terça-feira, 15 de junho de 2010

Capuccino Especial

Eu adoro essa época mais fria! =] E vocês?

Hoje às 8:00 estava 14 graus em Brasília, então imagino que às 6:00, quando acordei, devia estar uns 12.

O único incômodo é ter que sair da cama essa hora e tomar um banho. =/ Mas tenho um segredo para esquentar: quando o frio aperta mesmo, eu faço uma caneca de uma espécie de capuccino que eu mesmo adaptei, e cuja receita segue abaixo:
- Leite e toddy/nescau a gosto, como se fosse fazer um copo de achocolatado (uso leite em pó, se for fazer com o líquido, ele deve ser fervido antes);
- Café (eu uso aproximadamente uma colher de chá de café solúvel, mas quem preferir pode usar o tradicional em pó, só precisa adaptar. Não bebo café puro, mas a cafeína é ingrediente fundamental para animar nesse frio);
- Uma pitada de cravo em pó (se não tiver em pó, creio que jogar um dente de cravo dentro da bebida faça bom efeito também);
- Uma pitada de pimenta do reino moída (o ingrediente principal da minha bebida, o verdadeiro responsável pelo aquecimento);
- Canela à gosto (eu uso em pó e polvilho uma quantidade. Deve ser consumido conforme a preferência. Se exagerar, ela domina o gosto da bebida);
- Como faço com tudo em pó, misturo na caneca, fervo água e adiciono, dissolvendo bem. Mas quem usar café e leite líquidos, misturar os dois na sua proporção e acrescentar os demais ingredientes depois.

Alguém se habilita a provar? =]

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O Fantástico Mundo de Elvis

Ok, o título desse post está bizarro, hahahaha. Mas eu vou falar de temas tão variados nas próximas linhas que não pude deixar de pensar em algo inventivo. Como estou sumido há muito tempo (três meses...), vou fazer um breve resumo do que tenho assistido, lido e ouvido. O destaque vai para Lost, que não me surpreendeu, pois eu já esperava apreciar a série, depois de tanta propaganda por parte dos amigos.


Lost

Há alguns anos tive a oportunidade de assistir Lost e neguei. Percebi o quão neuróticos estavam os fãs, em uma ânsia desesperada pelo próximo episódio ou pior, pela próxima temporada. E decidi que eu não queria passar por isso. Estava curtindo outras coisas, e achei que seria melhor ver tudo de uma vez após o término da série.
Não é uma decisão da qual eu me arrependa, porém, a visão que tenho sobre a série não é a mesma de quem acompanhou fielmente desde o início, sendo obrigado a lembrar de cada detalhe minucioso desses seis longos anos.
Não foi inesperado que eu tenha apreciado a série. Conhecendo os gostos das pessoas que insistiam para que eu assistisse, imaginei que eu fosse gostar. E isso realmente aconteceu. Lost é uma série extremamente complexa, com três principais pontos fortes, do mais para o menos relevante:
- Personagens: não há um único personagem ruim em Lost. Há uns raros mal-aproveitados, mas a esmagadora maioria deles é tridimensional o suficiente para que os apreciemos, independente de concordarmos ou não com suas atitudes. Estabelecendo pouco a pouco as personalidades das figuras centrais da série, os roteiristas permitiram que gerássemos uma profunda identificação com determinados aspectos das personas de Lost. Como era de se esperar, Jack é o personagem mais bem desenvolvido, e desde o início ganha um número um pouco maior de cenas. Mas é apenas na última delas que temos a certeza dele ser realmente o protagonista, quando antes poderíamos desconfiar que havia ao menos quatro ou cinco destes. Além dele, Kate, Sawyer, Hurley e Locke formam o núcleo central da história, acompanhados de perto por Sayid, Claire, Jin, Sun, Charlie, Desmond, Ben e Juliet. Todos extremamente fascinantes, cada um a seu modo. Meu grande favorito provavelmente seja Desmond, por ser sempre motivado por razões nobres e guiado pelo seu amor incondicional por Penny. Mas como o brotha não era um passageiro original do Oceanic 815, entre estes eu gosto mais de Claire e Charlie. Acho perfeita a maneira como eles se aproximam aos poucos, e lamento muito o estado ao qual ela foi reduzida na temporada final. Mas sou grande apreciador também de Sayid, Sawyer e Hurley. Sawyer talvez seja o personagem com maior crescimento na história. De um caipirão golpista no início, a um grande herói no final.
- Narrativa: se Lost tiver que deixar apenas uma contribuição para o formato das séries televisivas, será sua narrativa. A cada temporada, uma mudança estrutural surpreende os espectadores. Na primeira temporada, a série inovou ao desenvolver os personagens através de flashbacks, fazendo de acontecimentos do passado revelações surpreendentes, como o fato de Locke ser cadeirante antes de chegar à Ilha. Na segunda temporada, fomos apresentados aos tripulantes da cauda do avião, e a narrativa se tornou dividida. Na terceira temporada, é a vez dos Outros serem introduzidos na trama. Conhecemos parte de suas motivações e o modus operandi daqueles sob o comando do calculista Benjamin Linus. A quarta temporada inova ainda mais, com o conceito de flashforwards: visões de um futuro no qual seis dos personagens haviam deixado a Ilha. Com a quinta, vem a separação temporal: alguns personagens estão no presente e outros no passado. E a sexta e definitiva é guiada pelo que pensávamos ser um flashsideway, mas que na verdade era o flashlimbo (termo cunhado pelo Pablo Villaça em sua ótima análise do último episódio). É impressionante a habilidade do roteiro de não deixar o espectador se perder ao passo em que complica a estrutura da série. Uma verdadeira aula.
- História: como eu poderia não apreciar uma história unindo ciência e magia? Todo o arcabouço científico, o conjunto de pistas meticulosamente deixadas durante a série, o número de fatos deixados para a imaginação dos espectadores... e realmente o núcleo central do roteiro foi planejado desde o princípio. Magnífico!


Mas e aí, o que vocês acham que realmente aconteceu na Ilha? Não circulei muito pela Internet procurando opiniões, mas pude identificar duas teorias principais (em geral, se formos separar cada detalhe haverá dezenas): uma delas é a de que todos morreram na queda do avião e a convivência na Ilha foi uma espécie de chance para que eles expiassem seus pecados, culminando no flashlimbo, onde obtiveram, digamos assim, o direito de ir em direção à luz (e aqui outras explicações religiosas se aplicam); e a segunda teoria, da qual eu compartilho, é a de que a Ilha existe e é realmente "mágica" e Jacob realmente manipulou tudo para que seus candidatos caíssem na Ilha (como ele poderia saber que eles sobreviveriam à queda do avião? Pelas propriedades da Ilha, claro), de forma a testá-los (como fez no passado com navios e outros visitantes) e escolher seu substituto. E o flashlimbo sim, teria sido após a morte dos personagens, para que eles se lembrassem das coisas que tinham vivido. Muita discussão pode rolar, mas há algo dito bem no final pelo pai do Jack, que, creio, aniquile a primeira teoria. Quando Jack se dá conta de que está morto e pergunta se todos ali estão, Christian responde que sim, e que morreram em épocas diferentes, mas que a parte mais importante das vidas deles foi vivida em conjunto, por isso estão ali reunidos. Ou seja, se tivessem morrido na queda do avião, não só eles teriam morrido juntos como não teriam tido vida em conjunto. =]

Diferente de muitos, não fiquei insatisfeito com o encerramento. Achei, aliás, muito poético e fechou completamente o ciclo de Jack. Se tivessem esclarecido mais questões, o que seria da mitologia da série após seu encerramento?

E vocês, o que acham disso tudo? Quero ler as opiniões de todos que assistiram a série, hein?

Ah! Prometeram 12 minutos extras nos DVD's, mostrando o período em que Hurley foi o protetor da Ilha com o auxílio de Ben. Estou ansioso!




Parenthood

Quando eu soube que a Lauren Graham (imortalizada como a Lorelai Gilmore de Gilmore Girls) estaria em uma nova série, eu sabia que teria que assisti-la de toda forma. Depois soube que o Peter Krause (o Nate de Six Feet Under) também faria parte do elenco. E a série seria de relacionamento. Uau! Tudo para dar certo, não? Ainda assim, os primeiros episódios não me animaram muito. Parenthood é uma série sobre a família Braverman, capitaneada pelo patriarca Zeke e sua esposa Camille. Eles têm quatro filhos: Adam (Krause), Sarah (Graham), Crosby e Julia. Cada um destes com seus relacionamentos e filhos, totalizando 6 netos, 1 nora e 1 genro, fora os casos de Sarah e Crosby. Assim, foi uma decisão deveras ousada da equipe técnica jogar esses 14 personagens no espectador de uma vez. E só com o passar dos episódios, compreendi que a idéia tinha dado certo. Foi arriscado, porque era impossível identificar-se com todos no início, mas aos poucos me senti como se fosse um primo dos Braverman! A primeira temporada teve 13 episódios e ao final eu estava apaixonado pela série! É realmente impressionante como os roteiristas conseguem dar espaço para todos os personagens e seus dramas pessoais. Para quem gosta de séries sobre relacionamento, recomendo! O elenco está bem sintonizado e ela trata dos mais diversos assuntos: mãe solteira; traição; ciúmes; paternidade inesperada; autismo; sexo na adolescência; finanças; e etc.





Rapidinhas

Glee: estou acompanhando Glee também. A história é falha e não empolga, mas vale pelos musicais, costumeiramente criativos. Há alguns bons cantores no elenco, com destaque óbvio para Rachel (Léa Michelle). Como andei numa fase de karaokês e cantos, tem sido legal ver a série, hehehe!
The Clone Wars: a segunda temporada foi muito superior à primeira, com destaques para o arco da Duquesa de Mandalorian e para aquele final, envolvendo o jovem Boba Fett.
Fringe: com alguns poucos episódios que não ajudaram na evolução da trama, todo o restante foi excelente e elevou o nível da série a um patamar difícil de ser superado. Confesso que estou curiosíssimo pelo desenrolar da história. Fringe tem a sorte de ter um dos trios mais carismáticos dos últimos anos à sua frente: Anna Torv (Olivia), Joshua Jackson (Peter) e John Noble (Walter). Não sei se já comentei aqui, mas vocês lembram que o John Noble era o Regente de Gondor, pai de Boromir e Faramir em O Senhor dos Anéis? Pelo visto, é especialista em interpretar personagens com problemas mentais, hehehe.
The Big Bang Theory: concluí esse ano que não sou grande fã de sitcoms. Elas são melhores para assistir de uma vez, não um episódio por semana. Afinal, a trama não é o seu forte e pouco evolui. O que interessa é criar comédia. Ainda assim, The Big Bang Theory teve uma temporada satisfatória, com destaque máximo para o episódio que mostrou o início da amizade entre os personagens.
Gossip Girl: lamentavelmente, a série se tornou aquilo que sua sinopse promete. Ou seja, fútil. Foi a pior das três temporadas, apesar de ter melhorado um pouquinho no final, conseguindo encerrar no nível da primeira, mas jamais igualando a segunda. Veremos o que os moradores do Upper East Side de Manhattan nos reservam.

Homem de Ferro 2: gostei do filme, na medida do possível para um filme do latinha. Em ambos os longas, os vilões completamente desinteressantes são o ponto fraco. Mas Downey Jr. está excelente como Tony Stark, o papel caiu como uma luva pra ele. Johannson está deslumbrante como Natasha, claro. Estou mais ansioso pelos próximos, do Capitão América, Thor e dos Vingadores. =]
Alice no País das Maravilhas: Tim Burton continua sendo Tim Burton, e há alguns bons aspectos de sua visão para o clássico da Literatura. Contudo, o filme não empolgou como poderia.
Fúria de Titãs: a idéia é boa, mas... não foi lá muito bem executada. Nem assisti em 3D para a decepção não ser maior. Tem boas cenas, mas novamente não conseguiu me empolgar. Cadê os bons filmes de aventura??? Espero que Príncipe da Pérsia consiga satisfazer (se bem que as críticas me avisam para não ter altas expectativas).

Mrs. Dalloway: badalado livro da Virginia Woolf, que eu sempre desejei ler. Narra um dia na vida de Clarissa Dalloway, organizando e dando uma festa. Vários personagens interessantes e complexos nos são apresentados, todos com voz própria. Mas o grande charme é mesmo o estilo literário. Não há capítulos, não há nenhuma divisão. Volta e meia o foco muda de um personagem para outro, mas a transição é tão sutil que o leitor precisa estar atento para não se perder. Seu estilo parece explodir os pensamentos dos personagens para o leitor. Na primeira metade, eu tive dificuldades para apreciar a originalidade da obra, mas então me interessei pelos personagens e agora reconheço seu valor literário. Seria melhor se o final fosse mais conclusivo, mas a proposta era ser realmente uma fatia de tempo na vida deles.
Percy Jackson e O Ladrão de Raios: li o primeiro volume da tetralogia Percy Jackson e gostei. Muito superior ao filme, que muda tantos fatos do livro que acabou se perdendo. Não é nenhum Fronteiras do Universo e tem algumas similaridades com Harry Potter (o menino que não sabia que era especial e tem poderes inesperados, a garota inteligente e o amigo trapalhão =P) que o desmerecem. Mas vale a leitura para quem gosta de fantasia infanto-juvenil.
Scott Pilgrim Contra o Mundo: este álbum em quadrinhos é uma das coisas mais geniais que absorvi esse ano! Scott Pilgrim é um jovem desempregado e que participa de uma banda com os amigos. Ele conhece inesperadamente uma garota que muda seu destino - a moderna Ramona Flowers. E, após se apaixonar por ela, descobre que vai precisar enfrentar os 7 membros da Liga dos Ex-Namorados dela. A Cia. das Letras lançou o primeiro de três volumes, que estão virando filme com o Michael Cera (Juno, Superbad) no papel principal. Muito divertido! \o/



Reformulação da Panini Comics: A Panini deve estar com problema de vendas no Brasil, pois resolveu misteriosamente reformular toda a sua linha de quadrinhos, criando revistas de 76 páginas e outras com 148, ao invés das tradicionais 100. Maio foi o primeiro mês dos quadrinhos reformulados e eu confesso que não achei muito legal. O preço final pro consumidor aumentou, os atrasos no lançamento continuam e não vi motivos reais para isso. Os títulos X, por exemplo. Eram 3 de 100 páginas, agora são 2 de 76 e 1 de 148. Ou seja, deu no mesmo. Ao menos pra mim que compro todos. Meu destaque vai sempre para X-Factor, Capitão América e Cable.
Nos mangás, Nana está insuperável! A edição 21 me deixou em um estado emocional só alcançado antes por Estranhos no Paraíso, em se tratando de quadrinhos.



Bem, é isso, pessoal. Desculpem a mistureba de assuntos, mas eu estava devendo, hehehehe. E ainda vou fechar com algumas apresentações da cantora inglesa Little Boots, um dos meus mais novos vícios, e uma outra da Kate Miller-Heidke, o vício anterior que continua.




A dentucinha Little Boots cantando New in Town


Little Boots e seu novo single, Earthquake


Criativa performance de Meddle, minha favorita da Little Boots




Kate Miller-Heidke deslumbra com Politics in Space acompanhada por seu marido (e compositor e colega de banda) nas ruas de Austin



Namastê!