quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Setembro na Cultura Pop

O Na Toca do Lobo deixou de existir, mas eu não deixei de ler/assistir às minhas coisinhas. Não terei tempo de escrever longos reviews, como vinha fazendo, mas não custa citar umas coisas, não é? =D


Literatura

1) Crônicas de um Samurai na Era Meiji Vols. I e II, de Nobuhiro Watsuki e Kaoru Shizuka: algumas aventuras de Kenshin Himura (o Samurai X do desenho que passou na Globo há vários anos, e cujo mangá foi lançado no Brasil pela JBC) escritas em prosa. Divertido, ótimos personagens e curiosidades sobre o Japão feudal.
3 estrelas em 5 para ambos

2) O Castelo Animado, da Diana Wynne Jones: obra inglesa que inspirou Hayao Miyazaki, o grande diretor do Estúdio Ghibli, a realizar a animação homônima. O filme é o meu predileto do estúdio, e o livro consegue ser ainda melhor. Mais rico de detalhes, com algumas mudanças sutis e outras radicais com relação à versão cinematográfica, o livro é delicioso e suas páginas voaram pelas minhas mãos. O estilo de Jones não é o ápice da Literatura pós-contemporânea, mas ela é hábil para contar histórias e desenvolver os personagens.
5 estrelas em 5

3) O Castelo no Ar, da Diana Wynne Jones: ambientado no mesmo universo concebido para O Castelo Animado, e com algumas sutis fusões com a obra anterior, conta uma história que poderia ter saído dAs Mil e Uma Noites, com direito a tapetes voadores, gênios em lâmpada, e filhas de sultões em perigo. A narrativa é tão promissora quanto a do seu predecessor, embora o estilo da história seja bem distinto, apesar de não fugir do gênero aventuresco.
5 estrelas em 5



Cinema e Vídeo

1) Up: mais uma obra-prima da Pixar. História excelente e comovente, personagens edificantes, técnica impecável. Pude conferir em 3D e o uso do recurso é tão natural que esquecemos os óculos e logo nos acostumamos à experiência, como se sempre tivéssemos assistido filmes dessa maneira. As cores e a trilha sonora são destaques, juntamente com a belíssima, tocante e inesquecível cena inicial, que narra a história do protagonista, uma das melhores sequências da história do estúdio, líder mundial em qualidade de animação 3D (falo de qualidade cinematográfica, não apenas visual) e atrás apenas do Ghibli quando comparado com estúdios 2D.
5 estrelas em 5

2) Geração X: documentário que narra a história dos X-Men nos quadrinhos, de sua origem conturbada nas mãos de Stan Lee e Jack Kirby, até a ascensão com Chris Claremont. Conta com muitas entrevistas, incluindo o fenomenal John Cassaday, que fala sobre seu trabalho na revista Astonishing X-Men. A condução do filme é irregular, mas para quem gosta dos personagens ou quer conhecer um pouco mais sobre eles, vale a pena.
3 estrelas em 5

3) Uma Prova de Amor: Abigail Breslin é decididamente uma das mais promissoras estrelas-mirim de todos os tempos. O mais importante: ela não é apenas uma garotinha que sabe chorar ou que tem uma cara triste, como tantos. Não, sua atuação é sutil e seus personagens são compostos de maneira extremamente realista. Aqui ela é uma garota que nasceu de proveta, com os genes ideais para salvar a vida de sua irmã mais velha, que foi diagnosticada ainda muito criança com um tipo raro e praticamente incurável de leucemia. Contudo, quando sua adolescência chega, a personagem decide que quer optar por doar ou não seus órgãos e sua medula para a irmã. Contando com uma ótima atuação do cada vez melhor Alec Baldwyn como um advogado, desempenhos bons de Cameron Diaz e Jason Patric como os pais dos garotos e de Evan Ellingson como o irmão mais velho, o elenco fecha incrivelmente com Sofia Vassilieva interpretando a leucêmica Kate. É uma obra excelente e profundamente tocante. Me fez chorar durante boa parte da projeção e saí da sala emocionalmente desgastado. Recomendo!
5 estrelas em 5

4) Tudo Acontece em Elizabethown: Cameron Crowe é meu ídolo por ter feito Quase Famosos, um de meus filmes prediletos. Assim, desde o lançamento que desejo assistir a seu novo trabalho, mas só agora tive a oportunidade. A história fica muito aquém do longa de 2000, mas o estilo de Crowe está lá: músicas gostosas na trilha sonora, sequências que se assemelham a clipes musicais, cenas envolventes e personagens curiosos. Orlando Bloom, ator limitado, não desaponta. E Kirsten Dunst compõe uma personagem doce e divertida. O diretor e escritor tem idéias que valem conferir, como uma longa conversa mantida pelos personagens via celular (sabendo que o discador estava em deslocamento, imagino que tenha sido um recorde de ligação mais cara da história =P), que termina de maneira mágica. É impressionante como uma simples conversa pode gerar tanta identificação. Mas a trama não se desenrola tão satisfatoriamente, perdendo muito tempo em Elizabethown e desperdiçando o que poderia ter sido um excelente road movie.
4 estrelas em 5

5) Jovens, Loucos e Rebeldes: um dos primeiros trabalhos de Richard Linklater, filme sobre a juventude do final dos anos 70. Sexo, drogas, rock & roll e diálogos divertidos conduzem essa trama descompromissada. Divertido. O ator Adam Goldberg está ótimo.
4 estrelas em 5



TV

1) Primeira temporada de Fringe: mais uma excelente série que começo a acompanhar. Fringe Science (algo como Ciência de Borda) é tudo aquilo que não queremos acreditar, mas que pode existir no fundo, como teleporte, telepatia, telecinese, pirocinese, criogenia, etc. A agente do FBI Olivia Dunham é designada para conduzir investigações nessa área, contando com a colaboração do dr. Walter Bishop (um John Noble espetacular, comprovando que tem talento para interpretar loucos - ele era o Regente de Gondor e pai de Boromir em O Senhor dos Anéis), o maior especialista da área, mas que foi diagnosticado como louco e está há 17 anos em um hospital psiquiátrico, e de seu filho Peter Bishop (interpretado por Joshua Jackson - estou completamente chocado com a ótima performance do ator, que conseguiu fugir do estigma de ator de filmes de terror teen que lhe perseguiu após seu trabalho como o ótimo Pacey, de Dawson's Creek). A série é ótima, apesar de ter capítulos mornos.
4 estrelas em 5

2) Fringe 2.01: início de temporada simplesmente espetacular. Um dos melhores, ever! Elevou o patamar da série.
5 estrelas em 5

3) Fringe 2.02: bom episódio, mas muito inferior ao anterior, a trama estancou mais uma vez.
3 estrelas em 5

4) True Blood 2.12: final de temporada à altura. MaryAnn teve seu fim, Sookie e Bill caminham para um novo status e um cliffhanger ainda melhor que o da temporada anterior nos põe de castigo até Junho.
5 estrelas em 5

5) Gossip Girl 3.01: estava com saudades de Blair. Temporada de início morno, Serena cada vez mais sem-graça, Blair e Chuck precisando de algo para animar seu núcleo.
3 estrelas em 5

6) Gossip Girl 3.02: outro episódio mediano, apesar do bom retorno de Georgina, de sua disputa com Blair e do cliffhanger curioso do final.
3 estrelas em 5

7) Gossip Girl 3.03: finalmente a temporada embalou! Ótimo desenrolar da trama entre Blair e Chuck, e entre Georgina e Dan. Nate também está interessante e Vanessa razoavelmente. Mas cadê Eric e Jenny? Viraram coadjuvantes de vez? E, por deuses, queremos o retorno de Lily! O que houve com a atriz? =(
4 estrelas em 5

8) Heroes 4.01 e 4.02: mais um episódio (duplo!) de Heroes, que, suspeito, não passará dessa temporada. Somos apresentados a um circo que consegue despertar algum interesse e curiosidade. A trama Nathan/Sylar ainda vai dar o que falar. Hiro muda seu presente visitando o passado, e Claire é descoberta por uma colega da faculdade.
3 estrelas em 5

9) Heroes 4.03: e não é que este episódio foi um pouco melhor? Menos disperso, apresentou um pouco mais dos personagens do circo e, principalmente, mostrou que Sylar é indubitavelmente o que a série tem de melhor. Eu sempre preferi outros personagens, mas não há como negar que ele é o mais complexo e bem desenvolvido. O jogo que ele fez com Matt Parkman foi realmente criativo.
4 estrelas em 5

10) The Big Bang Theory 3.01: divertido episódio, finalmente Penny e Leonard chegam a algum lugar em seu relacionamento. Sheldon é humilhado pelos resultados forjados por seus amigos no Ártico.
4 estrelas em 5

11) The Big Bang Theory 3.02: impagável a cena de Sheldon tentando descobrir o que fez de errado ao falar abertamente do relacionamento de Penny e Leonard. Todos estão ótimos no episódio, que me fez gargalhar em vários instantes. Mas a cena com o grilo não empolgou.
4 estrelas em 5

12) Dexter 4.01: Dexter Morgan, nosso serial killer favorito, está exausto por ter que conciliar seu trabalho, suas necessidades psicopatas e cuidar de seu recém-nascido rebento. Importante dizer que sua esposa anda jogando demais as coisas nas costas do perito em espalhamento de sangue.
4 estrelas em 5

13) Flash Forward 1.01: promissor início de temporada para a série que nos faz imaginar onde estaremos daqui a seis meses. Joseph Fiennes está bem na trama, que pode se tornar excelente ou afundar, depende de seus realizadores.
4 estrelas em 5

14) The Vampire Diaries: sorry, só consegui ver os dois primeiros episódios. Muitos falam mal de Crepúsculo. Bem, eu só vi o filme e simpatizei. Não gosteeeeei, mas é interessante ver mais uma história de amor humano-vampiro, e eu gosto da atriz Kristen Stewart desde seu desempenho em Na Natureza Selvagem. Mas este Vampire Diaries... personagens desinteressantes, trama rasa, todos com diários, vampiro ruim e vampiro bonzinho são irmãos... atores fracos. Argh, não deu.
1 estrela em 5



Quadrinhos

1) Wolverine 57: estréia de Old Man Logan, incrivelmente boa. Não esperava que fosse. O resto da revista é mediano, até mesmo X-Factor.
3 estrelas em 5

2) Nana 12: não há mais como Nana ficar ruim. Finalmente o mangá ultrapassa o anime e eu estou desesperado para ler mais. O melhor quadrinho publicado no Brasil atualmente!
5 estrelas em 5

3) Naruto 28: e não é que a parte Shinpuden começou bem? Gostei do desenrolar da história, de Gaara ser Kazekage e o melhor: finalmente Sakura se desenvolveu como personagem.
4 estrelas em 5

4) Hunter X Hunter 18: o arco de Greed Island parece próximo ao fim. Irá Gon descobrir mais sobre seu pai?
4 estrelas em 5

5) Full Moon O Sagashite 4: a revista consegue manter seu ritmo razoável e exageradamente dramático.
3 estrelas em 5

6) DNA² 2: cansei da série. Já. Trama boba, mulheres com pouca roupa, não vale minha análise.
2 estrelas em 5

7) Claymore 1: conceito razoavelmente interessante, visual original, possível bom futuro. Mas não resiste à comparação com Berserk.
3 estrelas em 5

8) Avante Vingadores 32: A Iniciativa nas mãos dos Skrulls, as muitas substituições do inseguro Hank Pym, e como se não bastasse ter Tony Stark, agora James Rhodes ganha sua série. É demais para mim.
2 estrelas em 5

9) Invasão Secreta Especial 3: história divertida entre os Jovens Vingadores e os Fugitivos, equipes excelentes e o melhor do universo teen da Marvel nos últimos anos. Já o duelo dos velhos e dos "novos" Novos Guerreiros decepciona.
2 estrelas em 5

10) Invasão Secreta 6: finalmente a história andou, e de maneira satisfatória. Agora vai rolar o grande quebra entre os heróis e os Skrull.
4 estrelas em 5

11) X-Men 93: eu não consigo tolerar o tratamento dado por Ciclope a Xavier. Se eu já não era grande admirador do primeiro Summers, agora desgosto dele cada vez mais, e culpa é de Emma Frost (ou melhor, de Grant Morrison). Mas a história de Brubaker e Fraction é... excelente! Já é o melhor título dos X-Men, com a arte privilegiada de Greg Land. Veremos agora um quebra entre Emma e Madelyne? =O Já os Jovens X-Men nem merecem comentários e fazem a nota da revista despencar.
3 estrelas em 5

12) Universo Marvel 51: A Morte da Mulher Invisível conclui previsivelmente, Hércules parece em uma história filler com Cho na ilha das Amazonas, Motoqueiro Fantasma é patético, e Thunderbolts prepara o terreno para a ascensão de Osborn, com a icônica imagem do personagem sentado na frente da estátua de Lincoln.
3 estrelas em 5

13) X-Men Extra 93: Cable tem sua história mais fraca até agora, voltada para Scott Summers e sua chatice (é, vou pegar no pé dele agora! =P). Excalibur continua triste e X-Force poderia ter concluído melhor seu primeiro arco. Os X-Men de Ellis dão uma folga, aparecendo em uma mini-história que tapa as páginas restantes, já que Cable ocupou mais do que o normal.
2 estrelas em 5




É isso. Mês que vem tem mais! =P

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Decisões Difíceis

Eu adoro escrever. Isso não é novidade para ninguém. Comecei querendo escrever quadrinhos, enveredei pelos contos, cheguei nas crônicas e fui parar nas resenhas. Queria ainda estar escrevendo em forma narrativa, mas, por uma razão que eu não sei explicar, simplesmente fui me afastando desse ramo da minha vida, provavelmente desestimulado pela falta de incentivo e por meu site ter saído do ar. Sim, para aqueles que não sabem, eu mantive de 2002 até o início de 2007 um site dedicado a postar livros, contos, poemas e outras peças literárias produzidas por mim e por quaisquer pessoas que quisessem lá publicar seus trabalhos. Era o Fanzine Ragnarok (criado antes do sucesso do jogo, importante ressaltar =P), que lamentavelmente acabou saindo do ar porque decidi que queria ter um layout decente para poder divulgá-lo de forma maciça, layout esse que acabou nunca saindo.
Ao parar de escrever meus contos, passei a criar posts para um abandonado fotolog e posteriormente para este espaço da blogosfera. E logo percebi que eu andava vendo mais e mais séries e que gostava de escrever sobre os filmes que assistia. Assim, inspirado pelo trabalho do Bruno Carvalho, do Ligado em Série, decidi escrever resenhas de filmes, séries, quadrinhos, livros e até mesmo música. Surgiu em mim o desejo de retomar uma antiga vontade de transformar meu trabalho em um zine mais palpável, com páginas, capa, etc. Dessa idéia veio o Na Toca do Lobo.
Até que recebi um ou outro feedback legal dessa iniciativa, e eu tinha decidido levá-la em frente, angariar mais pessoas para colaborar no jornalzinho, e continuar produzindo o trabalho.

Porém, percebi que havia algo errado. Quem me conhece sabe que sou muito persistente. Pelo lado positivo, tenho uma força de vontade grande para buscar meus objetivos. Mas pelo negativo, sou teimoso. Assim, dificilmente eu desisto de algo, mesmo que não esteja mais gostando. E uma confusão começou a se formar na minha cabeça: eu gosto de escrever tudo que andei escrevendo nos jornaizinhos, mas... toma MUITO tempo. Ah, que tal reduzi-lo? Mas e cortar o que? Como eu poderia escolher entre quadrinhos, cinema, literatura, séries e música? Eu gosto de todos. Como eu poderia tirar as matérias, que eu gostava tanto de preparar e que mais lembravam meus posts do blog? Como poderia deixar de colocar imagens? Ficaria tediosa a leitura! Foi com esse sentimento confuso que, na edição passada, produzi atropeladamente e me estressando bastante, mas consegui. Essa semana, finalmente o assunto voltou à tona. Hoje já é 23, e eu não escrevi uma palavra da edição que deveria sair no dia 3. Até agora tenho 2 filmes, 2 livros (quase 3), 12 revistas em quadrinhos, uma temporada de série para resumir, e 8 episódios. E faltam 10 dias. E eu não estou com a mínima vontade de escrever. Ando fazendo horas extras no trabalho, chego em casa às 9 da noite, cansado, doido para relaxar vendo um filme, lendo... e tenho que escrever?

Caiu a ficha. Eu já estava fazendo como uma obrigação. Prazerosa, mas ainda assim uma obrigação. E não quero isso para mim. Se alguém quiser cobrir o meu salário atual (igualar já serviria =P) e me contratar para escrever resenhas e matérias sobre a cultura pop, eu topo! Assim eu faria disso o meu ganha-pão, e não preencheria com ele todas as minhas horas de lazer. Eu mal ando respondendo e-mails. Não consigo levar o Na Toca do Lobo adiante.

Assim, peço desculpas a todos que acompanharam essa curta mas produtiva jornada. Foi muito importante para mim, e eu não me arrependi de ter tentado. Mas é hora de tentar deixar a teimosia de lado, e aprender a desistir quando for preciso. Espero voltar ao blog, embora ao meu ritmo. Sem obrigação. E quem sabe o que o futuro reserva? Obrigado a todos que me incentivaram e aos que colaboraram com a iniciativa.

Até breve!

domingo, 6 de setembro de 2009

Na Toca do Lobo 03

São 5 da manhã e finalmente concluí a edição 3 de Na Toca do Lobo. Abaixo o link para download.

Na Toca do Lobo, Edição 3


Deixo-os então com alguns vídeos de artistas citados na edição 3.



Kate Miller-Heidke - clipe de Caught in the Crowd



Kate Miller-Heidke - clipe de Can't Shake It



Kate Miller-Heidke - clipe de The Last Day on Earth



Kate Miller-Heidke cantando Toxic, da Britney Spears - Excelente!



Kate Miller-Heidke e Paul Dempsey cantando Careless Whisper, do George Michael



Miley Cyrus - Party in the USA ao vivo no Teen Choice Awards 2009



Calvin Harris - clipe de Ready for the Weekend



Katy Perry - clipe de Hot n Cold



KT Tunstall - Hold On acústica



KT Tunstall - Black Horse and the Cherry Tree ao vivo no Jools Holland



KT Tunstall - Suddenly I See ao vivo em Amsterdam



KT Tunstall - Walk Like an Egyptian, dos The Bangles