Em 2004 eu decidi anotar os filmes que assistia durante o ano, dando a eles uma cotação. Em 2005 aperfeiçoei o processo e incluí também os livros lidos. Montei uma planilha Excel para estes registros. No início de 2008 decidi anotar também os episódios de seriados (com atores ou animados) que eu assistia, uma vez que me percebi vendo menos filmes em detrimento das séries. Para os episódios, não atribuo cotações, apenas registro o nome da série, a data e o número do episódio. Este ano decidi começar a anotar também as revistas em quadrinhos que leio, novamente sem cotações, mas registrando o número de páginas. Veremos quantas páginas de quadrinhos eu leio por ano. =)
Vejamos então os números históricos:
2005
- 124 filmes, sendo 1 documentário, 8 curta-metragens e 115 produções convencionais, destes 31 no cinema
- 28 livros
2006
- 105 filmes, sendo 1 documentário curta-metragem e 104 convencionais, destes 31 no cinema
- 23 livros
2007
- 82 filmes, sendo 1 curta-metragem, 4 documentários e 77 convencionais, destes 36 no cinema
- 19 livros
2008
- 86 filmes, sendo 4 documentários, 2 curta-metragens e 80 convencionais, destes 56 no cinema
- 19 livros
- 269 episódios de séries diversas
O que posso perceber é como passei a frequentar o cinema cada vez mais desde que vim para Brasília e como quase abandonei o DVD. Vi poucos filmes em casa esse ano, transformei o cinema num programa praticamente semanal (o Festival Internacional de Cinema colaborou bastante para esse número, já que vi 11 em uma semana), e aumentei absurdamente as séries que assisto, incluindo aí animações japonesas.
Bem, assisti a 22 filmes inéditos para os quais dei a cotação de 5 estrelas. Com base nestes, montei o Top dos 10 melhores do ano, acrescidos de algumas menções honrosas.
TOP 10 - Melhores Filmes de 2008
Menções Honrosas: Desejo e Reparação, Juno, Persépolis, Apenas Uma Vez e Marley & Eu
Desejo e Reparação conta uma bela história de amor, seguindo um roteiro muito inteligente, conta com atores talentosos (destaque máximo para a pequena Saoirse Ronan, que interpreta a jovem irmã da mocinha vivida por Keira Knightley), e um conjunto fotografia-direção de arte-montagem-direção espetacular. Ótimo filme.
Juno foi o filme mais doce do ano. Com diálogos afiados e uma protagonista carismática ao extremo (vivida talentosamente pela fofa Ellen Page), conquistou o mundo com sua história simples e arrojada, sem deixar de ser emotiva.
Persépolis retrata um duro panorama da vida no Irã nas últimas décadas, adaptando criativamente para a telona a história em quadrinhos autobiográfica de Marjani Satrapi em sua infância e adolescência em meio às guerras civis de seu país, na descoberta da vida e no desejo de vivenciar a Cultura Pop que o governo impede de chegar legalmente. Animação em preto e branco, com um traço estilizado e fundamental para as motivações da direção (a própria Marjani co-dirige a obra).
Apenas Uma Vez é um filme muito simples e barato, com um estilo totalmente europeu, que narra a belíssima história de um aspirante a músico que conhece uma vendedora de flores, entre outros bicos, e os dois decidem tentar gravar um álbum juntos. A narrativa é singela, mas tocante, buscando focar simplesmente nas emoções vivenciadas pelos protagonistas. Há planos belíssimos, como aquele em que a garota vai ao mercado ouvindo a música do rapaz no fone de ouvido.
Por fim, Marley & Eu foi uma agradável surpresa assistida na outra semana. Com dois protagonistas hiper-carismáticos vividos por Owen Wilson e Jennifer Aniston, o filme conta alguns anos da vida do casal com base no que Marley, seu labrador, significa para eles. Baseado no livro autobiográfico do repórter John Grogan, a história nos envolve sutilmente e quando menos percebemos, estamos apegados àquela família e ao Marley, o "pior cão do mundo".
10) Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
Tim Burton é um dos diretores mais criativos dos últimos anos, e possui um estilo muito bem-definido, com inspirações góticas e macabras. Sweeney Todd é um musical da Broadway e Burton decidiu adaptá-lo para a telona, mantendo o gênero musical, acrescentando seu peculiar estilo visual, e convidando seu parceiro Johnny Depp para estrelá-lo, ao lado de sua esposa Helena Bonham Carter, com quem possui 6 (a sétima está a caminho) e 5 (o sexto está a caminho) colaborações, respectivamente. O filme conta ainda com o sempre ótimo Alan Rickman (para os leigos, o Snape da série Harry Potter) e com uma participação especialíssima de Sacha Baron Cohen (mais conhecido como Ali G, Borat ou Bruno). Narra a história de um barbeiro que tem sua vida destruída e anos depois retorna em busca de vingança. Para tanto, abre uma barbearia, na qual assassina seus clientes. Os restos mortais são aproveitados pela quituteira Mrs. Lovett (Carter) para fazer tortas de carne. A história é sombria, mas não se trata de um filme de terror, é apenas a costumeira atmosfera Burton em ação, desta vez embalada por belas (e também macabras) canções. Destaque máximo para a fotografia e a direção de arte do filme, comumente espetaculares nas obras do diretor.
9) Toki Wo Kakeru Shoujo
Também conhecido como A Garota que Conquistou o Tempo, trata-se de uma animação japonesa de 2006 sobre Makoto, uma colegial japonesa que descobre ser capaz de voltar no tempo e refazer algumas coisas. Mas este é apenas o pano de fundo para uma história especialmente bem amarrada, com personagens carismáticos e envolventes e uma animação muito bem realizada. Makoto logo descobre que seus saltos no tempo têm limites, e que ela pode influenciar positiva ou negativamente as vidas de outras pessoas. Recomendo a todos. Uma excelente obra para aqueles que precisam perder o preconceito com animações.
8) Natureza Quase Humana
Quando assisti Sinédoque, Nova Iorque, pesquisei a carreira de Charlie Kaufman e descobri que, fora alguns episódios de séries de TV, ele havia roteirizado apenas 6 filmes, dos quais eu tinha assistido 5. Resolvi assim caçar este Natureza Quase Humana, o único que faltava. Como não poderia deixar de ser em se tratando de Kaufman, o filme utiliza de figuras de linguagem para apresentar o ponto de vista do roteirista. Mas trata-se de uma história divertida (não é complexa como outros trabalhos do autor, nem sem-graça como Confissões de Uma Mente Perigosa) e metafórica sobre instintos, inversão de valores e comparações entre o homem e os animais "irracionais". Excelente trabalho.
7) Batman: O Cavaleiro das Trevas
Como o grande fã de quadrinhos que sou, é normal que conste nos meus tops uma adaptação cinematográfica de HQs. Este segundo longa de Christopher Nolan sobre o cruzado mascarado é uma das melhores adaptações já realizadas, sobretudo no gênero de super-heróis. Não sou fã do Batman nem de qualquer personagem da DC Comics (exceto de outras linhas, como Vertigo ou Wildstorm), mas procuro assistir a todas as adaptações de quadrinhos lançadas e comumente me impressiono com alguma que não partiu de um quadrinho que me interesse. Este é, sem sombra de dúvidas, o melhor filme do Batman até hoje, construído em cima de uma narrativa densa e que constrói nos espectadores uma sensação de temor pelos personagens que admira, pois ninguém parece estar a salvo na Gothan de Nolan. Claro, o destaque absoluto vai para o comentado Coringa de Heath Ledger, que, se não tivesse falecido, seria bem menos comentado. Contudo, vivo ou morto, foi uma excelente atuação, e certamente digna de figurar entre os indicados ao Oscar.
6) Wall-E
A Pixar é indubitavelmente o melhor estúdio de animação do ocidente. Além de sua conhecida excelência técnica, conta com o trabalho de bons diretores e bons roteiristas, o que a difere dos demais estúdios, que valorizam a qualidade gráfica da animação em detrimento de suas capacidades narrativas. Claro, há bons filmes também em outros estúdios, mas de um único estúdio partiram os excelentes Toy Story 1 e 2, Procurando Nemo, Os Incríveis e Ratatouille. Junto a estes clássicos comparáveis apenas aos mais tradicionais da Disney (o último filme realmente bom da Disney como animadora foi O Rei Leão, de 94) em todo o ocidente, vem se juntar Wall-E, a triste história de um pequeno robô de coleta de lixo que é o último habitante da Terra, excetuando-se as baratas, claro. A chegada de Eva, uma robôzinha avançada coletora de informações, causa um tumulto na cabeça deste pequeno "gari", e um romance entre seres "artificiais" começa a se desenvolver, até que um novo ato tem início, nos apresentando aos estúpidos descendentes dos terrestres, vivendo em uma longínqua colônia espacial. Uma fábula do mundo pós-contemporâneo, muito bem-vinda em tempos de aquecimento global. Filme para ver e rever com toda a família.
5) Lars and The Real Girl
Filme extremamente tocante que nos apresenta a Lars, um jovem tímido e recluso que busca um refúgio para sua reclusão em uma boneca inflável adquirida na Internet, Bianca. Como disse um comentário no IMDB, é impossível descrever a sinopse do filme sem soar como um filme para adolescentes. Mas não há nada de adolescente nesta narrativa, e sim análises profundas das características humanas. Está mais para um tratado psicológico que para uma comédia adolescente. Beneficiado pela atuação marcante de Ryan Gosling como Lars, o filme inexplicavelmente não estreou no Brasil, me obrigando a vê-lo pela Internet. Belo roteiro, bela direção, emocionante.
4) Longe Dela
Se você aprecia dramas e gosta de um filme que te faça chorar, este é um bom indicado. Com uma temática similar à do também excepcional Iris, Longe Dela nos apresenta a um casal idoso, Fiona e Grant, vividos por Julie Christie (intensamente, quase vencedora do Oscar, não tivesse sido ofuscada pela assombrosa Edith Piaf de Marion Contillard) e Gordon Pinsent (atuação contida, nada excepcional). Fiona está com Alzheimer e Grant tem que lidar com essa situação. Chorei desesperadamente durante metade da projeção. Não que o filme seja absurdamente triste (OK, é, mas há filmes, como Túmulo dos Vagalumes, bem mais tristes), mas me causou este impacto porque tive um medo assustador de passar pela mesma situação. Como suportar ver a pessoa que você ama e amou durante toda a sua vida esquecer dos bons momentos que vivenciaram juntos?
3) O Escafandro e A Borboleta
História baseada no livro escrito pelo protagonista do filme, interpretado com brilhantismo por Mathieu Amalric, o ex-editor da Vogue francesa Jean-Dominique Bauby, ou simplesmente Jean-Do. Jean-Do sofreu uma espécie de aneurisma que deixa seu corpo completamente paralisado, com exceção do olho esquerdo. O filme nos mostra a adaptação do editor e de seus entes queridos a essa situação. A história não é perfeita, e eu soube depois, inclusive, que Jean-Do não foi completamente honesto em seu livro. Mas o filme é grandioso graças à montagem e sobretudo à direção de fotografia e à direção. Somos apresentados a cenas filmadas de uma perspectiva interna ao olho restante de Jean-Do e, assim, vivenciamos um pouco (bem pouco, claro) daquela condição precária. Não consigo compreender, com meu limitado conhecimento técnico de cinema, como puderam passar essa impressão perfeita, mas esta acurácia técnica conquistou a medalha de bronze do ano.
2) Speed Racer
Go, Speed Racer! Go, Speed Racer! Go, Speed Racer, Go!
Ahh... o que é a estética desse filme? Que magnífico espetáculo visual! O filme me conquistou desde suas primeiras imagens ao trailer, passando pela escalação da minha queridinha Christina Ricci. Apresentando-nos à família Racer, com seus próprios dramas familiares, o filme foca em Speed, um jovem piloto de corridas que deseja seguir os passos de seu desaparecido (talvez morto) irmão, Rex Racer. A história é um deleite para quem aprecia filmes de aventura, como eu. Mas o principal do filme é mesmo a magnitude visual elaborada pelos Irmãos Wachowsky. Uma lástima que, como bem previu Pablo Villaça em sua crítica quando do lançamento do longa, este não fez muito sucesso e apenas no futuro vá ser devidamente reconhecido, talvez de forma tardia para gerar uma merecida continuação. Todos os atores estão muito bem em seus papéis e eu saí do cinema cantarolando a musiquinha do anime clássico dos anos 70, e desejando rever aquela turma. Aliás, se alguém quiser me dar um DVD de aniversário esse ano, é uma ótima dica! ;D
1) Na Natureza Selvagem
É curioso o fato de eu, até 2007, só conhecer o ator Emile Hirsch de nome, mas nunca ter assistido um filme com ele, e em 2008 ter assistido dois protagonizados pelo rapaz de 23 anos, e os dois encimarem meu TOP do ano. O melhor blockbuster (Speed Racer) e o melhor sério, que é este citado no topo da lista. Na Natureza Selvagem conta a história verídica de Christopher McCandless, um jovem que, recém-graduado na Universidade, desaparece de casa, deixando todos os seus pertences e dinheiro e levando apenas algumas peças de roupa na mochila, a pé, em busca de atravessar os Estados Unidos e o Canadá em direção ao Alaska, onde pretende viver em meio ao nada, subsistindo-se da vida do campo. Chris, vivido por Hirsch, possui uma personalidade alegre e aventureira, embora irresponsável ao não dar notícias para a família desesperada, e vai contagiando as pessoas que encontra em suas andanças (incluindo um casal de hippies vividos por Catherine Keener e Brian H. Dierker, um militar aposentado vivido por Hal Holbrook e uma garota vivida por Kristen Stewart, agora famosa por estrelar o popular Crepúsculo). Com cenários deslumbrantes de várias partes dos Estados Unidos (o que nos faz lembrar que, assim como o Brasil, é um país imenso e, portanto, possui os mais variados relevos), a direção de Sean Penn é perfeita, a história de Chris belíssima e tocante. Uma obra de arte para ser vista e revista, e merecidamente o melhor filme de 2008.
Dos 22 filmes inéditos, apenas 14 foram no cinema, então foi mais fácil montar o Top 10 Cinema.
TOP 10 - Cinema 2008
Menções Honrosas: O Caçador de Pipas, Senhores do Crime e O Incrível Hulk
Não li a obra literária O Caçador de Pipas, portanto não pude julgar o filme como adaptação. Mas como narrativa cinematográfica, é um tocante relato sobre amizade, a pureza das crianças, as diferenças sócio-econômicas em países pobres, e a triste realidade da guerra. Fala sobre dois garotos amigos, um de família rica e o outro cujo pai é empregado da família. Então estoura uma guerra civil e a amizade pode ser abalada. Não entrarei em maiores detalhes, para que possam se surpreender com a história. Belíssimo.
Senhores do Crime está aqui graças a mais uma ótima atuação do Viggo Mortensen, que soube aproveitar muito bem a fama conquistada por seu papel nO Senhor dos Anéis e tem agora a oportunidade de escolher apenas filmes interessantes. Este é sobre a violenta máfia russa. Mortensen se entrega de corpo e alma ao personagem, conquistando inclusive uma indicação ao Oscar do ano que passou, e Naomi Watts e Vincent Cassel também oferecem bons desempenhos. Destaque para a comentada briga em uma sauna romana, uma cena muito bem elaborada e composta. Claro, sendo um filme de Cronenberg, a violência física ocorre na frente das câmeras e não é escondida.
Diferente da maioria das pessoas, preferi O Incrível Hulk a O Homem de Ferro, apesar de também ter gostado bastante desse último. Mas... Hulk tem um pequeno romance na história, e como sou parcial, essas coisas me atraem. As cenas de ação são ainda vibrantes e realistas. Norton convence no papel de Banner e Tyler também faz um bom trabalho como Betty Ross. O Banner é mais apropriado que o de Eric Bana (um ótimo ator, mas muito musculoso para o personagem franzino) e a Betty é tão boa quanto a de Jennifer Connelly (esta é mais talentosa, mas o papel não exige muito).
10) Crônicas de Spiderwick
Este foi um filme que me surpreendeu radicalmente! Fui assisti-lo na falta de algo melhor em cartaz, e saí contente da sala! É um filme simples, com enredo estilo Sessão da Tarde dos Anos 80 (Os Goonies e cia.), mas conta com atores razoáveis e uma história muito interessante, sobretudo para quem aprecia ficção infanto-juvenil, como eu. Fiquei curioso para ler os livros da série, hehehe. O garotinho Freddie Highmore (A Fantástica Fábrica de Chocolate) interpreta dois gêmeos que, junto com a irmã mais velha e a mãe, vão morar em uma espécie de sítio que herdaram dos antepassados. Um dos antepassados era Arthur Spiderwick, uma espécie de estudioso do sobrenatural, que descobriu a existência de seres como duendes e similares, e catalogou formas de se comunicar com eles. Mas os seres fantásticos que habitam a floresta ao redor da casa dos Spiderwick desejam este catálogo, para impedir que humanos os dominem.
9) Vicky Cristina Barcelona
Escrevi sobre este filme no post sobre o Festival Internacional de Cinema de Brasília, então não me repetirei.
8) Um Beijo Roubado
Um filme encantador, sobre Elizabeth (vivida com a simplicidade necessária ao papel pela cantora Norah Jones), uma jovem americana que decide viajar pelo país, em busca de descobrir mais sobre si mesma e de compreender as nuances da vida e do amor. Soa como um road movie, mas, apesar de se encaixar neste sub-gênero (com hífen ou sem hífen? Essas novas regras do Português...), o filme se distingue da maioria dos correlatos pelo fato de se alongar em demasiado em algumas das paradas da jornada, não dando extrema importância à viagem em si, mas sim às experiências vividas em suas pausas. Jude Law, Rachel Weisz e minha musa Natalie Portman interpretam excelentes personagens, conferindo veracidade às experiências vividas por Elizabeth. A direção é do coreano Wong Kar Wai, em sua primeira incursão hollywoodiana.
7) Marley & Eu
Vide acima.
6) Juno
Vide acima.
5) Desejo e Reparação
Vide acima.
4) Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
Vide acima.
3) Batman: O Cavaleiro das Trevas
Vide acima.
2) Wall-E
Vide acima.
1) Speed Racer
Vide acima.
Já sobre os livros, sob alguns aspectos este pode ser considerado como um ano fraco, uma vez que dos lidos apenas 4 ganharam 5 estrelas, enquanto em anos anteriores eu tive dificuldades para selecionar apenas 5. Contudo, foi um ano em que me estendi pelos mais variados gêneros e autores, lendo ficção científica, uma epopéia, auto-ajuda, um épico nacional, um noir americano, um clássico beat, fantasia, um livro religioso, suspense, romance... Apenas lamento não ter lido nenhum livro da Agatha Christie, há muitos anos isso não acontecia.
TOP 5 - Livros 2008
5) On The Road, do Jack Kerouac
Um clássico absoluto da Literatura americana, a obra do então desconhecido Kerouac marcou o início de uma cultura, o Beat, da qual os principais expoentes foram o próprio Kerouac, William S. Burroughs e Allen Ginsberg. É um misto de road story com autobiografia, sem ser completamente biográfico (mas sutilmente inspirado nas viagens do autor e fortemente inspirado nos personagens da vida de Jack, incluindo os citados Burroughs e Ginsberg). O livro é uma ode à liberdade. Consegue captar todos os sentimentos do autor e expô-los ao leitor. É um livro relativamente grosso, mas foi escrito em 3 semanas e em um formulário contínuo, como que em um único parágrafo. As divisões em capítulos e partes são meras formalidades, pois o lirismo presente na obra pode ser captado independentemente de divisões. A história não é o foco, mas sim as emoções. O livro me fez sonhar e desejar pegar minha mochila e pôr meus pés na estrada.
4) Os Túmulos de Atuan, da Ursula Le Guin
Descobri essa série de livros assistindo ao filme Tales from Earthsea, animação do Estúdio Ghibli lançada comercialmente em 2006. O filme é inspirado nos personagens e nas histórias de três dos seis livros lançados nesse universo ficcional concebido pela americana Ursula Le Guin. O filme é bom, mas... não parece muito com os livros. Li os três primeiros nos últimos dias, tendo terminado este segundo (o melhor dos três, na minha opinião, mas o pior na opinião da amiga que me emprestou dois e deu um deles) no último dia de 2008. Trata-se de uma obra inspirada no estilo Senhor dos Anéis de ser, ou seja, medieval, dragões, etc., bem RPG. Infelizmente, os livros são pouco conhecidos no Brasil e, portanto, não há edições decentes e modernas. Este segundo livro conta a história de uma garota que é escolhida para ser a principal sacerdotisa de um templo que é devotado a seres sem-nome e da escuridão. Aos poucos somos apresentados à estrutura física do templo, fundamental para o desenrolar da trama.
3) A Volta ao Mundo em 80 Dias, de Júlio Verne
Este é um dos grandes clássicos de Júlio Verne, considerado um pioneiro da ficção científica. Narra a história de um inglês chamado Phileas Fogg, um homem extremamente metódico e rígido com horários (uma boa caricatura do britânico, na verdade) que aceita uma aposta de que seria capaz de dar a volta ao mundo em 80 dias. A partir deste ponto, a obra narra suas desventuras mundo afora, sempre acompanhado de seu empregado Chavemestra. A narrativa é deliciosa, as aventuras sublimes e os personagens muito divertidos. Meu primeiro Verne, recomendadíssimo!
2) As Memórias do Livro, da Geraldine Brooks
O único livro realmente recente do TOP, já foi abordado neste blog.
1) Orgulho e Preconceito, da Jane Austen
O campeão de 2008 foi este clássico absoluto da Jane Austen, várias vezes adaptado a outros meios. Assisti à mais recente adaptação cinematográfica e tinha gostado, mas nem se compara à obra real. Um romance encantador, com personagens tridimensionais e eventos inesperados. A complexidade de seus dois protagonistas, Lizzie e Darcy, é praticamente a mesma de uma pessoa real. Seus sentimentos são conflitantes, suas opiniões confusas e apenas aos poucos somos capazes de supor o que se passa na mente desses dois. Destaque máximo para o sr. Darcy, uma das figuras mais espetaculares da ficção moderna.
TOP Série 2008
A melhor série que vi no ano foi mesmo Gilmore Girls, tendo visto 147 dos seus 153 episódios (em 7 temporadas) neste ano (os 6 primeiros vi no finalzinho de 2007). Vi ainda as três temporadas de Dexter e metade da terceira de Heroes (em andamento), no âmbito sitcons. Assisti também aos animes Princess Tutu e Baccano, completos, e a primeira temporada (e o início da segunda, ainda sendo lançada) de Nodame Cantabile, o melhor anime do ano.
Bom, espero melhorar os números de filmes (o total, o número de idas ao cinema eu dificilmente igualarei, pois foi espetacular) e de livros em 2009.
Vejamos então os números históricos:
2005
- 124 filmes, sendo 1 documentário, 8 curta-metragens e 115 produções convencionais, destes 31 no cinema
- 28 livros
2006
- 105 filmes, sendo 1 documentário curta-metragem e 104 convencionais, destes 31 no cinema
- 23 livros
2007
- 82 filmes, sendo 1 curta-metragem, 4 documentários e 77 convencionais, destes 36 no cinema
- 19 livros
2008
- 86 filmes, sendo 4 documentários, 2 curta-metragens e 80 convencionais, destes 56 no cinema
- 19 livros
- 269 episódios de séries diversas
O que posso perceber é como passei a frequentar o cinema cada vez mais desde que vim para Brasília e como quase abandonei o DVD. Vi poucos filmes em casa esse ano, transformei o cinema num programa praticamente semanal (o Festival Internacional de Cinema colaborou bastante para esse número, já que vi 11 em uma semana), e aumentei absurdamente as séries que assisto, incluindo aí animações japonesas.
Bem, assisti a 22 filmes inéditos para os quais dei a cotação de 5 estrelas. Com base nestes, montei o Top dos 10 melhores do ano, acrescidos de algumas menções honrosas.
TOP 10 - Melhores Filmes de 2008
Menções Honrosas: Desejo e Reparação, Juno, Persépolis, Apenas Uma Vez e Marley & Eu
Desejo e Reparação conta uma bela história de amor, seguindo um roteiro muito inteligente, conta com atores talentosos (destaque máximo para a pequena Saoirse Ronan, que interpreta a jovem irmã da mocinha vivida por Keira Knightley), e um conjunto fotografia-direção de arte-montagem-direção espetacular. Ótimo filme.
Juno foi o filme mais doce do ano. Com diálogos afiados e uma protagonista carismática ao extremo (vivida talentosamente pela fofa Ellen Page), conquistou o mundo com sua história simples e arrojada, sem deixar de ser emotiva.
Persépolis retrata um duro panorama da vida no Irã nas últimas décadas, adaptando criativamente para a telona a história em quadrinhos autobiográfica de Marjani Satrapi em sua infância e adolescência em meio às guerras civis de seu país, na descoberta da vida e no desejo de vivenciar a Cultura Pop que o governo impede de chegar legalmente. Animação em preto e branco, com um traço estilizado e fundamental para as motivações da direção (a própria Marjani co-dirige a obra).
Apenas Uma Vez é um filme muito simples e barato, com um estilo totalmente europeu, que narra a belíssima história de um aspirante a músico que conhece uma vendedora de flores, entre outros bicos, e os dois decidem tentar gravar um álbum juntos. A narrativa é singela, mas tocante, buscando focar simplesmente nas emoções vivenciadas pelos protagonistas. Há planos belíssimos, como aquele em que a garota vai ao mercado ouvindo a música do rapaz no fone de ouvido.
Por fim, Marley & Eu foi uma agradável surpresa assistida na outra semana. Com dois protagonistas hiper-carismáticos vividos por Owen Wilson e Jennifer Aniston, o filme conta alguns anos da vida do casal com base no que Marley, seu labrador, significa para eles. Baseado no livro autobiográfico do repórter John Grogan, a história nos envolve sutilmente e quando menos percebemos, estamos apegados àquela família e ao Marley, o "pior cão do mundo".
10) Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
Tim Burton é um dos diretores mais criativos dos últimos anos, e possui um estilo muito bem-definido, com inspirações góticas e macabras. Sweeney Todd é um musical da Broadway e Burton decidiu adaptá-lo para a telona, mantendo o gênero musical, acrescentando seu peculiar estilo visual, e convidando seu parceiro Johnny Depp para estrelá-lo, ao lado de sua esposa Helena Bonham Carter, com quem possui 6 (a sétima está a caminho) e 5 (o sexto está a caminho) colaborações, respectivamente. O filme conta ainda com o sempre ótimo Alan Rickman (para os leigos, o Snape da série Harry Potter) e com uma participação especialíssima de Sacha Baron Cohen (mais conhecido como Ali G, Borat ou Bruno). Narra a história de um barbeiro que tem sua vida destruída e anos depois retorna em busca de vingança. Para tanto, abre uma barbearia, na qual assassina seus clientes. Os restos mortais são aproveitados pela quituteira Mrs. Lovett (Carter) para fazer tortas de carne. A história é sombria, mas não se trata de um filme de terror, é apenas a costumeira atmosfera Burton em ação, desta vez embalada por belas (e também macabras) canções. Destaque máximo para a fotografia e a direção de arte do filme, comumente espetaculares nas obras do diretor.
9) Toki Wo Kakeru Shoujo
Também conhecido como A Garota que Conquistou o Tempo, trata-se de uma animação japonesa de 2006 sobre Makoto, uma colegial japonesa que descobre ser capaz de voltar no tempo e refazer algumas coisas. Mas este é apenas o pano de fundo para uma história especialmente bem amarrada, com personagens carismáticos e envolventes e uma animação muito bem realizada. Makoto logo descobre que seus saltos no tempo têm limites, e que ela pode influenciar positiva ou negativamente as vidas de outras pessoas. Recomendo a todos. Uma excelente obra para aqueles que precisam perder o preconceito com animações.
8) Natureza Quase Humana
Quando assisti Sinédoque, Nova Iorque, pesquisei a carreira de Charlie Kaufman e descobri que, fora alguns episódios de séries de TV, ele havia roteirizado apenas 6 filmes, dos quais eu tinha assistido 5. Resolvi assim caçar este Natureza Quase Humana, o único que faltava. Como não poderia deixar de ser em se tratando de Kaufman, o filme utiliza de figuras de linguagem para apresentar o ponto de vista do roteirista. Mas trata-se de uma história divertida (não é complexa como outros trabalhos do autor, nem sem-graça como Confissões de Uma Mente Perigosa) e metafórica sobre instintos, inversão de valores e comparações entre o homem e os animais "irracionais". Excelente trabalho.
7) Batman: O Cavaleiro das Trevas
Como o grande fã de quadrinhos que sou, é normal que conste nos meus tops uma adaptação cinematográfica de HQs. Este segundo longa de Christopher Nolan sobre o cruzado mascarado é uma das melhores adaptações já realizadas, sobretudo no gênero de super-heróis. Não sou fã do Batman nem de qualquer personagem da DC Comics (exceto de outras linhas, como Vertigo ou Wildstorm), mas procuro assistir a todas as adaptações de quadrinhos lançadas e comumente me impressiono com alguma que não partiu de um quadrinho que me interesse. Este é, sem sombra de dúvidas, o melhor filme do Batman até hoje, construído em cima de uma narrativa densa e que constrói nos espectadores uma sensação de temor pelos personagens que admira, pois ninguém parece estar a salvo na Gothan de Nolan. Claro, o destaque absoluto vai para o comentado Coringa de Heath Ledger, que, se não tivesse falecido, seria bem menos comentado. Contudo, vivo ou morto, foi uma excelente atuação, e certamente digna de figurar entre os indicados ao Oscar.
6) Wall-E
A Pixar é indubitavelmente o melhor estúdio de animação do ocidente. Além de sua conhecida excelência técnica, conta com o trabalho de bons diretores e bons roteiristas, o que a difere dos demais estúdios, que valorizam a qualidade gráfica da animação em detrimento de suas capacidades narrativas. Claro, há bons filmes também em outros estúdios, mas de um único estúdio partiram os excelentes Toy Story 1 e 2, Procurando Nemo, Os Incríveis e Ratatouille. Junto a estes clássicos comparáveis apenas aos mais tradicionais da Disney (o último filme realmente bom da Disney como animadora foi O Rei Leão, de 94) em todo o ocidente, vem se juntar Wall-E, a triste história de um pequeno robô de coleta de lixo que é o último habitante da Terra, excetuando-se as baratas, claro. A chegada de Eva, uma robôzinha avançada coletora de informações, causa um tumulto na cabeça deste pequeno "gari", e um romance entre seres "artificiais" começa a se desenvolver, até que um novo ato tem início, nos apresentando aos estúpidos descendentes dos terrestres, vivendo em uma longínqua colônia espacial. Uma fábula do mundo pós-contemporâneo, muito bem-vinda em tempos de aquecimento global. Filme para ver e rever com toda a família.
5) Lars and The Real Girl
Filme extremamente tocante que nos apresenta a Lars, um jovem tímido e recluso que busca um refúgio para sua reclusão em uma boneca inflável adquirida na Internet, Bianca. Como disse um comentário no IMDB, é impossível descrever a sinopse do filme sem soar como um filme para adolescentes. Mas não há nada de adolescente nesta narrativa, e sim análises profundas das características humanas. Está mais para um tratado psicológico que para uma comédia adolescente. Beneficiado pela atuação marcante de Ryan Gosling como Lars, o filme inexplicavelmente não estreou no Brasil, me obrigando a vê-lo pela Internet. Belo roteiro, bela direção, emocionante.
4) Longe Dela
Se você aprecia dramas e gosta de um filme que te faça chorar, este é um bom indicado. Com uma temática similar à do também excepcional Iris, Longe Dela nos apresenta a um casal idoso, Fiona e Grant, vividos por Julie Christie (intensamente, quase vencedora do Oscar, não tivesse sido ofuscada pela assombrosa Edith Piaf de Marion Contillard) e Gordon Pinsent (atuação contida, nada excepcional). Fiona está com Alzheimer e Grant tem que lidar com essa situação. Chorei desesperadamente durante metade da projeção. Não que o filme seja absurdamente triste (OK, é, mas há filmes, como Túmulo dos Vagalumes, bem mais tristes), mas me causou este impacto porque tive um medo assustador de passar pela mesma situação. Como suportar ver a pessoa que você ama e amou durante toda a sua vida esquecer dos bons momentos que vivenciaram juntos?
3) O Escafandro e A Borboleta
História baseada no livro escrito pelo protagonista do filme, interpretado com brilhantismo por Mathieu Amalric, o ex-editor da Vogue francesa Jean-Dominique Bauby, ou simplesmente Jean-Do. Jean-Do sofreu uma espécie de aneurisma que deixa seu corpo completamente paralisado, com exceção do olho esquerdo. O filme nos mostra a adaptação do editor e de seus entes queridos a essa situação. A história não é perfeita, e eu soube depois, inclusive, que Jean-Do não foi completamente honesto em seu livro. Mas o filme é grandioso graças à montagem e sobretudo à direção de fotografia e à direção. Somos apresentados a cenas filmadas de uma perspectiva interna ao olho restante de Jean-Do e, assim, vivenciamos um pouco (bem pouco, claro) daquela condição precária. Não consigo compreender, com meu limitado conhecimento técnico de cinema, como puderam passar essa impressão perfeita, mas esta acurácia técnica conquistou a medalha de bronze do ano.
2) Speed Racer
Go, Speed Racer! Go, Speed Racer! Go, Speed Racer, Go!
Ahh... o que é a estética desse filme? Que magnífico espetáculo visual! O filme me conquistou desde suas primeiras imagens ao trailer, passando pela escalação da minha queridinha Christina Ricci. Apresentando-nos à família Racer, com seus próprios dramas familiares, o filme foca em Speed, um jovem piloto de corridas que deseja seguir os passos de seu desaparecido (talvez morto) irmão, Rex Racer. A história é um deleite para quem aprecia filmes de aventura, como eu. Mas o principal do filme é mesmo a magnitude visual elaborada pelos Irmãos Wachowsky. Uma lástima que, como bem previu Pablo Villaça em sua crítica quando do lançamento do longa, este não fez muito sucesso e apenas no futuro vá ser devidamente reconhecido, talvez de forma tardia para gerar uma merecida continuação. Todos os atores estão muito bem em seus papéis e eu saí do cinema cantarolando a musiquinha do anime clássico dos anos 70, e desejando rever aquela turma. Aliás, se alguém quiser me dar um DVD de aniversário esse ano, é uma ótima dica! ;D
1) Na Natureza Selvagem
É curioso o fato de eu, até 2007, só conhecer o ator Emile Hirsch de nome, mas nunca ter assistido um filme com ele, e em 2008 ter assistido dois protagonizados pelo rapaz de 23 anos, e os dois encimarem meu TOP do ano. O melhor blockbuster (Speed Racer) e o melhor sério, que é este citado no topo da lista. Na Natureza Selvagem conta a história verídica de Christopher McCandless, um jovem que, recém-graduado na Universidade, desaparece de casa, deixando todos os seus pertences e dinheiro e levando apenas algumas peças de roupa na mochila, a pé, em busca de atravessar os Estados Unidos e o Canadá em direção ao Alaska, onde pretende viver em meio ao nada, subsistindo-se da vida do campo. Chris, vivido por Hirsch, possui uma personalidade alegre e aventureira, embora irresponsável ao não dar notícias para a família desesperada, e vai contagiando as pessoas que encontra em suas andanças (incluindo um casal de hippies vividos por Catherine Keener e Brian H. Dierker, um militar aposentado vivido por Hal Holbrook e uma garota vivida por Kristen Stewart, agora famosa por estrelar o popular Crepúsculo). Com cenários deslumbrantes de várias partes dos Estados Unidos (o que nos faz lembrar que, assim como o Brasil, é um país imenso e, portanto, possui os mais variados relevos), a direção de Sean Penn é perfeita, a história de Chris belíssima e tocante. Uma obra de arte para ser vista e revista, e merecidamente o melhor filme de 2008.
Dos 22 filmes inéditos, apenas 14 foram no cinema, então foi mais fácil montar o Top 10 Cinema.
TOP 10 - Cinema 2008
Menções Honrosas: O Caçador de Pipas, Senhores do Crime e O Incrível Hulk
Não li a obra literária O Caçador de Pipas, portanto não pude julgar o filme como adaptação. Mas como narrativa cinematográfica, é um tocante relato sobre amizade, a pureza das crianças, as diferenças sócio-econômicas em países pobres, e a triste realidade da guerra. Fala sobre dois garotos amigos, um de família rica e o outro cujo pai é empregado da família. Então estoura uma guerra civil e a amizade pode ser abalada. Não entrarei em maiores detalhes, para que possam se surpreender com a história. Belíssimo.
Senhores do Crime está aqui graças a mais uma ótima atuação do Viggo Mortensen, que soube aproveitar muito bem a fama conquistada por seu papel nO Senhor dos Anéis e tem agora a oportunidade de escolher apenas filmes interessantes. Este é sobre a violenta máfia russa. Mortensen se entrega de corpo e alma ao personagem, conquistando inclusive uma indicação ao Oscar do ano que passou, e Naomi Watts e Vincent Cassel também oferecem bons desempenhos. Destaque para a comentada briga em uma sauna romana, uma cena muito bem elaborada e composta. Claro, sendo um filme de Cronenberg, a violência física ocorre na frente das câmeras e não é escondida.
Diferente da maioria das pessoas, preferi O Incrível Hulk a O Homem de Ferro, apesar de também ter gostado bastante desse último. Mas... Hulk tem um pequeno romance na história, e como sou parcial, essas coisas me atraem. As cenas de ação são ainda vibrantes e realistas. Norton convence no papel de Banner e Tyler também faz um bom trabalho como Betty Ross. O Banner é mais apropriado que o de Eric Bana (um ótimo ator, mas muito musculoso para o personagem franzino) e a Betty é tão boa quanto a de Jennifer Connelly (esta é mais talentosa, mas o papel não exige muito).
10) Crônicas de Spiderwick
Este foi um filme que me surpreendeu radicalmente! Fui assisti-lo na falta de algo melhor em cartaz, e saí contente da sala! É um filme simples, com enredo estilo Sessão da Tarde dos Anos 80 (Os Goonies e cia.), mas conta com atores razoáveis e uma história muito interessante, sobretudo para quem aprecia ficção infanto-juvenil, como eu. Fiquei curioso para ler os livros da série, hehehe. O garotinho Freddie Highmore (A Fantástica Fábrica de Chocolate) interpreta dois gêmeos que, junto com a irmã mais velha e a mãe, vão morar em uma espécie de sítio que herdaram dos antepassados. Um dos antepassados era Arthur Spiderwick, uma espécie de estudioso do sobrenatural, que descobriu a existência de seres como duendes e similares, e catalogou formas de se comunicar com eles. Mas os seres fantásticos que habitam a floresta ao redor da casa dos Spiderwick desejam este catálogo, para impedir que humanos os dominem.
9) Vicky Cristina Barcelona
Escrevi sobre este filme no post sobre o Festival Internacional de Cinema de Brasília, então não me repetirei.
8) Um Beijo Roubado
Um filme encantador, sobre Elizabeth (vivida com a simplicidade necessária ao papel pela cantora Norah Jones), uma jovem americana que decide viajar pelo país, em busca de descobrir mais sobre si mesma e de compreender as nuances da vida e do amor. Soa como um road movie, mas, apesar de se encaixar neste sub-gênero (com hífen ou sem hífen? Essas novas regras do Português...), o filme se distingue da maioria dos correlatos pelo fato de se alongar em demasiado em algumas das paradas da jornada, não dando extrema importância à viagem em si, mas sim às experiências vividas em suas pausas. Jude Law, Rachel Weisz e minha musa Natalie Portman interpretam excelentes personagens, conferindo veracidade às experiências vividas por Elizabeth. A direção é do coreano Wong Kar Wai, em sua primeira incursão hollywoodiana.
7) Marley & Eu
Vide acima.
6) Juno
Vide acima.
5) Desejo e Reparação
Vide acima.
4) Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
Vide acima.
3) Batman: O Cavaleiro das Trevas
Vide acima.
2) Wall-E
Vide acima.
1) Speed Racer
Vide acima.
Já sobre os livros, sob alguns aspectos este pode ser considerado como um ano fraco, uma vez que dos lidos apenas 4 ganharam 5 estrelas, enquanto em anos anteriores eu tive dificuldades para selecionar apenas 5. Contudo, foi um ano em que me estendi pelos mais variados gêneros e autores, lendo ficção científica, uma epopéia, auto-ajuda, um épico nacional, um noir americano, um clássico beat, fantasia, um livro religioso, suspense, romance... Apenas lamento não ter lido nenhum livro da Agatha Christie, há muitos anos isso não acontecia.
TOP 5 - Livros 2008
5) On The Road, do Jack Kerouac
Um clássico absoluto da Literatura americana, a obra do então desconhecido Kerouac marcou o início de uma cultura, o Beat, da qual os principais expoentes foram o próprio Kerouac, William S. Burroughs e Allen Ginsberg. É um misto de road story com autobiografia, sem ser completamente biográfico (mas sutilmente inspirado nas viagens do autor e fortemente inspirado nos personagens da vida de Jack, incluindo os citados Burroughs e Ginsberg). O livro é uma ode à liberdade. Consegue captar todos os sentimentos do autor e expô-los ao leitor. É um livro relativamente grosso, mas foi escrito em 3 semanas e em um formulário contínuo, como que em um único parágrafo. As divisões em capítulos e partes são meras formalidades, pois o lirismo presente na obra pode ser captado independentemente de divisões. A história não é o foco, mas sim as emoções. O livro me fez sonhar e desejar pegar minha mochila e pôr meus pés na estrada.
4) Os Túmulos de Atuan, da Ursula Le Guin
Descobri essa série de livros assistindo ao filme Tales from Earthsea, animação do Estúdio Ghibli lançada comercialmente em 2006. O filme é inspirado nos personagens e nas histórias de três dos seis livros lançados nesse universo ficcional concebido pela americana Ursula Le Guin. O filme é bom, mas... não parece muito com os livros. Li os três primeiros nos últimos dias, tendo terminado este segundo (o melhor dos três, na minha opinião, mas o pior na opinião da amiga que me emprestou dois e deu um deles) no último dia de 2008. Trata-se de uma obra inspirada no estilo Senhor dos Anéis de ser, ou seja, medieval, dragões, etc., bem RPG. Infelizmente, os livros são pouco conhecidos no Brasil e, portanto, não há edições decentes e modernas. Este segundo livro conta a história de uma garota que é escolhida para ser a principal sacerdotisa de um templo que é devotado a seres sem-nome e da escuridão. Aos poucos somos apresentados à estrutura física do templo, fundamental para o desenrolar da trama.
3) A Volta ao Mundo em 80 Dias, de Júlio Verne
Este é um dos grandes clássicos de Júlio Verne, considerado um pioneiro da ficção científica. Narra a história de um inglês chamado Phileas Fogg, um homem extremamente metódico e rígido com horários (uma boa caricatura do britânico, na verdade) que aceita uma aposta de que seria capaz de dar a volta ao mundo em 80 dias. A partir deste ponto, a obra narra suas desventuras mundo afora, sempre acompanhado de seu empregado Chavemestra. A narrativa é deliciosa, as aventuras sublimes e os personagens muito divertidos. Meu primeiro Verne, recomendadíssimo!
2) As Memórias do Livro, da Geraldine Brooks
O único livro realmente recente do TOP, já foi abordado neste blog.
1) Orgulho e Preconceito, da Jane Austen
O campeão de 2008 foi este clássico absoluto da Jane Austen, várias vezes adaptado a outros meios. Assisti à mais recente adaptação cinematográfica e tinha gostado, mas nem se compara à obra real. Um romance encantador, com personagens tridimensionais e eventos inesperados. A complexidade de seus dois protagonistas, Lizzie e Darcy, é praticamente a mesma de uma pessoa real. Seus sentimentos são conflitantes, suas opiniões confusas e apenas aos poucos somos capazes de supor o que se passa na mente desses dois. Destaque máximo para o sr. Darcy, uma das figuras mais espetaculares da ficção moderna.
TOP Série 2008
A melhor série que vi no ano foi mesmo Gilmore Girls, tendo visto 147 dos seus 153 episódios (em 7 temporadas) neste ano (os 6 primeiros vi no finalzinho de 2007). Vi ainda as três temporadas de Dexter e metade da terceira de Heroes (em andamento), no âmbito sitcons. Assisti também aos animes Princess Tutu e Baccano, completos, e a primeira temporada (e o início da segunda, ainda sendo lançada) de Nodame Cantabile, o melhor anime do ano.
Bom, espero melhorar os números de filmes (o total, o número de idas ao cinema eu dificilmente igualarei, pois foi espetacular) e de livros em 2009.
12 comentários:
Elvis, que post enoooooooooooooooorme. hehehe
Eu sabia que entre os seus tops estariam Batman e Speed racer...Ah, homens...hehehe
Beijocas
Ufa! Quanta coisa hein.. por isso que você sempre diz que tá sem tempo! Deixei de anotar os filmes bem no comecinho do ano, mas com certeza eu vi uns 150.
No teu top 10 só senti falta de "My bluebarry nigths" muito bom esse filme! Batman foi "O Filme". Também preferi de longe o Hulk ao longa do ferroso, acho que o fato de tê-lo visto no cinema ajudou bastante! Como aqui em PA não tem cinema só vi três filmes na telona(Hulk, Kung-fu panda e Hankock) todos nas férias do meio do ano.
Psso dizer que este foi o ano dos quadrinhos, comecei a comprar de verdade acho que comprei umas 300 revistas), continuo acompanhando um punhado de séries(das quais destaco Dexter, Lost, The Big bang Theory, Gossip Girl-esta me surpreende pois o tema não tem muito a ver comigo, mas tem alguns personagens muito legais-além de Smallville, Two and a half men, the Sarah connor Chronicles, acho que só.
Livros li poucos, até porque os quadrinhos me tomam muito tempo seja lendo escaneando ou upando, gostei bastante de "A estrada da noite", mas com certeza voce não gostaria!
Bem é isso aí. Feliz 2009 atrazado!
Alex, My Blueberry Nights está ali na oitava posição do Top 10 Cinema. Não chegou a entrar no Top 10 geral, mas foi por pouco. =D
Caramba!! Anotar os episódios dos seriados? Nunca pensei em fazer isso, acho um pouco estranho... no entanto, desde 2005 (quando eu ainda acompanhava apenas "Friends" e "Sex and the City") que eu venho anotando as temporadas que vejo (só a título de registro mesmo). Em 2006 começou a entrar na conta algumas séries de anime que vi completas (Karekano, Love Hina, etc) e em 2007 comecei a ver Lost, Heroes e The 4400... só que em 2008 eu meio que extrapolei, acabei vendo muuuuitos títulos. Aliás, minha contagem de filmes em 2008 (que foi a melhor desde que comecei a anotar) poderia ter sido beeeeem mais expressiva se eu não tivesse dedicado tanto tempo a ver tantos seriados. Mas, tudo bem... sem bronca! =D
Ué... registro do número de páginas de quadrinhos?? Meio surreal para o meu gosto, mas cada um com suas invenções... hehehehe! =PPPPPPP
E pra variar... vc continua lendo um bocado de livros, hein? Normal! :D
Agora fiquei chocado ao saber que vc não leu nem unzinho da Agatha Christie no ano passado. Como é que pode? Isso é inconcebível. ~_~
Eita... olhaê um critério que difere do meu... curta-metragens não entram na minha conta, pra mim só valem de 60 minutos (segundo o Pablo é o tempo que caracteriza um longa-metragem) em diante.
Puxa vida... 56 idas ao cinema? Fantástico mesmo!! E vc que tentava ao menos 48 vezes, ainda saiu no lucro. Legal demais!! ^__^
Rapaz... eu acabei não vendo alguns filmes que entraram no seu top, talvez (quem sabe) alguns deles até poderiam figurar entre os meus favoritos também. Este ano eu vejo eles, já tenho quase todos aqui no PC (a exceção fica, por enquanto, com "Vicky Cristina Barcelona" e mais dois filmes citados nas suas menções honrosas: "Marley e Eu" e "Apenas uma Vez").
Gostei bastante dos seus top filmes, mesmo não tendo visto alguns ainda eu estou sempre tentando me manter antenado com as críticas e, é claro, a descrição de suas impressões referentes aos longas em questão são sempre bastante interessantes. Seu entusiasmo (e por que não dizer, bom gosto... é, eu conheço mais ou menos suas preferências) a respeito de certos filmes (alardeados não apenas neste post, mas em outras ocasiões) é considerado por mim como sendo um bom indicador em termos de incentivo para se apreciar um longa de boa qualidade. É claro que nem sempre iremos gostar dos mesmos filmes (e mesmo quando isso ocorre, existe ainda a considerável diferença entre o grau de afeição com relação a determinados longas), mas como considero nossos gostos mais ou menos semelhantes sob vários aspectos, acho que as probabilidades de que suas indicações acabem me agradando são sempre bastante otimistas.
Acabei de lembrar agora que quando dei aqueles meus palpites por email para o seu top acabei esquecendo que vc tinha grandes chances de acabar escolhendo algum filme do Kaufman tb. Mesmo assim ainda acertei um bocado, não?
Bom... acho que eu já falei demais... tô parando por aqui.
Abraço!!
Bem, comecei a anotar os episódios de séries como que numa justificativa para mim mesmo acerca do porque de eu não estar vendo mais filmes, ou de como estou gastando o meu tempo. Agora com quadrinhos é a mesma coisa, quero ver como anda meu volume de leitura, que ainda deveria ser o meu foco principal de lazer.
Até que eu li pouco, mas um dia eu me organizo, hehehe. Quero ler 48 livros num ano algum dia! XD E não li nenhum Agatha Christie porque você não estava aqui pra me emprestar. =( Faz mais de dez anos que eu adquiri o meu último exemplar dessa admirável escritora inglesa, então li alguns alugados, emprestados, pegos na biblioteca da UFCG, etc. Queria que lançassem todos nas bancas novamente, pois eu compraria.
Eu conto os meus curta-metragens sim (lembra que contei os Animatrix? São eles ali em 2005), acho importante.
E veja sim os filmes que não viu do meu top. Espero que goste. Realmente, dificilmente você não gosta de algum filme que eu goste, apesar de que, como você bem falou, varie quanto ao grau de afeição que nutrimos por essas obras. Todavia, o inverso nem sempre é verdade, pois você gosta de muito mais gêneros cinematográficos que eu, então acaba apreciando películas que não me agradam.
Mas como você conhece o meu gosto, costuma indicar as que sabe que têm probabilidade de me interessar. =D
Dos filmes que você citou, vi poucos, mas dentre os que vi destaco os seguintes:
Desejo e Reparação, Batman, Wall-E (Eee-vaaaa ^^).
Não curti muito Juno e Speed Racer (!). Nos dois filmes, achei que faltava algo... Mas não sei exatamente o quê.
O que você acha de James McAvoy para o próximo Coringa?
Poxa, eu gosto bastante do trabalho do James McAvoy, mas... não sei, não quero outro Coringa tão cedo, assim poderei guardar a interpretação de Ledger bem fresca na minha mente, hehehehe.
(que bom que sua net tá te dando tempo para comentar XD)
Menino, que post massa é esse?
Eu PRECISO anotar os filmes que vejo por SEMESTRE. Eu adoro filmes. E AINDA vejo muito na faculdade, além de analisá-los. Lógico.
Veja se você conhece algum que vi na facul:
O cheiro do ralo (Excelenteeeeeeee sobre obsessão)
Zélig (WOODY ALLEN. rs)
Almas Gêmeas
O filho da noiva
O quarto do filho (Pra se acabar de chorar, viu?)
Sim, mas..
Mar Adentro (Já tinha assistido)
Gênio Indomável( Também já tinha assistido)
Outros fora da facul que eu me lembro:
As horas (Indico demais)
A vida dos outros (Ótimo, ótimo, ótimo)
Só filmes fortes.. normalmente é assim. Filme que mexe!
Aí o que foi que siddharta fez? Me levou pra ver Bolt e Marley e eu. Pra ver se equilibra né? kkkk
Bjão Elvis. Fiquemos em Paz!
Nãoooo. Esqueci dos documentários que vi na facul;
NÓS QUE AQUI ESTAMOS POR VÓS ESPERAMOS.
É forte, mas por favor assista!! Arrrrrsssiiirrrta, vi?
E os de Michael Moore, só lembro de SiCKO (Filme sobre o sistema de saúde norte-americano)
Abração
Cinema é muito bom, não é?
O Cheiro do Ralo eu não assisti, mas sei que é inspirado num trabalho do Lourenço Mutarelli, então imagino que seja bem psicológico mesmo.
Zelig tá aqui do lado esperando que eu assista. ^^' Aliás, uma série de filmes do Woody.
Almas Gêmeas eu vi sim! *__* MUITO bom! Praticamente a estréia da fabulosa Kate Winslet e o primeiro filme de circuito do Peter Jackson!
Acredita que até hoje eu não vi Mar Adentro? Adoro o Javier Bardem, então quero vê-lo. E sei do que se trata a história.
Gênio Indomável é ótimo também.
As Horas é fabuloso! Destaco sobretudo a história protagonizada pela Julianne Moore! *___*
E Bolt e Marley & Eu são ambos excelentes também! ^^
Poxa, eu não vi este Nós que aqui estamos por vós esperamos, mas li a sinopse na net agora e parece promissor!
Já viu Longe Dela? É um pouco psicológico também, embora trate sobre Alzheimer, mas é profundo e melancólico. Aliás, tem muitos filmes acerca dos quais podemos fazer análises, não? Na Natureza Selvagem também pode gerar um interessante panorama sobre as motivações e o estado psicológico do protagonista, e o que pode tê-lo levado a este ponto. E Lars and The Real Girl é recomendadíssimo para você! Completamente psicologia! Daria até pra levar pra aula. Natureza Quase Humana é mais Sociologia que Psicologia, mas também nos faz pensar.
Obrigado pela visita e pelas indicações! =D
Hummm... de todos esses filmes que a Esmeralda citou, eis aqueles que eu NÃO cheguei a ver... ainda:
- O Filho da Noiva (já vi em locadora, mas ainda não tive interesse em pegar pra ver... pura questão de escolha mesmo)
- O Quarto do Filho (repito o parenteses acima)
- A Vida dos Outros (estou confuso... de que ano é esse filme mesmo?)
- Sicko (Ih, Michael Moore... ando meio sem paciência de ver os documentários dele ultimamente)
- Marley e Eu (esse veio dublado para o cinema daqui de CG, aí me desestimulou... resultado: vou esperar sair em DVD)
- Bolt (acabei deixando passar a chance de ver no cinema)
- Sim, mas... (não sei nem que filme é esse, confesso)
Os demais longas eu vi, inclusive o "NÓS QUE AQUI ESTAMOS POR VÓS ESPERAMOS" (faz uma data, assisti em VHS). Não me recordo muito bem do que se trata exatamente, mas lembro de ter adorado o filme (acho que já está em tempo de rever este título). Ai, ai... minha memória bem que poderia estar melhor hoje em dia.~_~
E quanto aos filmes citados posteriormente ao comentário da nossa estimada amiga, meu caro Elvis... em breve eu os verei, ok?
Abraço!!
Hummm... de todos esses filmes que a Esmeralda citou, eis aqueles que eu NÃO cheguei a ver... ainda:
- O Filho da Noiva (já vi em locadora, mas ainda não tive interesse em pegar pra ver... pura questão de escolha mesmo)
- O Quarto do Filho (repito o parenteses acima)
- A Vida dos Outros (estou confuso... de que ano é esse filme mesmo?)
- Sicko (Ih, Michael Moore... ando meio sem paciência de ver os documentários dele ultimamente)
- Marley e Eu (esse veio dublado para o cinema daqui de CG, aí me desestimulou... resultado: vou esperar sair em DVD)
- Bolt (acabei deixando passar a chance de ver no cinema)
- Sim, mas... (não sei nem que filme é esse, confesso)
Os demais longas eu vi, inclusive o "NÓS QUE AQUI ESTAMOS POR VÓS ESPERAMOS" (faz uma data, assisti em VHS). Não me recordo muito bem do que se trata exatamente, mas lembro de ter adorado o filme (acho que já está em tempo de rever este título). Ai, ai... minha memória bem que poderia estar melhor hoje em dia.~_~
E quanto aos filmes citados posteriormente ao comentário da nossa estimada amiga, meu caro Elvis... em breve eu os verei, ok?
Abraço!!
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