curiosa sobre tudo, sempre se interessou por astrologia, numerologia e todas essas ciências inexatas que buscam dizer alguma coisa sobre quem somos. Em uma destas, leu sobre si "É difícil ser seu amigo, mas quando ele lhe concede o prazer de sua amizade, saiba que encontrará um amigo para todas as horas" (ou algo parecido). Não sabe se tudo isso é verdade, mas ele decididamente valoriza muito as suas amizades.

4. Elvis é um grande admirador da cultura pop. Busca se manter antenado com tudo do mundo do entretenimento. Mesmo as coisas mais detestáveis (como Big Brothers da vida) acabam entre as manchetes que lê nos sites de notícias (só manchetes) e, mesmo sem gostar de tudo, tem orgulho de saber um pouco de cada coisa: TV, videogames, música, cinema, quadrinhos, literatura, etc. Claro, entre estes itens, seu conhecimento é mais aprofundado no mundo dos quadrinhos, dada sua paixão por eles desde os 3 anos de idade. Visita (e comenta) seus blogs e sites favoritos duas vezes ao dia, acompanha as novidades enquanto elas ainda estão acontecendo, inclusive costuma dar muito trabalho aos amigos no quesito "contar uma novidade que ele ainda não saiba". (Gilvan: essa foi pra você, hehehehe)

5. Elvis, assim como a Denise, sonha em publicar seu próprio livro um dia. Gosta muito de escrever, mas está afastado da Literatura há mais de um ano. Nesse ínterim, tornou-se um escritor da blogosfera (inicialmente de posts em fotolog), após ter descoberto aos poucos que gostava muito de escrever pequenas matérias ou crônicas. Será que Elvis poderia ter sido jornalista?

6. Elvis é um romântico bobo e ultrapassado. Seus níveis absurdos de exigência tornam-se ainda mais insuportáveis no que diz respeito a garotas. Quando, a cada conjunção dos 9 planetas do Sistema Solar, encontra alguém interessante aos seus olhos, dedica seus esforços para conquistar a garota. Mas, apesar de ser romântico, não tem muito talento para a coisa. Mesmo assim, não se arrepende de ser dessa forma.


Indico a brincadeira para:

Ninguém! =(
Sorry, gente, prefiro que, aqueles que se interessarem (e que ainda não foram indicados pela Denise), repliquem o meme (pode até ser nos comentários).

P-p-por hoje é só, p-pessoal!
Semana corrida, mas em breve: mais filmes!

sábado, 24 de janeiro de 2009

Oscar 2009

Bem, passado o Globo de Ouro, é hora de focar meus esforços em mais uma maratona de filmes para o Oscar. Ano passado consegui assistir quase todos os indicados, com exceção de documentários, curta metragens e estrangeiros. Minha meta para esse ano é ver todos os indicados nas principais categorias, e também na de filmes estrangeiros. Talvez eu assista os curtas também, pois são fáceis de achar pra ver online, e aí faltarão apenas os documentários. Vamos ver.
Conforme eu for assistindo, vou comentando por aqui. Então, até 22 de fevereiro, deveremos continuar na linha de posts cinematográficos, ok? Abaixo alguns comentários sobre os filmes vistos até agora. Já falei aqui sobre Quem Quer Ser Um Milionário? (Slumdog Millionaire), Vicky Cristina Barcelona, Simplesmente Feliz, Wall-E, Bolt, Batman - O Cavaleiro das Trevas, A Duquesa e Homem de Ferro.


O Procurado


Bem, é um filme divertido, com ótimas cenas de ação, e melhor do que a história em quadrinhos do Mark Millar na qual foi inspirado. Gosto muito do James McAvoy e acho que ele está perfeito no papel principal. Morgan Freeman não decepciona, mas também não acrescenta muito à história, e seu personagem poderia ser interpretado por muitos outros atores sem mudar nada. Claro, o destaque do filme vai para a estonteante Angelina Jolie. Eu admito que ela não é tããããão bonita assim, que não é a mulher mais bonita do mundo. Nem de perto. Mas a sensualidade que ela transmite... acho que nenhuma outra famosa consegue igualar. Claro, é importante ressaltar que ela faz isso quando deseja (veja mais no comentário sobre A Troca), mas seus movimentos graciosos, mesmo quando está fazendo filmes de ação, a tornaram uma das mulheres mais cobiçadas do mundo. Bom, O Procurado é um filme muito mentiroso, mas é um entretenimento bem agradável.
4 estrelas em 5


Kung Fu Panda


A premissa é interessante, mas é mais um daqueles filmes de animação em que os protagonistas são dublados por atores famosos, na versão original e na nacional, o que prejudica muito a obra. Ser ator e ser dublador são artes distintas, embora relacionadas. Peço permissão para comparar um ator dublando com um peruano dando aulas de espanhol no Brasil. Ele domina o idioma, mas não tem as técnicas de didática necessárias a um professor. Da mesma maneira, atores dominam o controle de suas vozes, mas não conhecem técnicas específicas da dublagem.
Bom, mas dublagens à parte, o filme é divertido, consegue fazer rir em alguns momentos, mas sua história não realmente empolga. As cenas de batalha são legais, mas muito aquém das obras-primas de artes marciais chinesas, como o inigualável O Tigre e O Dragão. Com animação, valeria a pena ter feito lutas ainda mais espetaculares. Importante citar que a Angelina Jolie dubla uma das personagens (a Tigresa).
3 estrelas em 5


A Troca


E eis que mais um filme com a Angelina Jolie! Três dos cinco comentados neste post! =O
Adianto que A Troca é o melhor filme do post.
Conta a história verídica de uma mãe (Christine Collins, interpretada por Jolie) cujo filho desaparece, no final dos anos 20 nos Estados Unidos. A polícia encontra uma criança, mas Christine afirma que não é a dela, e sua luta mobiliza o auxílio de um pastor (John Malkovich), desejoso em provar os erros cometidos pela polícia de Los Angeles.
Tocante narrativa, na qual ficamos todos angustiados para encontrar o filho da sra. Collins e nossa apreensão cresce com a dela. Seguindo um roteiro bem amarrado, o filme dirigido por Clint Eastwood conta com uma ótima reconstituição da época (incluindo os figurinos - reparem nas mudanças de roupas e cabelos quando se passam alguns anos - e os cenários), um elenco de apoio mediano, e uma interpretação fabulosa de Angelina, que mostra que tem talento tanto para ação como para drama. Se no ano anterior a Academia esqueceu dela em O Preço da Coragem (que não vi), este ano compensaram com a indicação por este filme. Em obras como Gia (pela qual ganhou um Globo de Ouro de melhor atriz) e Garota, Interrompida (pela qual ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante), a senhora Pitt já tinha provado seu talento, mas agora volta aos holofotes. Sua atuação é comum para dramas, mas não menos espetacular. E se em O Procurado, ela exibe um dom especial para a sedução, aqui aparece magra e séria, sem espaços para sua sensualidade.
Curiosidade: fiz as contas e percebi que já assisti 15 filmes com Angie! Que marca! =O
5 estrelas em 5


O Lutador


Acabo de ver este filme do ótimo e original diretor Darren Aronofsky (do excelente Réquiem para Um Sonho), sobre um lutador famoso dos anos 80 que está velho e acabado pela idade, mas que não sabe fazer outra coisa além de lutar e sonha em voltar a fazer sucesso. Trazendo um Mickey Rourke de volta à forma (atuando muuuuito bem, mas nada tão espetacular, acho exagerado o estardalhaço que estão fazendo) no papel principal, uma ousada Marisa Tomei, muito bem como uma stripper (ambos indicados ao Oscar) e a belíssima Evan Rachel Wood em uma participação não muito grande. Conta ainda com a música The Wrestler, do adorado pelos americanos Bruce Springsteen, que é realmente belíssima e foi completamente ignorada pela Academia, apesar de ter vencido o Globo de Ouro, e de apenas 3 canções terem sido escolhidas esse ano (um mistério insolúvel). O filme é bom, e realmente entristece ver a condição do lutador Randy Ram, mas está anos-luz aquém de outros trabalhos de Aronofsky. De qualquer forma, é bom vê-lo experimentando.
Curiosidade: o vocalista do Guns'n'Roses, Axl Rose, deu alguns incentivo$ para o filme e ganhou músicas na trilha sonora e um agradecimento da equipe nos créditos. Mas o mais interessante é que dá para fazer um comparativo entre Randy e Axl, ambos ídolos dos anos 80 que engordaram e estão tentando (na marra) fazer algum sucesso novamente. =P
3 estrelas em 5


O Curioso Caso de Benjamin Button


Este era um filme que, desde o anúncio, me parecia muito promissor. Dirigido pelo brilhante David Fincher (de Se7en e Zodíaco, mas que pra mim bastou ter dirigido O Clube da Luta para permanecer pra sempre no meu hall da fama), estrelado pelo ora talentoso Brad Pitt (em dois dos filmes citados no parênteses anterior ele está ótimo) e pela talentosíssima Cate Blanchett (para mim, a melhor intérprete vocal do cinema. Seu trabalho com sotaques e idiomas é fascinante - vide Elizabeth, O Aviador ou mesmo A Sociedade do Anel, só para citar alguns exemplos, sem comentar seu espetacular desempenho em Não Estou Lá) e ainda contando com uma história muito criativa (inspirada em conto de F. Scott Fitzgerald). Tudo para ser uma obra-prima.
Mas... não é. Antes mesmo de assistir, soube que o Pablo Villaça não tinha gostado muito. Claro que isso não me impede de gostar (e já ocorreu algumas vezes), mas me fez ligar o desconfiômetro. O elenco está bem (embora nada espetacular), a história tem bons momentos (apesar das semelhanças com Forrest Gump, ambos do mesmo roteirista), a direção faz o que pode, e... o filme não empolga! =/ Não sei porque, mas falta emoção à obra. Além disso, conta com alguns erros de continuidade facilmente detectáveis, mas eu teria feito vista grossa para eles se a história fosse vibrante. Há um romance que tem tudo para ser lindo, e não me fez torcer para que ele desse certo, muito menos me emocionou. De qualquer forma, é deveras criativo e vale assistir.
Curiosidade: eis que não é só com a esposa que vi muitos filmes, assisti nada menos que 14 obras com o Brad Pitt (e é bom frisar que jamais vi os batidos Os 12 Macacos e Sete Lendas no Tibet). E também vi 13 com a Cate Blanchett! =O
3 estrelas em 5




Para encerrar o post, deixo-os com um vídeo de uma apresentação ao vivo do duo sueco Roxette. A música é Church of Your Heart, uma de minhas favoritas, e a apresentação é de 2001, creio eu.



Há um fato curioso sobre Roxette: a Marie sempre pareceu a mais talentosa, com uma bela e poderosa voz. Contudo, hoje eu encaro Per Gessle como o grande responsável pelo sucesso da dupla. Com um talento especial como compositor, criou grandes hinos da música pop. E sua voz tem algo especial, original. Pra completar, a Marie perdeu bastante do seu potencial vocal com a idade (e com o câncer que teve), enquanto o Per parece o mesmo!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Slumdog Millionaire, mais sobre o Globo de Ouro e Simplesmente Feliz

Slumdog Millionaire


Estou escrevendo este post na madrugada do dia 9 para o dia 10. Acabo de assistir Slumdog Millionaire e não consegui esperar para escrever depois. Que filme! Que filme! Eu estava desocupado, achei cedo para dormir, então resolvi ver um dos indicados ao Globo de Ouro que estavam ao meu alcance no momento. Acabei escolhendo este filme meio que por acaso, embora imaginei que sua trama fosse mais adequada que a de Frost/Nixon, por exemplo, para ser visto de madrugada. Um filme político certamente despertaria o meu sono.
Pasmem, mas eu nunca tinha assistido a um filme do Danny Boyle. Nem mesmo o alardeado Trainspotting, elogiado por tantos amigos. Acabei não vendo. Nem o estrelado A Praia, também adorado por um amigo. Ou Extermínio, idolatrado Internet afora. Nem muito menos Cova Rasa, um de seus primeiros longas, e considerado cult. Uma vez estive em uma conversa com uma pessoa que não vou nomear, mas foi no dia em que a conheci, e esta pessoa falava ardentemente do Boyle, citando-o como um de seus diretores favoritos, e citando os clássicos da sua filmografia.
Bem, diante do que acabei de ver, Boyle ganhou o meu respeito. Em primeiro lugar, pela escolha em fazer este filme. É uma obra totalmente não-hollywoodiana, sem atores conhecidos, com paisagens estranhas para os americanos, parcialmente falado em dialetos indianos, com uma trilha sonora no mínimo original e com um roteiro nada comercial.
De uma ponta a outra, o longa é uma homenagem à Índia. Somos apresentados a guetos, paisagens rurais, à Mumbai moderna e seus prédios, ao trânsito caótico, aos habitantes de tão distinto país, à cultura local e até mesmo ao Taj Mahal. A fotografia de Anthony Dod Mantle, colaborador de Boyle e Lars Von Trier, evoca a pobreza do país e nos faz sentir com os personagens o que eles estão vivenciando.
O fantástico roteiro de Simon Beaufoy é baseado no livro Q & A, sucesso de estréia do novelista e diplomata indiano Vikas Swarup, lançado em 2005. Conta a história de Jamal Malik, um jovem rapaz que está na versão indiana do famoso Who Wants to Be a Millionaire?, programa americano que Sílvio Santos adaptou para O Show do Milhão. Jamal já ganhou 10 milhões de rúpias e, tendo a pergunta final deixada para o dia seguinte, é levado pela polícia sob suspeita de fraude. O chefe da polícia de Mumbai passa uma transmissão do programa para que o rapaz justifique como poderia saber cada uma das perguntas. E conforme elas vão passando, Jamal conta a sua vida, desde a sofrida infância ao lado do irmão Salim, à forma como conheceu, ainda criança, a pequena Latika, e como passou os seus dias buscando estar ao lado dela. Não vou contar mais nada, pois seria spoiler.
Mas é um filme muuuuito original, com uma estrutura narrativa extremamente criativa (o que talvez se deva ao montador Chris Dickens), que não apela para o caminho óbvio (que seria um drama forte, com base na triste realidade local) e que conta com uma trilha sonora espetacular do compositor de Bollywood A. R. Rahman. A trilha é composta de músicas indianas, sobretudo modernas (com participação da cantora inglesa de origem indiana M.I.A.), com suas batidas únicas. Os créditos finais ainda nos brindam com um clipe feito à maneira indiana, com todas as coreografias clássicas e bizarras para nós ocidentais. Me apaixonei pelas músicas, e inclusive desejo adquirir o cd! Bom, uma obra prima de Danny Boyle, muito bem dirigida e que ganha a minha torcida para alguns prêmios por aí. Não vi nenhum dos outros filmes fortes do ano, mas creio que ao menos o roteiro seja merecedor. A trilha sonora é excelente, mas definitivamente não faz o gênero de Hollywood, hehehehe.
5 estrelas em 5, sem sombra de dúvidas.




Globo de Ouro

Bem, importante ressaltar que escrevi o texto acima antes da cerimônia do Globo de Ouro e mesmo sem ter assistido ainda à maioria dos concorrentes, fiquei muito feliz com os 4 prêmios para Slumdog Millionaire, sobretudo com os de roteiro e trilha sonora. E quem assistiu à cerimônia pôde conferir a bela Frida Pinto, que interpreta a Latika adulta. Bom, o longa independente de produção britânica e equipe indiana deu a largada para o Oscar disparando na frente. Claro, apesar de tudo, o filme é muito distinto do estilo dos americanos, e nada está garantido. Sinto que Frost/Nixon ainda tem boas chances. Mas prefiro assisti-lo primeiro.

Acertei 14 das 25 categorias, o que foi um número excelente se tivermos em vista que não assisti quase nada ainda e que acertei boa parte das categorias de séries e filmes para a TV, baseando-me no pouco que sabia acerca das produções. Se eu tivesse visto Slumdog antes de dar os palpites, teria acertado mais dois.

Quero pedir desculpas aos fãs de Gran Torino. Eu falei mal da música indicada ao Oscar acreditando se tratar de uma do mesmo filme que ouvi meses atrás, cantada por Clint Eastwood e detestei. Mas essa era cantada pelo Jamie Cullum, ao menos o trecho que passou na cerimônia.

Bom, a cerimônia em geral foi muito boa. É uma lástima que Dexter não tenha vencido em nenhuma das duas indicações. Mas o melhor da festa foi a esmagadora vitória de Kate Winslet. Depois de 5 indicações para o Globo de Ouro sem nunca vencer, a sexta e a sétima deram-lhe enfim a glória. Ela teve essas mesmas 5 indicações infrutíferas para o Oscar, então serei um grande torcedor para que a excelente atriz britânica leve dois carecas dourados para casa! =D Aliás, fantástico vê-la emocionada no palco. Ela realmente não acreditava ser capaz de ganhar, já que desde 95 tentava.

Para quem não viu, abaixo os resultados.



Filme Dramático

O Curioso Caso de Benjamin Button
Apenas um Sonho
The Reader
Frost/Nixon
Slumdog Millionaire


Filme de Comédia ou Musical

Queime Depois de Ler
Vicky Cristina Barcelona
Happy-Go-Lucky
Na Mira do Chefe
Mamma Mia!


Ator em Filme Dramático

Leonardo DiCaprio, Apenas um Sonho
Frank Langella, Frost/Nixon
Sean Penn, Milk
Brad Pitt, O Curioso Caso de Benjamin Button
Mickey Rourke, The Wrestler


Atriz em Filme Dramático

Anne Hathaway, O Casamento de Rachel
Angelina Jolie, A Troca
Meryl Streep´, Doubt
Kristin Scott Thomas, I´ve Loved You For So Long
Kate Winslet, Apenas um Sonho


Ator em Filme de Comédia ou Musical

Javier Bardem, Vicky Cristina Barcelona
Colin Farrell, Na Mira do Chefe
James Franco, Segurando as Pontas
Brendan Gleeson, Na Mira do Chefe
Dustin Hoffman, Last Chance Harvey


Atriz em Filme de Comédia ou Musical

Rebecca Hall, Vicky Cristina Barcelona
Sally Hawkins, Happy-Go-Lucky
Frances McDormand, Queime Depois de Ler
Meryl Streep, Mamma Mia!
Emma Thompson, Last Chance Harvey


Ator Coadjuvante

Tom Cruise, Trovão Tropical
Robert Downey Jr., Trovão Tropical
Phillip Seymour Hoffman, Doubt
Ralph Fiennes, A Duquesa
Heath Ledger, Batman - O Cavaleiro das Trevas


Atriz Coadjuvante

Amy Adams, Doubt
Penelope Cruz, Vicky Cristina Barcelona
Viola Davis, Doubt
Marisa Tomei, The Wrestler
Kate Winslet, The Reader


Diretor

Danny Boyle, Slumdog Millionaire
Stephen Daldry, The Reader
David Fincher, O Curioso Caso de Benjamin Button
Ron Howard, Frost/Nixon
Sam Mendes, Apenas um Sonho


Roteiro

Slumdog Millionaire, de Simon Baufoy
The Reader, de David Hare
Frost/Nixon, de Peter Morgan
O Curioso Caso de Benjamin Button, de Eric Roth
Doubt, de John Patrick Shanley


Animação

Bolt - Supercão
Kung Fu Panda
Wall.E


Filme Estrangeiro

The Baader Meinhof Complex (Alemanha)
Everlasting Moments (Suécia)
Gomorra (Itália)
I´ve Loved Your For So Long (França)
Waltz with Bashir (Israel)


Trilha Sonora

O Curioso Caso de Benjamin Button, de Alexandre Desplat
A Troca, de Clint Eastwood
Slumdog Millionaire, A.R. Rahman
Frost/Nixon, de Hans Zimmer
Defiance, de James Newton Howard


Canção

“Down to Earth”, música de Peter Gabriel, letra de Peter Gabriel e Thomas Newman) - Wall-E
“The Wrestler” música e letra de Bruce Springsteen - The Wrestler
“I Thought I Lost You”, música e letra de Miley Cyrus e Jeffrey Steele - Bolt - Supercão
"Gran Torino", música de Clint Eastwood, Jamie Cullum, Kyle Eastwood, Michael Stevens, letra de Kyle Eastwood, Michael Stevens - Gran Torino
"Once in a Lifetime", música e letra de Beyoncé Knowles, Amanda Ghost, Scott McFarnon, Ian Dench, James Dring, Jody Street - Cadillac Records


Melhor Série Drama

Dexter
House
In Treatment
Mad Men
True Blood


Melhor Série Comédia

30 Rock
Californication
Entourage
The Office
Weeds


Melhor Ator Drama

Gabriel Byrne - In Treatment
Michael C. Hall - Dexter
Jon Hamm - Mad Men
Hugh Laurie - House
Jonathan Rhys Meyers - The Tudors


Melhor Atriz Drama

Sally Field - Brothers and Sisters
Mariska Hargitay - Law and Order: SVU
January Jones - Mad Men
Anna Paquin - True Blood
Kyra Sedgwick - The Closer


Melhor Ator Comédia

Alec Baldwin - 30 Rock
Steve Carell - The Office
Kevin Connolly - Entourage
David Duchovny - Californication
Tony Shalloub - Monk

Melhor Atriz Comédia

Christina Applegate - Samantha Who?
America Ferrera - Ugly Betty
Tina Fey - 30 Rock
Debra Messing - The Starter Wife
Mary-Louise Parker - Weeds


Melhor Ator Coadjuvante em Série, Minissérie ou Telefilme

Neil Patrick Harris - How I Met Your Mother
Denis Leary - Recount
Jeremy Piven - Entourage
Blair Underwood - In Treatment
Tom Wilkinson - John Adams


Melhor Atriz Coadjuvante em Série, Minissérie ou Telefilme

Eileen Atkins - Cranford
Laura Dern - Recount
Melissa George - In Treatment
Rachel Griffiths - Brothers and Sisters
Dianne Wiest - In Treatment


Melhor Minissérie ou Filme feito para a TV

A Raisin in the Sun
Bernard and Doris
Cranford
John Adams
Recount


Melhor Atriz em Minissérie ou Filme feito para a TV

Judi Dench – Cranford
Catherine Keener – An American Crime
Laura Linney – John Adams
Shirley MacLaine – Coco Chanel
Susan Sarandon – Bernard and Doris


Melhor Ator em Minissérie ou Filme feito para a TV

Ralph Fiennes – Bernard and Doris
Paul Giamatti – John Adams
Kevin Spacey – Recount
Kiefer Sutherland – 24: Redemption
Tom Wilkinson – Recount






Simplesmente Feliz (Happy-Go-Lucky)


Assisti há pouco (são 23:12 da segunda 12/01/09) o filme Simplesmente Feliz, ou Happy-Go-Lucky no original, pelo qual a desconhecida inglesa Sally Hawkins levou um Globo de Ouro de melhor atriz em comédia ou musical, e há boas chances de conseguir uma indicação ao Oscar (embora tirar a estatueta da Kate ou da Anne Hathaway seja praticamente impossível). O filme é bem divertido e contagiante ao nos brindar com Poppy (Hawkings), uma garota de 30 anos que vê alegria em tudo. É uma espécie de Pollyanna moderna, embora às vezes tanbém me lembre Mary Poppins. Aliás, a trilha sonora é muito saborosa, me fazendo lembrar dos desenhos clássicos da Disney ou de produções cinematográficas antigas.
Oh! Acabo de ver na Wikipédia americana que a Poppy já é considerada a mais recente encarnação de Pollyanna, o que quer dizer que meu radar ainda está bom. =)
O filme é gostoso de assistir, e a moça é contagiante em sua alegria. Os personagens de apoio são todos ótimos e interpretados por atores (ao menos para mim) desconhecidos. O único famoso é o diretor Mike Leigh.
Aliás, o Globo de Ouro é merecido, a atriz está deslumbrante em sua interpretação, e eu não me lembro de ter visto antes uma garota tão desmiolada. O roteiro poderia ser melhor em alguns pontos. Me deu a impressão de trechos terem sido cortados de última hora, sobretudo em uma visita a um mendigo.
Bom, 4 estrelas em 5.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Bolt e Globo de Ouro

Bolt

Fui ontem ao cinema assistir à animação Bolt. A Disney estava seguindo por um péssimo caminho em sua linha de animações, produzindo algumas péssimas em 3D e algumas razoáveis em 2D. Por outro lado, sua parceira Pixar seguia a rota dos sonhos. Chegou ao fim o contrato da parceria, e a empresa do Mickey resolveu abrir o bolso e comprou a Pixar do Steve Jobs.
Com essa aquisição, os gênios da Pixar passaram a integrar o time de animação da Disney. Então, Bolt era uma idéia em andamento. O roteiro foi refeito e John Lasseter (fundador da Pixar e diretor dos Toy Story) deu seu toque de Midas ao filme. Há grandes chances da idéia original não ser boa, mas após a aquisição, surgiu um ótimo longa!
Bolt conta a história de um cãozinho que estrela um seriado com sua dona, Penny. Bolt é um supercão e luta contra o terrível Homem do Olho Verde, que quer adquirir os conhecimentos científicos do pai de Penny. O que Bolt não sabe é que tudo isso é apenas um seriado. Então, quando sua dona é raptada (no seriado), a afastam dele na vida real, e ele, em desespero, foge para resgatá-la. O cãozinho acaba atravessando o país, conhecendo uma gata de rua muito esperta e um hamster hiperativo que é fã do seriado, e com a ajuda dos dois, enfrenta as agruras do mundo real e a triste verdade sobre seus poderes.
O filme é excelente, com bem dosados toques de comédia, aventura e até mesmo drama. Recomendo a todos, pois é um filme para a família, um verdadeiro Disney, com uma pitada de Pixar. =)
5 estrelas em 5



Globo de Ouro

Bem, praticamente não assisti a nenhum dos indicados ao Globo de Ouro deste ano (até então, mas me aguardem para o Oscar, hehehe). Mesmo assim, resolvi dar os meus palpites sobre os vencedores, baseando-me apenas nas descrições dos filmes e nos comentários lidos pela Internet. Segue abaixo a lista de indicados. Em negrito destaco aquele no qual aposto minhas fichas.


Filme Dramático

O Curioso Caso de Benjamin Button
Apenas um Sonho
The Reader
Frost/Nixon
Slumdog Millionaire

(Meu segundo palpite seria Apenas um Sonho, mas acho que o filme político Frost/Nixon é bem mais a cara dos americanos)


Filme de Comédia ou Musical

Queime Depois de Ler
Vicky Cristina Barcelona
Happy-Go-Lucky
Na Mira do Chefe
Mamma Mia!

(Uma vitória para Vicky Cristina Barcelona seria bem justa. Todos elogiam Na Mira do Chefe, mas não assisti. Só espero que não dê Mamma Mia! nem Queime Depois de Ler)


Ator em Filme Dramático

Leonardo DiCaprio, Apenas um Sonho
Frank Langella, Frost/Nixon
Sean Penn, Milk
Brad Pitt, O Curioso Caso de Benjamin Button
Mickey Rourke, The Wrestler

(DiCaprio adora figurar entre indicados, então qualquer dia desses acabará vencendo. Dificilmente dará Brad Pitt, mas os demais são todos cotados. Arrisco Rourke, pois sua atuação vem sendo largamente elogiada)


Atriz em Filme Dramático

Anne Hathaway, O Casamento de Rachel
Angelina Jolie, A Troca
Meryl Streep´, Doubt
Kristin Scott Thomas, I´ve Loved You For So Long
Kate Winslet, Apenas um Sonho

(Minha torcida é pela Kate Winslet. Streep dizem que não está tão bem, foi só falta de concorrentes. Angie dificilmente levará também. A Kristin Scott Thomas foi elogiada, mas a Anne Hathaway é unânime esse ano)


Ator em Filme de Comédia ou Musical

Javier Bardem, Vicky Cristina Barcelona
Colin Farrell, Na Mira do Chefe
James Franco, Segurando as Pontas
Brendan Gleeson, Na Mira do Chefe
Dustin Hoffman, Last Chance Harvey

(Certamente espero que Bardem ganhe, pois comprova seu talento fantástico nesse filme gostoso. Mas não me espantarei se Hoffman for o vencedor)


Atriz em Filme de Comédia ou Musical

Rebecca Hall, Vicky Cristina Barcelona
Sally Hawkins, Happy-Go-Lucky
Frances McDormand, Queime Depois de Ler
Meryl Streep, Mamma Mia!
Emma Thompson, Last Chance Harvey

(McDormand está mediana em Queime Depois de Ler. Hall está bem como Vicky, mas não tanto. Prêmio de atuação em Mamma Mia! ninguém merece, então ou dará a sempre talentosa Emma Thompson ou meu palpite Sally Hawkins)


Ator Coadjuvante

Tom Cruise, Trovão Tropical
Robert Downey Jr., Trovão Tropical
Phillip Seymour Hoffman, Doubt
Ralph Fiennes, A Duquesa
Heath Ledger, Batman - O Cavaleiro das Trevas

(Provavelmente Hoffman seja merecedor do prêmio, como sempre. Fiennes está excelente. Mas... nada nesse ano se compara a Ledger, que vai ganhar aqui e no Oscar)


Atriz Coadjuvante

Amy Adams, Doubt
Penelope Cruz, Vicky Cristina Barcelona
Viola Davis, Doubt
Marisa Tomei, The Wrestler
Kate Winslet, The Reader

(Cruz merecia o prêmio, as outras três nem faço idéia, mas fico na torcida por minha queridinha Kate Winslet)


Diretor

Danny Boyle, Slumdog Millionaire
Stephen Daldry, The Reader
David Fincher, O Curioso Caso de Benjamin Button
Ron Howard, Frost/Nixon
Sam Mendes, Apenas um Sonho

(Categoria difícil. Espero que não dê Ron Howard, e torço por Sam Mendes, mas qualquer um pode levar. Acho que Danny Boyle seria aquele com menos chances)


Roteiro

Slumdog Millionaire, de Simon Baufoy
The Reader, de David Hare
Frost/Nixon, de Peter Morgan
O Curioso Caso de Benjamin Button, de Eric Roth
Doubt, de John Patrick Shanley

(Com uma idéia tão fantástica, deve ter chances. Veremos)


Animação

Bolt - Supercão
Kung Fu Panda
Wall.E

(Oh! Uma categoria em que vi todos os indicados. Kung Fu Panda é apenas bom e Bolt é excelente. Mas Wall-E é fenomenal! Um dos melhores trabalhos da Pixar)


Filme Estrangeiro

The Baader Meinhof Complex (Alemanha)
Everlasting Moments (Suécia)
Gomorra (Itália)
I´ve Loved Your For So Long (França)
Waltz with Bashir (Israel)

(O mundo só fala nesse documentário em animação israelense (que eu não consigo achar pra download, por sinal), então arrisco nele)


Trilha Sonora

O Curioso Caso de Benjamin Button, de Alexandre Desplat
A Troca, de Clint Eastwood
Slumdog Millionaire, A.R. Rahman
Frost/Nixon, de Hans Zimmer
Defiance, de James Newton Howard

(Não vi nenhum, fica difícil. Aposto no talento do multi-premiado Newton Howard. E aposto contra Eastwood, que não tem nada que ficar compondo música. =P)


Canção

“Down to Earth”, música de Peter Gabriel, letra de Peter Gabriel e Thomas Newman) - Wall-E
“The Wrestler” música e letra de Bruce Springsteen - The Wrestler
“I Thought I Lost You”, música e letra de Miley Cyrus e Jeffrey Steele - Bolt - Supercão
"Gran Torino", música de Clint Eastwood, Jamie Cullum, Kyle Eastwood, Michael Stevens, letra de Kyle Eastwood, Michael Stevens - Gran Torino
"Once in a Lifetime", música e letra de Beyoncé Knowles, Amanda Ghost, Scott McFarnon, Ian Dench, James Dring, Jody Street - Cadillac Records

(Tudo contra Eastwood, argh, absurdo ele cantando. Springsteen é um queridinho dos americanos, então leva meu chute. Miley Cyrus seria uma mega-zebra, e espero que Beyonce também não leve. Quem sabe o Peter Gabriel?)


Melhor Série Drama

Dexter
House
In Treatment
Mad Men
True Blood

(Assisto poucas séries, mas Dexter anda merecendo!)


Melhor Série Comédia

30 Rock
Californication
Entourage
The Office
Weeds

(Não vejo, mas é unânime a predileção por 30 Rock)


Melhor Ator Drama

Gabriel Byrne - In Treatment
Michael C. Hall - Dexter
Jon Hamm - Mad Men
Hugh Laurie - House
Jonathan Rhys Meyers - The Tudors

(O Michael merece, yeaaah!)


Melhor Atriz Drama

Sally Field - Brothers and Sisters
Mariska Hargitay - Law and Order: SVU
January Jones - Mad Men
Anna Paquin - True Blood
Kyra Sedgwick - The Closer

(Também vem sendo elogiada. Acho que a Paquin não leva, seria estranho. =P)


Melhor Ator Comédia

Alec Baldwin - 30 Rock
Steve Carell - The Office
Kevin Connolly - Entourage
David Duchovny - Californication
Tony Shalloub - Monk

(Aqui não faço idéia. Não duvido que o Duchovny ou o Shalloub levem)


Melhor Atriz Comédia

Christina Applegate - Samantha Who?
America Ferrera - Ugly Betty
Tina Fey - 30 Rock
Debra Messing - The Starter Wife
Mary-Louise Parker - Weeds

(Ferrera é bem cotada, mas já levou ano passado, e a Tina Fey vem ganhando tudo por esse papel)


Melhor Ator Coadjuvante em Série, Minissérie ou Telefilme

Neil Patrick Harris - How I Met Your Mother
Denis Leary - Recount
Jeremy Piven - Entourage
Blair Underwood - In Treatment
Tom Wilkinson - John Adams

(Bom, vi o trailer de John Adams e me pareceu excelente, então vários votos pra ela. Detesto In Treatment! XD)


Melhor Atriz Coadjuvante em Série, Minissérie ou Telefilme

Eileen Atkins - Cranford
Laura Dern - Recount
Melissa George - In Treatment
Rachel Griffiths - Brothers and Sisters
Dianne Wiest - In Treatment

(Chute!)


Melhor Minissérie ou Filme feito para a TV

A Raisin in the Sun
Bernard and Doris
Cranford
John Adams
Recount

(Me parece boa =P)


Melhor Atriz em Minissérie ou Filme feito para a TV

Judi Dench – Cranford
Catherine Keener – An American Crime
Laura Linney – John Adams
Shirley MacLaine – Coco Chanel
Susan Sarandon – Bernard and Doris

(Nossa, só nomes de peso! Dificílima categoria. Gosto das cinco atrizes, mas aposto na Laura Linney ou na Catherine Keener esse ano. Faz muuuito tempo que a Susan Sarandon não faz boas atuações, e as duas senhoras MacLaine e Dench... não sei. Gosto delas também, hehehehe)


Melhor Ator em Minissérie ou Filme feito para a TV

Ralph Fiennes – Bernard and Doris
Paul Giamatti – John Adams
Kevin Spacey – Recount
Kiefer Sutherland – 24: Redemption
Tom Wilkinson – Recount

(Desde que o Kiefer Sutherland não vença, estarei feliz. Mas veja o Tom Wilkinson concorrendo em ator e ator coadjuvante!)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Tops 2008

Em 2004 eu decidi anotar os filmes que assistia durante o ano, dando a eles uma cotação. Em 2005 aperfeiçoei o processo e incluí também os livros lidos. Montei uma planilha Excel para estes registros. No início de 2008 decidi anotar também os episódios de seriados (com atores ou animados) que eu assistia, uma vez que me percebi vendo menos filmes em detrimento das séries. Para os episódios, não atribuo cotações, apenas registro o nome da série, a data e o número do episódio. Este ano decidi começar a anotar também as revistas em quadrinhos que leio, novamente sem cotações, mas registrando o número de páginas. Veremos quantas páginas de quadrinhos eu leio por ano. =)

Vejamos então os números históricos:

2005
- 124 filmes, sendo 1 documentário, 8 curta-metragens e 115 produções convencionais, destes 31 no cinema
- 28 livros

2006
- 105 filmes, sendo 1 documentário curta-metragem e 104 convencionais, destes 31 no cinema
- 23 livros

2007
- 82 filmes, sendo 1 curta-metragem, 4 documentários e 77 convencionais, destes 36 no cinema
- 19 livros

2008
- 86 filmes, sendo 4 documentários, 2 curta-metragens e 80 convencionais, destes 56 no cinema
- 19 livros
- 269 episódios de séries diversas

O que posso perceber é como passei a frequentar o cinema cada vez mais desde que vim para Brasília e como quase abandonei o DVD. Vi poucos filmes em casa esse ano, transformei o cinema num programa praticamente semanal (o Festival Internacional de Cinema colaborou bastante para esse número, já que vi 11 em uma semana), e aumentei absurdamente as séries que assisto, incluindo aí animações japonesas.

Bem, assisti a 22 filmes inéditos para os quais dei a cotação de 5 estrelas. Com base nestes, montei o Top dos 10 melhores do ano, acrescidos de algumas menções honrosas.


TOP 10 - Melhores Filmes de 2008

Menções Honrosas: Desejo e Reparação, Juno, Persépolis, Apenas Uma Vez e Marley & Eu

Desejo e Reparação conta uma bela história de amor, seguindo um roteiro muito inteligente, conta com atores talentosos (destaque máximo para a pequena Saoirse Ronan, que interpreta a jovem irmã da mocinha vivida por Keira Knightley), e um conjunto fotografia-direção de arte-montagem-direção espetacular. Ótimo filme.

Juno foi o filme mais doce do ano. Com diálogos afiados e uma protagonista carismática ao extremo (vivida talentosamente pela fofa Ellen Page), conquistou o mundo com sua história simples e arrojada, sem deixar de ser emotiva.

Persépolis retrata um duro panorama da vida no Irã nas últimas décadas, adaptando criativamente para a telona a história em quadrinhos autobiográfica de Marjani Satrapi em sua infância e adolescência em meio às guerras civis de seu país, na descoberta da vida e no desejo de vivenciar a Cultura Pop que o governo impede de chegar legalmente. Animação em preto e branco, com um traço estilizado e fundamental para as motivações da direção (a própria Marjani co-dirige a obra).

Apenas Uma Vez é um filme muito simples e barato, com um estilo totalmente europeu, que narra a belíssima história de um aspirante a músico que conhece uma vendedora de flores, entre outros bicos, e os dois decidem tentar gravar um álbum juntos. A narrativa é singela, mas tocante, buscando focar simplesmente nas emoções vivenciadas pelos protagonistas. Há planos belíssimos, como aquele em que a garota vai ao mercado ouvindo a música do rapaz no fone de ouvido.

Por fim, Marley & Eu foi uma agradável surpresa assistida na outra semana. Com dois protagonistas hiper-carismáticos vividos por Owen Wilson e Jennifer Aniston, o filme conta alguns anos da vida do casal com base no que Marley, seu labrador, significa para eles. Baseado no livro autobiográfico do repórter John Grogan, a história nos envolve sutilmente e quando menos percebemos, estamos apegados àquela família e ao Marley, o "pior cão do mundo".

10) Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

Tim Burton é um dos diretores mais criativos dos últimos anos, e possui um estilo muito bem-definido, com inspirações góticas e macabras. Sweeney Todd é um musical da Broadway e Burton decidiu adaptá-lo para a telona, mantendo o gênero musical, acrescentando seu peculiar estilo visual, e convidando seu parceiro Johnny Depp para estrelá-lo, ao lado de sua esposa Helena Bonham Carter, com quem possui 6 (a sétima está a caminho) e 5 (o sexto está a caminho) colaborações, respectivamente. O filme conta ainda com o sempre ótimo Alan Rickman (para os leigos, o Snape da série Harry Potter) e com uma participação especialíssima de Sacha Baron Cohen (mais conhecido como Ali G, Borat ou Bruno). Narra a história de um barbeiro que tem sua vida destruída e anos depois retorna em busca de vingança. Para tanto, abre uma barbearia, na qual assassina seus clientes. Os restos mortais são aproveitados pela quituteira Mrs. Lovett (Carter) para fazer tortas de carne. A história é sombria, mas não se trata de um filme de terror, é apenas a costumeira atmosfera Burton em ação, desta vez embalada por belas (e também macabras) canções. Destaque máximo para a fotografia e a direção de arte do filme, comumente espetaculares nas obras do diretor.

9) Toki Wo Kakeru Shoujo

Também conhecido como A Garota que Conquistou o Tempo, trata-se de uma animação japonesa de 2006 sobre Makoto, uma colegial japonesa que descobre ser capaz de voltar no tempo e refazer algumas coisas. Mas este é apenas o pano de fundo para uma história especialmente bem amarrada, com personagens carismáticos e envolventes e uma animação muito bem realizada. Makoto logo descobre que seus saltos no tempo têm limites, e que ela pode influenciar positiva ou negativamente as vidas de outras pessoas. Recomendo a todos. Uma excelente obra para aqueles que precisam perder o preconceito com animações.

8) Natureza Quase Humana

Quando assisti Sinédoque, Nova Iorque, pesquisei a carreira de Charlie Kaufman e descobri que, fora alguns episódios de séries de TV, ele havia roteirizado apenas 6 filmes, dos quais eu tinha assistido 5. Resolvi assim caçar este Natureza Quase Humana, o único que faltava. Como não poderia deixar de ser em se tratando de Kaufman, o filme utiliza de figuras de linguagem para apresentar o ponto de vista do roteirista. Mas trata-se de uma história divertida (não é complexa como outros trabalhos do autor, nem sem-graça como Confissões de Uma Mente Perigosa) e metafórica sobre instintos, inversão de valores e comparações entre o homem e os animais "irracionais". Excelente trabalho.

7) Batman: O Cavaleiro das Trevas

Como o grande fã de quadrinhos que sou, é normal que conste nos meus tops uma adaptação cinematográfica de HQs. Este segundo longa de Christopher Nolan sobre o cruzado mascarado é uma das melhores adaptações já realizadas, sobretudo no gênero de super-heróis. Não sou fã do Batman nem de qualquer personagem da DC Comics (exceto de outras linhas, como Vertigo ou Wildstorm), mas procuro assistir a todas as adaptações de quadrinhos lançadas e comumente me impressiono com alguma que não partiu de um quadrinho que me interesse. Este é, sem sombra de dúvidas, o melhor filme do Batman até hoje, construído em cima de uma narrativa densa e que constrói nos espectadores uma sensação de temor pelos personagens que admira, pois ninguém parece estar a salvo na Gothan de Nolan. Claro, o destaque absoluto vai para o comentado Coringa de Heath Ledger, que, se não tivesse falecido, seria bem menos comentado. Contudo, vivo ou morto, foi uma excelente atuação, e certamente digna de figurar entre os indicados ao Oscar.

6) Wall-E

A Pixar é indubitavelmente o melhor estúdio de animação do ocidente. Além de sua conhecida excelência técnica, conta com o trabalho de bons diretores e bons roteiristas, o que a difere dos demais estúdios, que valorizam a qualidade gráfica da animação em detrimento de suas capacidades narrativas. Claro, há bons filmes também em outros estúdios, mas de um único estúdio partiram os excelentes Toy Story 1 e 2, Procurando Nemo, Os Incríveis e Ratatouille. Junto a estes clássicos comparáveis apenas aos mais tradicionais da Disney (o último filme realmente bom da Disney como animadora foi O Rei Leão, de 94) em todo o ocidente, vem se juntar Wall-E, a triste história de um pequeno robô de coleta de lixo que é o último habitante da Terra, excetuando-se as baratas, claro. A chegada de Eva, uma robôzinha avançada coletora de informações, causa um tumulto na cabeça deste pequeno "gari", e um romance entre seres "artificiais" começa a se desenvolver, até que um novo ato tem início, nos apresentando aos estúpidos descendentes dos terrestres, vivendo em uma longínqua colônia espacial. Uma fábula do mundo pós-contemporâneo, muito bem-vinda em tempos de aquecimento global. Filme para ver e rever com toda a família.

5) Lars and The Real Girl

Filme extremamente tocante que nos apresenta a Lars, um jovem tímido e recluso que busca um refúgio para sua reclusão em uma boneca inflável adquirida na Internet, Bianca. Como disse um comentário no IMDB, é impossível descrever a sinopse do filme sem soar como um filme para adolescentes. Mas não há nada de adolescente nesta narrativa, e sim análises profundas das características humanas. Está mais para um tratado psicológico que para uma comédia adolescente. Beneficiado pela atuação marcante de Ryan Gosling como Lars, o filme inexplicavelmente não estreou no Brasil, me obrigando a vê-lo pela Internet. Belo roteiro, bela direção, emocionante.

4) Longe Dela

Se você aprecia dramas e gosta de um filme que te faça chorar, este é um bom indicado. Com uma temática similar à do também excepcional Iris, Longe Dela nos apresenta a um casal idoso, Fiona e Grant, vividos por Julie Christie (intensamente, quase vencedora do Oscar, não tivesse sido ofuscada pela assombrosa Edith Piaf de Marion Contillard) e Gordon Pinsent (atuação contida, nada excepcional). Fiona está com Alzheimer e Grant tem que lidar com essa situação. Chorei desesperadamente durante metade da projeção. Não que o filme seja absurdamente triste (OK, é, mas há filmes, como Túmulo dos Vagalumes, bem mais tristes), mas me causou este impacto porque tive um medo assustador de passar pela mesma situação. Como suportar ver a pessoa que você ama e amou durante toda a sua vida esquecer dos bons momentos que vivenciaram juntos?

3) O Escafandro e A Borboleta

História baseada no livro escrito pelo protagonista do filme, interpretado com brilhantismo por Mathieu Amalric, o ex-editor da Vogue francesa Jean-Dominique Bauby, ou simplesmente Jean-Do. Jean-Do sofreu uma espécie de aneurisma que deixa seu corpo completamente paralisado, com exceção do olho esquerdo. O filme nos mostra a adaptação do editor e de seus entes queridos a essa situação. A história não é perfeita, e eu soube depois, inclusive, que Jean-Do não foi completamente honesto em seu livro. Mas o filme é grandioso graças à montagem e sobretudo à direção de fotografia e à direção. Somos apresentados a cenas filmadas de uma perspectiva interna ao olho restante de Jean-Do e, assim, vivenciamos um pouco (bem pouco, claro) daquela condição precária. Não consigo compreender, com meu limitado conhecimento técnico de cinema, como puderam passar essa impressão perfeita, mas esta acurácia técnica conquistou a medalha de bronze do ano.

2) Speed Racer

Go, Speed Racer! Go, Speed Racer! Go, Speed Racer, Go!
Ahh... o que é a estética desse filme? Que magnífico espetáculo visual! O filme me conquistou desde suas primeiras imagens ao trailer, passando pela escalação da minha queridinha Christina Ricci. Apresentando-nos à família Racer, com seus próprios dramas familiares, o filme foca em Speed, um jovem piloto de corridas que deseja seguir os passos de seu desaparecido (talvez morto) irmão, Rex Racer. A história é um deleite para quem aprecia filmes de aventura, como eu. Mas o principal do filme é mesmo a magnitude visual elaborada pelos Irmãos Wachowsky. Uma lástima que, como bem previu Pablo Villaça em sua crítica quando do lançamento do longa, este não fez muito sucesso e apenas no futuro vá ser devidamente reconhecido, talvez de forma tardia para gerar uma merecida continuação. Todos os atores estão muito bem em seus papéis e eu saí do cinema cantarolando a musiquinha do anime clássico dos anos 70, e desejando rever aquela turma. Aliás, se alguém quiser me dar um DVD de aniversário esse ano, é uma ótima dica! ;D

1) Na Natureza Selvagem

É curioso o fato de eu, até 2007, só conhecer o ator Emile Hirsch de nome, mas nunca ter assistido um filme com ele, e em 2008 ter assistido dois protagonizados pelo rapaz de 23 anos, e os dois encimarem meu TOP do ano. O melhor blockbuster (Speed Racer) e o melhor sério, que é este citado no topo da lista. Na Natureza Selvagem conta a história verídica de Christopher McCandless, um jovem que, recém-graduado na Universidade, desaparece de casa, deixando todos os seus pertences e dinheiro e levando apenas algumas peças de roupa na mochila, a pé, em busca de atravessar os Estados Unidos e o Canadá em direção ao Alaska, onde pretende viver em meio ao nada, subsistindo-se da vida do campo. Chris, vivido por Hirsch, possui uma personalidade alegre e aventureira, embora irresponsável ao não dar notícias para a família desesperada, e vai contagiando as pessoas que encontra em suas andanças (incluindo um casal de hippies vividos por Catherine Keener e Brian H. Dierker, um militar aposentado vivido por Hal Holbrook e uma garota vivida por Kristen Stewart, agora famosa por estrelar o popular Crepúsculo). Com cenários deslumbrantes de várias partes dos Estados Unidos (o que nos faz lembrar que, assim como o Brasil, é um país imenso e, portanto, possui os mais variados relevos), a direção de Sean Penn é perfeita, a história de Chris belíssima e tocante. Uma obra de arte para ser vista e revista, e merecidamente o melhor filme de 2008.




Dos 22 filmes inéditos, apenas 14 foram no cinema, então foi mais fácil montar o Top 10 Cinema.


TOP 10 - Cinema 2008

Menções Honrosas: O Caçador de Pipas, Senhores do Crime e O Incrível Hulk

Não li a obra literária O Caçador de Pipas, portanto não pude julgar o filme como adaptação. Mas como narrativa cinematográfica, é um tocante relato sobre amizade, a pureza das crianças, as diferenças sócio-econômicas em países pobres, e a triste realidade da guerra. Fala sobre dois garotos amigos, um de família rica e o outro cujo pai é empregado da família. Então estoura uma guerra civil e a amizade pode ser abalada. Não entrarei em maiores detalhes, para que possam se surpreender com a história. Belíssimo.

Senhores do Crime está aqui graças a mais uma ótima atuação do Viggo Mortensen, que soube aproveitar muito bem a fama conquistada por seu papel nO Senhor dos Anéis e tem agora a oportunidade de escolher apenas filmes interessantes. Este é sobre a violenta máfia russa. Mortensen se entrega de corpo e alma ao personagem, conquistando inclusive uma indicação ao Oscar do ano que passou, e Naomi Watts e Vincent Cassel também oferecem bons desempenhos. Destaque para a comentada briga em uma sauna romana, uma cena muito bem elaborada e composta. Claro, sendo um filme de Cronenberg, a violência física ocorre na frente das câmeras e não é escondida.

Diferente da maioria das pessoas, preferi O Incrível Hulk a O Homem de Ferro, apesar de também ter gostado bastante desse último. Mas... Hulk tem um pequeno romance na história, e como sou parcial, essas coisas me atraem. As cenas de ação são ainda vibrantes e realistas. Norton convence no papel de Banner e Tyler também faz um bom trabalho como Betty Ross. O Banner é mais apropriado que o de Eric Bana (um ótimo ator, mas muito musculoso para o personagem franzino) e a Betty é tão boa quanto a de Jennifer Connelly (esta é mais talentosa, mas o papel não exige muito).


10) Crônicas de Spiderwick

Este foi um filme que me surpreendeu radicalmente! Fui assisti-lo na falta de algo melhor em cartaz, e saí contente da sala! É um filme simples, com enredo estilo Sessão da Tarde dos Anos 80 (Os Goonies e cia.), mas conta com atores razoáveis e uma história muito interessante, sobretudo para quem aprecia ficção infanto-juvenil, como eu. Fiquei curioso para ler os livros da série, hehehe. O garotinho Freddie Highmore (A Fantástica Fábrica de Chocolate) interpreta dois gêmeos que, junto com a irmã mais velha e a mãe, vão morar em uma espécie de sítio que herdaram dos antepassados. Um dos antepassados era Arthur Spiderwick, uma espécie de estudioso do sobrenatural, que descobriu a existência de seres como duendes e similares, e catalogou formas de se comunicar com eles. Mas os seres fantásticos que habitam a floresta ao redor da casa dos Spiderwick desejam este catálogo, para impedir que humanos os dominem.

9) Vicky Cristina Barcelona

Escrevi sobre este filme no post sobre o Festival Internacional de Cinema de Brasília, então não me repetirei.

8) Um Beijo Roubado

Um filme encantador, sobre Elizabeth (vivida com a simplicidade necessária ao papel pela cantora Norah Jones), uma jovem americana que decide viajar pelo país, em busca de descobrir mais sobre si mesma e de compreender as nuances da vida e do amor. Soa como um road movie, mas, apesar de se encaixar neste sub-gênero (com hífen ou sem hífen? Essas novas regras do Português...), o filme se distingue da maioria dos correlatos pelo fato de se alongar em demasiado em algumas das paradas da jornada, não dando extrema importância à viagem em si, mas sim às experiências vividas em suas pausas. Jude Law, Rachel Weisz e minha musa Natalie Portman interpretam excelentes personagens, conferindo veracidade às experiências vividas por Elizabeth. A direção é do coreano Wong Kar Wai, em sua primeira incursão hollywoodiana.

7) Marley & Eu

Vide acima.

6) Juno

Vide acima.

5) Desejo e Reparação

Vide acima.

4) Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

Vide acima.

3) Batman: O Cavaleiro das Trevas

Vide acima.

2) Wall-E

Vide acima.

1) Speed Racer

Vide acima.




Já sobre os livros, sob alguns aspectos este pode ser considerado como um ano fraco, uma vez que dos lidos apenas 4 ganharam 5 estrelas, enquanto em anos anteriores eu tive dificuldades para selecionar apenas 5. Contudo, foi um ano em que me estendi pelos mais variados gêneros e autores, lendo ficção científica, uma epopéia, auto-ajuda, um épico nacional, um noir americano, um clássico beat, fantasia, um livro religioso, suspense, romance... Apenas lamento não ter lido nenhum livro da Agatha Christie, há muitos anos isso não acontecia.



TOP 5 - Livros 2008

5) On The Road, do Jack Kerouac

Um clássico absoluto da Literatura americana, a obra do então desconhecido Kerouac marcou o início de uma cultura, o Beat, da qual os principais expoentes foram o próprio Kerouac, William S. Burroughs e Allen Ginsberg. É um misto de road story com autobiografia, sem ser completamente biográfico (mas sutilmente inspirado nas viagens do autor e fortemente inspirado nos personagens da vida de Jack, incluindo os citados Burroughs e Ginsberg). O livro é uma ode à liberdade. Consegue captar todos os sentimentos do autor e expô-los ao leitor. É um livro relativamente grosso, mas foi escrito em 3 semanas e em um formulário contínuo, como que em um único parágrafo. As divisões em capítulos e partes são meras formalidades, pois o lirismo presente na obra pode ser captado independentemente de divisões. A história não é o foco, mas sim as emoções. O livro me fez sonhar e desejar pegar minha mochila e pôr meus pés na estrada.

4) Os Túmulos de Atuan, da Ursula Le Guin

Descobri essa série de livros assistindo ao filme Tales from Earthsea, animação do Estúdio Ghibli lançada comercialmente em 2006. O filme é inspirado nos personagens e nas histórias de três dos seis livros lançados nesse universo ficcional concebido pela americana Ursula Le Guin. O filme é bom, mas... não parece muito com os livros. Li os três primeiros nos últimos dias, tendo terminado este segundo (o melhor dos três, na minha opinião, mas o pior na opinião da amiga que me emprestou dois e deu um deles) no último dia de 2008. Trata-se de uma obra inspirada no estilo Senhor dos Anéis de ser, ou seja, medieval, dragões, etc., bem RPG. Infelizmente, os livros são pouco conhecidos no Brasil e, portanto, não há edições decentes e modernas. Este segundo livro conta a história de uma garota que é escolhida para ser a principal sacerdotisa de um templo que é devotado a seres sem-nome e da escuridão. Aos poucos somos apresentados à estrutura física do templo, fundamental para o desenrolar da trama.

3) A Volta ao Mundo em 80 Dias, de Júlio Verne

Este é um dos grandes clássicos de Júlio Verne, considerado um pioneiro da ficção científica. Narra a história de um inglês chamado Phileas Fogg, um homem extremamente metódico e rígido com horários (uma boa caricatura do britânico, na verdade) que aceita uma aposta de que seria capaz de dar a volta ao mundo em 80 dias. A partir deste ponto, a obra narra suas desventuras mundo afora, sempre acompanhado de seu empregado Chavemestra. A narrativa é deliciosa, as aventuras sublimes e os personagens muito divertidos. Meu primeiro Verne, recomendadíssimo!

2) As Memórias do Livro, da Geraldine Brooks

O único livro realmente recente do TOP, já foi abordado neste blog.

1) Orgulho e Preconceito, da Jane Austen

O campeão de 2008 foi este clássico absoluto da Jane Austen, várias vezes adaptado a outros meios. Assisti à mais recente adaptação cinematográfica e tinha gostado, mas nem se compara à obra real. Um romance encantador, com personagens tridimensionais e eventos inesperados. A complexidade de seus dois protagonistas, Lizzie e Darcy, é praticamente a mesma de uma pessoa real. Seus sentimentos são conflitantes, suas opiniões confusas e apenas aos poucos somos capazes de supor o que se passa na mente desses dois. Destaque máximo para o sr. Darcy, uma das figuras mais espetaculares da ficção moderna.


TOP Série 2008

A melhor série que vi no ano foi mesmo Gilmore Girls, tendo visto 147 dos seus 153 episódios (em 7 temporadas) neste ano (os 6 primeiros vi no finalzinho de 2007). Vi ainda as três temporadas de Dexter e metade da terceira de Heroes (em andamento), no âmbito sitcons. Assisti também aos animes Princess Tutu e Baccano, completos, e a primeira temporada (e o início da segunda, ainda sendo lançada) de Nodame Cantabile, o melhor anime do ano.





Bom, espero melhorar os números de filmes (o total, o número de idas ao cinema eu dificilmente igualarei, pois foi espetacular) e de livros em 2009.