Olá a todos!
Passei alguns dias sem publicar novos posts, mas não foi por razões especiais. Simplesmente não quero ter amarrações. Não quero me sentir no dever de postar, sei lá, 2 a 3 vezes por semana. Quero colocar algo aqui quando me der vontade de escrever, quando surgir algum assunto interessante, etc. E como passei esses dias sem um assunto legal, achei melhor não forçar algum tema qualquer. Mas não se preocupem, daqui a alguns dias terei dois temas bem interessantes e que espero que rendam ótimos posts! =)
Hoje o tema é o futuro do planeta.
Sei que este é um assunto que pode render loooongas discussões, e que pode servir de tema para um blog inteiro, não só um post. Mas ele andou pela minha mente essa semana e resolvi tecer alguns comentários acerca de tão comentado assunto.
Quando falo planeta, quero dizer não só as condições naturais e atmosféricas da Terra, mas também seus habitantes, em sua condição de agentes modificadores do fluxo normal da Natureza e das vidas uns dos outros.
Muitos acreditam que estamos percorrendo um caminho sem volta. Que a humanidade está em tal lamentável situação que seria impossível uma melhoria evolutiva. Claro, falo dos indivíduos como um coletivo, pois certamente continua havendo boas pessoas por aí.
Realmente, as condições não são exatamente favoráveis. O homem degradou o meio-ambiente a tal ponto que pode ser impossível reverter o aquecimento global, e a escassez de recursos naturais se aproxima assustadoramente, sem que os governos e seus cientistas pareçam tomar atitudes a respeito. Já pensaram que podemos ter que conviver com um uso reduzido da água? Para nós brasileiros, acostumados a tomar banho diariamente (e até duas vezes ao dia, no verão), seria traumático. Os europeus já sofrem com a carência de água, e toda a população conscientemente poupa. Fora isso, comprar água é muito caro na Europa. Uma garrafinha de 500 ml de água mineral, que aqui compramos por 1 real ou menos em supermercados, lá pode chegar até próximo dos 3 euros (ou pouco mais de 8 reais).
Falando do ser humano em si, a situação é ainda pior. Tudo é muito banal hoje. Assassinatos, roubos, corrupção, sexo, casamento, espiritualidade, etc., tudo está banalizado. São tantos casos horríveis que apenas os mais noticiados e incomuns causam comoção do público, como a história da garotinha Isabella ou da jovem Eloá. Mas todos os dias são assassinadas inúmeras pessoas, em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro ou Recife, e mundo afora. Já a corrupção política é cada vez mais descarada, chegando ao ponto de se tornar praticamente impossível entrar na política sem se corromper ou, no mínimo, ser omisso à corrupção dos colegas.
Que mundo é esse em que proíbem crianças ou adolescentes de assistirem a cenas de sexo em filmes (algo natural do ser humano, parte da sua genética e que pode, na verdade, ser educativo) mas permitem que assistam a cenas de assassinatos, personagens usando armas de fogo (ou mesmo brancas), matando uns aos outros, etc., proibindo apenas quando a situação é mais explícita? Se um filme contém uma cena de sexo na qual nada de mais aparece, apenas as silhuetas, a censura costuma ser 14 anos. Mas um personagem dando tiros em outros, desde que o sangue não seja exibido, pega censura 10 anos. Quer dizer que é normal deixar nossas crianças assistirem a pessoa sendo mortas, mas não a belas cenas de amor? Onde vamos parar? Não haverá aqui uma inversão de valores?
E o que dizer dos videogames, cada vez mais violentos e incitadores do crime? Um jogo como Grand Theft Auto (o famoso GTA), onde o protagonista é um ladrão de carros, que mata, vai a prostíbulos, rouba a polícia, e comete inúmeros outros delitos, pode ser considerado normal? Hoje sim.
A violência está banalizada.
Não estou querendo dizer que devem proibir esse tipo de jogo. Não, eu acho que as pessoas têm a liberdade de jogar o que quiserem, e torço para que tenham mentes sãs o suficiente para não serem afetadas psicologicamente. Mas se pensarmos bem, crianças costumam desejar ser como os personagens favoritos. Eu gostava de viajar com o Tio Patinhas na minha infância (não, eu nunca quis tanto dinheiro, hahaha). E as crianças de hoje? Vão querer roubar carros como os personagens dos jogos? Se você é consciente, e tem discernimento o suficiente para compreender que é apenas um jogo e que não precisa compará-lo com a vida real, pode ser um entretenimento prazeroso. Mas quantas pessoas têm essa consciência?
Bom, eu teria fôlego para escrever mais umas 10 mil palavras sobre esses temas polêmicos. Mas pularei para minha conclusão.
O mundo está caótico? Está.
Há salvação? Bem, eu sempre fui um grande otimista, e continuo tendo fé na recuperação do planeta e de seus habitantes.
Se prestarmos atenção, há sempre algumas épocas problemáticas.
Na Idade Média, as crianças não viam a violência nos filmes nem nos jogos. Viam ao vivo, com as batalhas assolando a porta de suas casas. Pior, pré-adolescentes já se tornavam candidatos a soldados, para defender seus feudos. O poder também era corrupto, representado sobretudo pelo clero da Igreja católica.
Já quanto à Natureza... bem, devo concordar que nunca esteve pior.
Mas ao mesmo tempo me parece que nunca houve tantas pessoas esclarecidas e buscando a salvação da Terra e da humanidade. Aos poucos, o valor da solidariedade vem sendo passado e alguns começam a divulgar iniciativas para salvar a Terra, assim como questionam os valores atuais. Questionar é o primeiro passo para mudar.
Acredito em um amanhã melhor. Não sei se eu estarei vivo, ou mesmo meus filhos ou netos, mas já dizia Harvey Dent: "A hora mais escura do dia é antes do amanhecer". =)
Iniciativas interessantes:
Click Árvore: http://www.clickarvore.com.br
Meia Amazônia Não: http://www.meiamazonianao.org.br
Encerro este post com um pensamento que me foi enviado há alguns dias pela minha amiga Paula Eskinazi. Nada relacionado à temática discutida, mas tenho vontade de divulgá-lo:
"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade".
Carlos Drummond de Andrade
P.S.: o título do post é uma referência à série Heroes.
Passei alguns dias sem publicar novos posts, mas não foi por razões especiais. Simplesmente não quero ter amarrações. Não quero me sentir no dever de postar, sei lá, 2 a 3 vezes por semana. Quero colocar algo aqui quando me der vontade de escrever, quando surgir algum assunto interessante, etc. E como passei esses dias sem um assunto legal, achei melhor não forçar algum tema qualquer. Mas não se preocupem, daqui a alguns dias terei dois temas bem interessantes e que espero que rendam ótimos posts! =)
Hoje o tema é o futuro do planeta.
Sei que este é um assunto que pode render loooongas discussões, e que pode servir de tema para um blog inteiro, não só um post. Mas ele andou pela minha mente essa semana e resolvi tecer alguns comentários acerca de tão comentado assunto.
Quando falo planeta, quero dizer não só as condições naturais e atmosféricas da Terra, mas também seus habitantes, em sua condição de agentes modificadores do fluxo normal da Natureza e das vidas uns dos outros.
Muitos acreditam que estamos percorrendo um caminho sem volta. Que a humanidade está em tal lamentável situação que seria impossível uma melhoria evolutiva. Claro, falo dos indivíduos como um coletivo, pois certamente continua havendo boas pessoas por aí.
Realmente, as condições não são exatamente favoráveis. O homem degradou o meio-ambiente a tal ponto que pode ser impossível reverter o aquecimento global, e a escassez de recursos naturais se aproxima assustadoramente, sem que os governos e seus cientistas pareçam tomar atitudes a respeito. Já pensaram que podemos ter que conviver com um uso reduzido da água? Para nós brasileiros, acostumados a tomar banho diariamente (e até duas vezes ao dia, no verão), seria traumático. Os europeus já sofrem com a carência de água, e toda a população conscientemente poupa. Fora isso, comprar água é muito caro na Europa. Uma garrafinha de 500 ml de água mineral, que aqui compramos por 1 real ou menos em supermercados, lá pode chegar até próximo dos 3 euros (ou pouco mais de 8 reais).
Falando do ser humano em si, a situação é ainda pior. Tudo é muito banal hoje. Assassinatos, roubos, corrupção, sexo, casamento, espiritualidade, etc., tudo está banalizado. São tantos casos horríveis que apenas os mais noticiados e incomuns causam comoção do público, como a história da garotinha Isabella ou da jovem Eloá. Mas todos os dias são assassinadas inúmeras pessoas, em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro ou Recife, e mundo afora. Já a corrupção política é cada vez mais descarada, chegando ao ponto de se tornar praticamente impossível entrar na política sem se corromper ou, no mínimo, ser omisso à corrupção dos colegas.
Que mundo é esse em que proíbem crianças ou adolescentes de assistirem a cenas de sexo em filmes (algo natural do ser humano, parte da sua genética e que pode, na verdade, ser educativo) mas permitem que assistam a cenas de assassinatos, personagens usando armas de fogo (ou mesmo brancas), matando uns aos outros, etc., proibindo apenas quando a situação é mais explícita? Se um filme contém uma cena de sexo na qual nada de mais aparece, apenas as silhuetas, a censura costuma ser 14 anos. Mas um personagem dando tiros em outros, desde que o sangue não seja exibido, pega censura 10 anos. Quer dizer que é normal deixar nossas crianças assistirem a pessoa sendo mortas, mas não a belas cenas de amor? Onde vamos parar? Não haverá aqui uma inversão de valores?
E o que dizer dos videogames, cada vez mais violentos e incitadores do crime? Um jogo como Grand Theft Auto (o famoso GTA), onde o protagonista é um ladrão de carros, que mata, vai a prostíbulos, rouba a polícia, e comete inúmeros outros delitos, pode ser considerado normal? Hoje sim.
A violência está banalizada.
Não estou querendo dizer que devem proibir esse tipo de jogo. Não, eu acho que as pessoas têm a liberdade de jogar o que quiserem, e torço para que tenham mentes sãs o suficiente para não serem afetadas psicologicamente. Mas se pensarmos bem, crianças costumam desejar ser como os personagens favoritos. Eu gostava de viajar com o Tio Patinhas na minha infância (não, eu nunca quis tanto dinheiro, hahaha). E as crianças de hoje? Vão querer roubar carros como os personagens dos jogos? Se você é consciente, e tem discernimento o suficiente para compreender que é apenas um jogo e que não precisa compará-lo com a vida real, pode ser um entretenimento prazeroso. Mas quantas pessoas têm essa consciência?
Bom, eu teria fôlego para escrever mais umas 10 mil palavras sobre esses temas polêmicos. Mas pularei para minha conclusão.
O mundo está caótico? Está.
Há salvação? Bem, eu sempre fui um grande otimista, e continuo tendo fé na recuperação do planeta e de seus habitantes.
Se prestarmos atenção, há sempre algumas épocas problemáticas.
Na Idade Média, as crianças não viam a violência nos filmes nem nos jogos. Viam ao vivo, com as batalhas assolando a porta de suas casas. Pior, pré-adolescentes já se tornavam candidatos a soldados, para defender seus feudos. O poder também era corrupto, representado sobretudo pelo clero da Igreja católica.
Já quanto à Natureza... bem, devo concordar que nunca esteve pior.
Mas ao mesmo tempo me parece que nunca houve tantas pessoas esclarecidas e buscando a salvação da Terra e da humanidade. Aos poucos, o valor da solidariedade vem sendo passado e alguns começam a divulgar iniciativas para salvar a Terra, assim como questionam os valores atuais. Questionar é o primeiro passo para mudar.
Acredito em um amanhã melhor. Não sei se eu estarei vivo, ou mesmo meus filhos ou netos, mas já dizia Harvey Dent: "A hora mais escura do dia é antes do amanhecer". =)
Iniciativas interessantes:
Click Árvore: http://www.clickarvore.com.br
Meia Amazônia Não: http://www.meiamazonianao.org.br
Encerro este post com um pensamento que me foi enviado há alguns dias pela minha amiga Paula Eskinazi. Nada relacionado à temática discutida, mas tenho vontade de divulgá-lo:
"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade".
Carlos Drummond de Andrade
P.S.: o título do post é uma referência à série Heroes.