quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Reviews de Agosto - Parte II

Eis mais alguns reviews desse mês. Viajarei nesse final de semana e não garanto ter algo para publicar na próxima semana. Mas dia 5 a edição três de Na Toca do Lobo estará no ar.


Cinema:

Brüno (Brüno, 2009, EUA, dir. Larry Charles)

(Brüno)

Minha reação ao assistir Borat em março de 2007 foi um misto de repulsa ao exagero do humor negro e ao explícito, com prazer por ter me divertido em diversas cenas do longa. Dessa maneira, minhas expectativas eram médias com relação a Brüno, mas ainda assim eu sabia que Baron Cohen poderia me surpreender. E o fez. Pena que negativamente.
A “história” gira em torno de Brüno, um apresentador de TV austríaco, dono de um programa voltado para o público homossexual, após este ser demitido e ter se decidido a ficar famoso nos Estados Unidos. Assim, acompanhamos o personagem de Sacha Baron Cohen em uma busca desesperada por fama, trama que critica de maneira árdua as pessoas que não medem esforços para alcançar o estrelato. Em sua jornada, Brüno grava programas explicitamente ofensivos (o tempo em cena de um determinado órgão sexual rivaliza com o de alguns filmes pornôs), adota uma criança africana (se Madonna e Angelina podem...) e até cogita se tornar heterossexual (as perguntas que o personagem faz a um pastor cristão formam um dos pontos altos do filme).
Realizando uma composição de personagem absurdamente eficaz, Baron Cohen demonstra ser muito competente na arte da atuação, ainda que seja beneficiado pelo fato dos personagens Ali G, Borat e Brüno serem de sua própria autoria. Os trejeitos, as expressões faciais e o sotaque que distinguem cada uma de suas famosas interpretações podem até mesmo fazer com que alguns espectadores jamais desconfiem se tratar do mesmo ator por trás.
Infelizmente o filme não funciona como uma peça narrativa coesa, parecendo uma colagem de sketches de televisão, que provavelmente soariam bem melhor no programa apresentado por Cohen. Dessa maneira, as piadas não se perderiam no contexto (chamar Mel Gibson de Führer foi genial). Provavelmente graças à fama do ator, as cenas realmente realistas parecem drasticamente reduzidas, o que era um dos grandes charmes de Borat. Uma das melhores cenas ficou restrita aos créditos finais, quando alguns artistas famosos fazem pontas divertidas.
Brüno é um filme sem estrutura narrativa, praticamente sem história (há uma intenção nas ações episódicas do personagem, mas só isso), com uma tentativa artificial de romance, e que só sobrevive ao ostracismo graças ao talento do ator Sacha Baron Cohen, que nos faz acreditar que figuras como Borat e Brüno realmente existam.
2 estrelas em 5





TV:

1) True Blood 2x08
O cliffhanger do episódio anterior foi tão interessante que eu realmente acreditei que Jason pudesse ter deixado os espectadores órfãos de suas burradas antológicas, mas a arma utilizada por Sarah foi simplesmente uma pistola de Paintball. Descobrimos finalmente que Godric é um personagem fascinante, decidido a colaborar substancialmente para o fim da disputa entre vampiros e humanos, e a coexistência pacífica dos dois povos, em uma espécie de utopia no melhor estilo Charles Xavier (o mentor dos X-Men, que busca a paz entre mutantes e humanos). Impedindo uma batalha que deixaria muitos mortos na Sociedade do Sol e entre os vampiros do Texas, e que poderia significar o fim de Sookie, Bill e Eric, o vampiro milenar é ajudado curiosamente por Jason Stackhouse a acabar com as forças empáticas de Steve Newlin e dissipar o grupo sem maiores percalços.
Em Bon Temps, a tensão aumenta, se é que era possível. MaryAnn coloca o corpo de Daphne no frigorífico de Sam, levando-o a ser detido pela possibilidade do homicídio. Mas o bizarro fica no uso que a Mênade dá ao coração da metamorfa: picado em pedaços e unido com vegetais, vira recheio de uma torta que ela serve a Tara e Eggs. O dominado casal se delicia com a funesta refeição e logo os dois começam a se violentar, afetados emocionalmente por MaryAnn. Jessica e Hoyt voltam à Louisiana e a jovem vampira descobre que será virgem por toda a eternidade! No ninho de Godric, a celebração pelo seu retorno conta com uma desavença entre Lorena e Sookie (resolvida prontamente pelo Xerife) e com uma estarrecedora ameaça, cujo desenrolar foi deixado para o episódio seguinte.
Nota: 10

(A pobre Tara, que só se ferra nessa série)

2) True Blood 2x09
O atentado da Sociedade do Sol é bem-sucedido em sua realização, mas não tanto no impacto, uma vez que poucos vampiros foram afetados e o fato serviu apenas para piorar as relações entre as raças. O fato mais impactante decorrente da explosão foi Sookie ter sido ludibriada por Eric e agora ter provado o sangue do vampiro, tornando-se para sempre conectada com ele.
Hoyt leva Jessica para conhecer sua preconceituosa mãe, o que não dá muito certo e agora a garota está sofrendo por não ser capaz de gerar progênie. Adoro o romance do casal, mas lamento que essa trama esteja tão desconectada de todas as outras. MaryAnn invade a delegacia da cidade e liberta todos os presos, apesar de Sam escapar de suas garras transformado em uma mosca! Confesso que achei exagerado o metamorfo ser capaz de reduzir tão drasticamente a sua massa, afastando o sobrenatural do realismo, quando o ideal seria que ele conseguisse se metamorfosear apenas em mamíferos, ou pelo menos vertebrados, e de massas similares. Dessa forma, parece mágica. O dono do Merlotte’s busca refúgio em Andy Bellefleur, o único na cidade capaz de acreditar nele e não na poderosa Mênade. Aliás, esta visita o restaurante e nos faz descobrir que seus poderes são mais amplos do que pareciam, ao mobilizar a todos os presentes para caçarem o proprietário. Na casa de Sookie, Tara e Eggs são forçados a bater na mãe da garota e em Lafayette. Mesmo assim, estes conseguem fugir do local arrastando a divertida Tara.
Finalmente a trama em Bon Temps parece se aproximar de um desfecho. Gostaria que o casal principal retornasse logo à cidade, pois anseio por saber se os poderes de MaryAnn exercem algum efeito sobre vampiros. Concluindo o ótimo episódio, Godric, que havia se deixado capturar pela Sociedade do Sol, se sacrifica por não mais sentir prazer em viver após dois mil anos, e não gostar do que os vampiros fazem com os humanos. Sua cria e devoto Eric chora amargamente a despedida, e o vampiro queima ao nascer do sol ouvindo as palavras de conforto de Sookie. Preciso fazer três observações sobre a cena: Godric inicialmente me lembrou o personagem Marius (das crônicas de Anne Rice), sábio e preservador das relações com os humanos, mas agora ele se pareceu mais com Armand, melancólico, odioso de sua condição vampírica e desejoso por deixar este mundo; não apreciei particularmente o ator Allan Hyde e creio que um personagem tão marcante merecia um intérprete mais eficaz; mais uma vez Anne Rice prova ter estabelecido as mais interessantes convenções para o gênero, que aqui são desobedecidas constantemente, afastando a narrativa da verossimilhança – se nos livros de sucesso quanto mais antigo um vampiro e mais poderoso o seu sangue, mais difícil é matá-lo, na série de Alan Ball os vampiros mais velhos viram pó em uma fração de segundo após o contato com o sol.
Nota: 9





Quadrinhos:

1) Wolverine 56
A última de quatro partes da caçada de Mística por Wolverine é, infelizmente, a menos interessante delas. É basicamente a luta entre os dois personagens, muito bem desenhada por Ron Garney. O único momento interessante está na década de 20, ao descobrirmos que Logan traiu a trupe de criminosos montada por Raven e os entregou para a polícia, o que sempre parece ter sido seu plano. No presente, o mutante vence o duelo graças ao seu fator de cura, mas, obviamente, não dá cabo da assassina, fazendo uso do velho clichê de deixá-la à míngua e com uma arma para que ela mesma alivie seu fardo, fato que todos sabemos que não vai ocorrer, pois a personagem é muito importante para o Universo X.
Em Wolverine Origens, finalmente sai o desenhista Steve Dillon, embora seu substituto Stephen Segovia não seja digno de nota. Conhecemos na história um pouco da infância de Daken no Japão, abandonado por um pai que não sabia de sua existência. O bizarro é que o cabelo moicano do rapaz é de nascença, algo que eu não imagino ser possível. Mas tudo pode acontecer com mutantes, certo? A criança é adotada por uma boa família japonesa, que o deixa de lado aos poucos após o nascimento de seu filho biológico. Inconformado, Daken acaba causando a ruína daquelas pessoas, e sendo encontrado, após a descoberta de seus poderes, pelo tal Romulus, um vilão que foi adicionado retroativamente na continuidade de Logan, e que ainda não deu as caras. A história não tem bons momentos, embora também não seja exatamente ruim.
Acompanhamos a seguir uma aventura solo de Mercúrio, enlouquecendo na cadeia após a completa perda de seus poderes, até mesmo daqueles adquiridos com os cristais de névoa terrígena dos Inumanos. Os delírios de Pietro são curiosos, partindo dos familiares Wanda, Magneto, Cristalys e Luna, e concluindo com a sempre ótima Layla Miller. A garota que sabe das coisas protagoniza um dos melhores diálogos da história: “Um dia, um sábio chinês sonhou que era borboleta. Quando acordou, se perguntou se era um homem sonhando que era borboleta ou se era uma borboleta sonhando que era homem. E aí? Você é um mutante sonhando que é humano... ou o contrário? Segue a borboleta, Mercúrio”. Em seguida, como se descobrisse que era um mutante sonhando ser humano, Pietro recupera seus poderes e foge da prisão correndo mundo afora, até mesmo sobre a água. A história funciona como um bom retorno para o personagem, que logo deve aparecer nas histórias do X-Factor.
Aliás, a equipe de detetives liderada por Jamie Madrox está cada vez mais interessante. Val Cooper oferece ao rapaz duas possibilidades de futuro: trabalhar para o governo ou dissolver o time, que ficaria sob proteção e vigilância governamental. Claro que Jamie não aceita nenhuma das propostas e desaparece com Theresa, Monet, Guido e Rictor. Alguns meses se passam, a barriga da grávida Siryn cresce e o X-Factor continua agindo, agora em Detroit. Ao final, Val encontra Jamie. Peter David é um roteirista consistente que pode nem sempre ser brilhante, mas dificilmente será decepcionante. Fico na ansiedade pelo retorno de Layla Miller, uma das melhores personagens surgidas na Marvel nos últimos anos.
Nota: 7

2) Avante Vingadores 31
Se essa revista, além do Homem de Ferro, tivesse Motoqueiro Fantasma, Miss Marvel e os Thunderbolts, eu adoraria, porque seriam R$ 7,50 a menos todo mês. Matt Fraction até tenta realizar um bom trabalho nas histórias do ferroso, utilizando Ezekiel Stane como um personagem que desenvolveu tecnologicamente poderes, digamos, um pouco mais orgânicos que os de Tony Stark. O objetivo de Fraction é criar um novo vilão para o Homem de Ferro. A arte de Salvador Larroca (que, apesar de bonita, costuma pecar pela falta de fluidez) está deslumbrante sob as cores de Frank D’Armata, mas nem mesmo a qualidade gráfica ou os dons do argumentista podem fazer algo por Stark, que padece da falta de carisma e, principalmente, da completa ausência de personagens minimamente interessantes para coadjuvar na história. Nenhum personagem que mereça menção aparece nas duas histórias da edição. Lamentável.
A Iniciativa toma rumos curiosos em tempo de Invasão Secreta: personagens pouco conhecidos se reúnem para caçar os Skrulls infiltrados país afora, fazendo uso dos óculos especiais do Homem 3-D. A história trás de volta Sharon Ventura, a Mulher-Coisa, antiga coadjuvante das aventuras do Quarteto Fantástico. Infelizmente, logo descobrimos que era um Skrull disfarçado. Somos informados que há um Skrull em cada uma das cinqüenta equipes da Iniciativa, um plano interessante dos alienígenas. A história conclui quando o novo Homem-Formiga descobre que o Jaqueta Amarela é um traidor e comanda uma frota de invasores.
Nas últimas páginas da edição, Bendis apresenta como se deu a substituição de Elektra por um Skrull. A ninja fabulosa deu muito trabalho para os alienígenas, até ser vencida e substituída por um Skrull chamado Pagon, que parecia ser o amante da Rainha, mas assim mesmo se oferece para a missão suicida de introduzir o pânico silencioso na mente dos Vingadores ao ser assassinado como Elektra e revelar a verdadeira forma Skrull. Através dessa atitude, percebemos que a Rainha mobilizou os corações de todo o seu povo e que os transmorfos verdes se entregaram de corpo e alma a essa Invasão, determinados a tomar a Terra para si. Sabemos que eles serão eventualmente derrotados, mas o que isso significará. Restará alguma maneira da raça sobreviver após tanta dedicação a um plano?
Nota: 5.5

3) Invasão Secreta Especial 2
O segundo número da leva de especiais que apresentará histórias secundárias, mas relacionadas à Invasão Secreta, marca a estréia de uma equipe que substitui o Excalibur: formada por Pete Wisdom e agentes do MI13 britânico, eles visam defender o Reino Unido da invasão verde. Brian Braddock, o Capitão Britânia, assume a frente de combate, auxiliado por Spitfire (que parece ser uma vampira agora, perdi alguma coisa?) e o Cavaleiro Negro (é, aquele que já foi Vingador). Os Skrulls desejam acessar o mundo que abriga a magia ancestral por trás do Reino Unido e tomar para si essa força etérea que sustenta os britânicos.
É uma idéia interessante, e vários seres sobrenaturais surgem em defesa da magia, mas não conseguem impedir que os vilões roubem seus artefatos místicos, fundam-nos e criem um artefato de grande poder a ser usado por um Srull em batalha. Sua vitória iminente se deu porque Braddock sucumbiu perante poder alienígena. Mas Wisdom liberta um Merlin visualmente modificado e aparentemente arrependido de seus anos como vilão do Excalibur. O personagem consegue trazer Brian de volta à vida antes que sua essência se afastasse completamente da realidade. O Capitão Britânia retira a própria Excalibur da pedra e derrota os artífices da magia criada pelos Skrulls. A edição conclui com a aparente formação de uma nova equipe, que conta com os personagens supracitados e também com a freira Faiza, que descobriu ter uma espécie de poderes curativos e parece ter se apaixonado por Dane, o Cavaleiro Negro. Boa edição, apesar de faltar alguma coisa. Não gosto muito de Pete Wisdom, mas os outros personagens são promissores.
Nota: 7

4) Nana 11
Na décima primeira edição da trama estabelecida por Ai Yazawa, Nana/Hachi leva Takumi para conhecer sua atrapalhada família. O Blast termina as gravações e se prepara para sua grande estréia em Tóquio. O Trapnest também conclui os trabalhos e retorna ao Japão, preparados para a iminente batalha de vendas contra o grupo rival. A banda de Nana é instalada em um prédio de apartamentos muito esquisito para artistas da agência que os representa com a gravadora. No local, são apresentadas duas novas personagens: a jovem e divertida atriz pornô Yuri-chan e a solitária e encantadora aspirante a atriz Mil, que mexem com o coração já balançado de Nobu.
O Black Stones faz sua apresentação surpresa nas ruas da Tóquio, e Hachi é avisada e assiste de longe, emocionada pelo sucesso dos amigos. A banda e o Trapnest se encontram em um programa de televisão. Takumi começa a desconfiar de Reira por vê-la com um isqueiro raro semelhante ao de Shin (nós sabemos ser o mesmo), mas a garota está curtindo cada vez mais seu tempo com o ainda adolescente baixista. Infelizmente, tudo indica que ela, apesar de gostar do rapaz, o use para esquecer uma paixão não-concretizada por Takumi. Descobrimos nessa edição que Ren está entrando no mundo das drogas e não é feliz com a vida como membro da banda de sucesso. Yasu o aconselha a viver com o coração, ou acabará morrendo, já que ele não é racional como seu amigo ou Takumi. Na mesma época, Nana tem uma crise de hiperventilação causada por estresse. Seu amante a pede em casamento, buscando salvar a ambos de problemas emocionais mais graves, e sem se importar se o fato vai atrapalhar as bandas ou passar a impressão errada deles para o público. Takumi descobre sobre a intenção do rapaz, e Reira egoisticamente sugere que dois casamentos de uma vez pode ser a ruína da banda. Como o homem de negócios e extremamente racional que é, Takumi parece inclinado a deixar Ren se casar agora para resolver seu problema com as drogas, enquanto sua vida pessoal sem importância fica para depois.
Hachi manda uma mensagem para Shin convidando os quatro membros do Blast para ver fogos em um festival. Yasu consegue adiar um compromisso com uma revista, e os quatro se disfarçam e vão ao apartamento 707 esperar pela garota que há tempos não vêem. Nana espera poder se desculpar e reatar a amizade. Nobu espera talvez convencer Hachi de que esta tomou a decisão errada ao ficar com o líder do Trapnest. Shin só tem saudades da garota, e Yasu percebe tudo que está acontecendo. Mas, antes do encontro, Hachi vai comer um hambúrguer no Jackson Burger e encontra seu ex Shoji. A conversa com o rapaz afeta profundamente a garota, que acaba não comparecendo ao encontro com os amigos. Parece que estes laços estão destinados a permanecerem desatados. O volume conclui aqui, igualando os episódios da primeira temporada do anime. O que virá pela frente? Que novos sofrimentos aguardam Nana e Hachi?
Nota: 10

5) Full Moon O Sagashite 3
A terceira edição do mangá shoujo finalmente desenvolve a história de maneira bem-sucedida. Descobrimos que Takuto, quando vivo, era membro de uma banda formada junto com o pai de Mitsuki e com o Dr. Wakaohji, o médico que cuida da garganta da garota. Takuto teve o mesmo problema quando jovem, e fez a cirurgia para viver, sendo impedido de continuar cantando. O fato acabou impelindo-o ao suicídio, e por isso se tornou um Shinigami. A protagonista ganha complexidade ao descobrirmos que seu amado Eichi morreu no dia em que saiu do orfanato em que viviam, em um vôo para os Estados Unidos. Mesmo sabendo do falecimento deste, a garota continua em busca do seu sonho para que, quando voltarem a se encontrar, ela esteja mais perto de alcançá-lo. Finalmente podemos concluir que Mitsuki não se importa com a morte iminente causada pela doença na garganta porque ao deixar essa vida se encontrará com Eichi e para o encontro precisa chegar mais perto da sua meta e cumprir a promessa que fez ao rapaz.
Ainda na edição, há duas histórias curtas: uma que mostra Meroko como parceira de Izumi e apaixonada por ele, até que é involuntariamente deslocada para acompanhar Takuto e agora dedica seus sentimentos ao jovem Shinigami; a história seguinte apresenta algumas cenas do passado de Mitsuki e Eichi, importantes para que o espectador acredite no sentimento da garota por ele. Foi importante dar uma chance à história, que evoluiu e agora é capaz de prender a minha atenção.
Nota: 8

6) DNA² 1
Há muitos anos assisti uns quatro episódios do anime DNA² em um evento de anime. Eis que agora o mangá chega às bancas brasileiras e um amigo decidiu comprar e me emprestar. Não seria uma aquisição que eu faria, pois não faz realmente o meu estilo. Mas já que li, farei aqui o meu comentário.
Junta Momonari é um adolescente comum, exceto pelo fato de ter uma estranha alergia a mulheres, que o nauseiam e até o fazem vomitar. Claro, o fato gera inúmeras situações cômicas e constrangedoras para o rapaz, comuns de mangás para os adolescentes do sexo masculino. Karin Aoi é uma “operadora de DNA”, vinda do futuro para impedir uma catástrofe populacional. O Japão está consumido pelo excesso de habitantes e o principal causador é um tal de Megaplayboy, um cara que engravidou mais de cem mulheres! A garota viajou no tempo para alterar o DNA do futuro Megaplayboy e impedir esse crescimento habitacional. E eis que o cara é o esquisito Junta, que nem sequer consegue se aproximar de uma garota sem vomitar.
Karin atira em Junta com uma bala modificadora de DNA, mas parece ter utilizado a bala errada e... causado a transformação dele no Megaplayboy. Aos poucos, ele vai assumindo essa faceta apenas por alguns instantes, nos quais se torna um tremendo conquistador e irresistível para as garotas, até mesmo para a própria viajante temporal. Situações divertidas e trapalhadas conduzem a trama, que busca também um lado mais aventuresco ao envolver o rapaz em uma confusão em um restaurante. A premissa é absurda e boba, mas também o é o objetivo da revista, que assim não foge de sua meta e alcança o público-alvo.
Nota: 7

7) Invasão Secreta 5
A dominação Skrull começa a surtir efeito, pois os infiltrados na população humana começam a transmitir mensagens pela televisão mundial informando da Invasão e de que a Terra já foi anexada ao Império Skrull, e que acabou a guerra, o sofrimento, a pobreza, mas serão necessárias adaptações aos eficazes costumes dos alienígenas. No espaço, a Agente Brand salva Reed Richards, a mente mais brilhante do planeta, e este imediatamente começa a colocar em prática um plano para salvar a Terra. Imediatamente monta uma arma que pode revelar os verdadeiros humanos e, na Terra Selvagem, revela que todos os que vieram na nave eram mesmo Skrulls, até mesmo a Harpia, que já estava enamorada de seu ex Gavião Arqueiro, agora Ronin. O fato desperta a ira de Clint Barton, que deseja matar cada Skrull! O momento mais brilhante ocorre na sede da Shield e é protagonizado pela antipática Maria Hill, que revela ser um MVA (Modelo de Vida Artificial), uma lição aprendida com Nick Fury e, surgindo dos céus, destrói todo o aero-porta-aviões. Enquanto o MVA é destruído, fala que vai fazer uma camisa com os dizeres “Nick Fury Tinha Razão”, uma tirada muito divertida da parte de Bendis.
Na história dos bastidores, Ben Ulrich e outros humanos estão presos em prédios e tentam escapar da batalha ocorrendo em Nova York. A história não é emocionante, mas a principal da revista compensa, apesar de muito corrida.
Nota: 8
(um Skrull sedento pelo sangue dos terráqueos!)

8) X-Men 92
Duas histórias dos X-Men de Ed Brubaker e Matt Fraction abrem essa edição. A arte maravilhosa de Greg Land por si só já vale a leitura. A jovem Fada (ex-personagem das histórias dos Novos X-Men) é espancada na rua por humanos, e logo descobrimos ser o Culto do Inferno, comandado por ninguém menos que Empata, que obedece ordens diretas de uma tal Rainha Vermelha. Obviamente, estão ligados ao Clube do Inferno, e suspeito que a mulher seja absurdamente Madelyne Pryor, que já foi envolvida com o Clube nas histórias do X-Man (Nate Grey, o Cable da Era do Apocalipse). Para os desavisados, Madelyne é um clone de Jean Grey criado pelo Sr. Sinistro no passado, e real mãe de Cable antes dele ser enviado ao futuro para ser curado de um vírus tecnorgânico injetado por Apocalipse... Err... esqueçam, é uma mutante psiônica poderosa e ruiva. XD
Os X-Men armam uma emboscada para o Culto do Inferno, e logo descobrem que Empata está mais poderoso que nunca. A tal Rainha Vermelha parece interessada em destruir Emma Frost e, antes de fugir, assume sua aparência (como? Bom, poderes telepáticos podem passar essa impressão. Digo, se for mesmo a Srta. Pryor). Ainda nessa edição vemos Cristal, sem nenhuma explicação sobre como ela saiu do Excalibur, voltou a ser loira e a cantar, e como seu cabelo cresceu. =P Mas tudo bem, alguns meses podem ter se passado. Pequenos deslizes à parte, as duas histórias empolgam, e a fase em São Francisco promete!
Em duas histórias de X-Men Legado, uma revelação surge esmagadora: Sinistro implantou seu próprio DNA nas crianças Xavier, Cain Marko e Sebastian Shaw e, geneticista extremamente brilhante como sempre foi, deixou gatilhos genéticos que seriam ativados automaticamente após a sua morte, de forma que ele usurpasse o corpo de um destes portadores. O humano amigo de Xavier não tinha o gene X. O rubi de Cytorak protege o Fanático, e o pai de Shaw, que trabalhava para Sinistro, construiu uma máquina que o impedia de ser usurpado. Dessa forma, o grande vilão busca usurpar o corpo do Professor X, em um momento deveras interessante, já que este está com poucas memórias de sua vida. Sinistro busca fazer Xavier crer que os X-Men ficam melhor sem ele, e que de alguma forma seu DNA influenciou algumas das decisões do mentor da equipe mutante. Surge uma tal Doutora Mueller, a primeira mutante que Sinistro conheceu e que é imortal, mas isso não impede o envelhecimento de seu corpo. Por isso, ela deseja ser a hospedeira de Sinistro, uma vez que o processo é automático e controlado por uma máquina, que ela modificou de forma a poder entrar na lista e manter suas faculdades mentais. Mas Sinistro toma controle do corpo de Charles, e se ele conseguisse tal façanha, muito me surpreenderia. Mas, mesmo destreinado, o maior telepata da Terra consegue vencer o vilão na sua mente e retomar seu corpo. Ao final, somos surpreendidos por Shaw conversando com uma clone de Sinistro, a qual ele convida para ser sua Rainha Negra. Enquanto isso, Xavier deseja conversar com Scott.
Nota: 9

9) Hunter X Hunter 16
O mangá de Yoshihiro Togashi está cada vez mais interessante ao apresentar o universo do jogo Greed Island, que é na verdade um lugar do mundo real vigiado e controlado pelo que imagino serem os mais poderosos hunters de todos os tempos, entre eles o pai de Gon. Neste volume, alguns jogadores estão prestes a finalmente concluir o jogo, embora algumas cartas raras desafiem suas capacidades de obtenção. Gon, Killua e Biske encontram o temido Hisoka e a misteriosa garota o convida a fazer parte do grupo enquanto buscam uma determinada carta que só pode ser obtida por um grupo de mais de 15 pessoas. Os jogadores devem vencer desafios esportivos, e o organizador é um Game Master, ou seja, um dos hunters que cuida do jogo. Ao saber que Gon é filho de seu amigo, o personagem pega ainda mais pesado no desafio. Fazendo uso personagens tridimensionais e de muito mistério, o autor de Yu Yu Hakusho prova sua qualidade narrativa ao realizar um mangá ainda mais envolvente que seu maior sucesso.
Nota: 9.5

10) D.Gray-Man 4
Na quarta edição do interessante mangá de Katsura Hoshino, Allen conhece o Bookman e seu futuro sucessor Lavi. O Bookman é uma espécie de arquivo vivo sobre os Exorcistas e a história da Innocence. Descobrimos que existe uma Innocence, apelidada de Coração, mais poderosa que as demais, que atrai as atenções do Conde do Milênio e de sua suposta família. Acreditando que por ser mais potente, escolheria alguém importante, os vilões perseguem os Generais da Ordem Negra. Assim sendo, os Exorcistas são divididos em grupos para buscarem encontrar seus Generais e ajudá-los a escapar destes atentados. Assim, Allen, Lenalee, Lavi e o Bookman são designados para seguir os passos do General Cross, ex-mestre do protagonista e mais soturno dos Generais. No caminho, Allen e Lavi acabam indo parar em uma cidade que tem problemas com um aparente vampiro. Dessa vez, a trama ficou para o volume seguinte, dando a entender que finalmente as histórias estão se alongando e que logo uma saga mais extensa deve tomar conta das páginas da história. É um mangá criativo, que me faz perceber que o gênero Shounen no Brasil está contando com ótimas opções (além do bom Naruto, há os ótimos D.Gray-Man, Hunter X Hunter e Full Metal Alchemist, e o excelente Bleach. Infelizmente, o melhor deles, One Piece, está afastado das bancas pelos problemas financeiros e editoriais da Conrad).
Nota: 9

11) Os Cavaleiros do Zodíaco: The Lost Canvas 11
A história da Guerra Santa anterior à época de Seiya parece se aproximar de um final. Os cavaleiros orquestram uma invasão ao palácio de Hades, e o mestre de Shion consegue aprisionar Hypnos. Dessa forma, resta apenas Hades para ser derrotado. Porém, o Imperador toma de vez o controle do corpo de Alone. Kurumada é feliz ao não exagerar o foco da história em seu protagonista Tenma, abrindo espaço para vários cavaleiros de ouro e para outros personagens mais interessantes. A história é razoável, e conseguiu me deixar curioso, minimamente para saber como Dohko sobreviveu ao ataque de Hades, uma vez que sabemos que ele se tornará o vigia do palácio de Hades e mestre de Shiryu. Me questiono sobre o porquê de Masami Kurumada não ter ainda criado uma história ambientada alguns anos no futuro da série original, caracterizando um novo mestre do Santuário (talvez Mu?), novos cavaleiros de ouro (os próprios personagens da saga clássica poderiam integrar este elenco, exceto Seiya, que felizm...lamentavelmente não parece ter sobrevivido) e novos aprendizes. Bom, não acredito que eu estou dando essas idéias, afinal enjoei da série há alguns anos e não teria a intenção de comprar esses mangás. Eu leria se, como neste Lost Canvas, algum amigo adquirir e me emprestar.
Nota: 7.5



Encerro o post com uma apresentação recente do duo Roxette em um festival europeu. Ao que parece, Per e Marie estão de volta para alguns shows! \o/ A performance é incrivelmente boa e eles estão cantando ao vivo, afastando a impressão que eu tinha de que a voz de Marie tinha se deteriorado com a idade.

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