domingo, 24 de julho de 2011

Férias - Parte II: Blumenau

Um mês após a Parte I, finalmente dou continuidade aos posts sobre as férias. =P
Saímos de Floripa na metade da manhã de ônibus rodoviário com destino a Blumenau, uma das cidades mais alemãs do Brasil, palco da famosa versão nacional da Oktoberfest. Passamos apenas um dia e meio na cidade, mas foi praticamente suficiente.

Hospedagem - Hotel Viena Park

Pontos positivos:
- Localização privilegiada a 15 minutos a pé do centro de Blumenau;
- Bem mais chique do que seu preço. Ou melhor, imagino que tenha sido um hotel de luxo um dia e que talvez hoje esteja meio decadente. Mas a fachada imponente, a lareira na recepção, as rampas e os corredores e o quarto são de primeira linha, bem como o atendimento;
- O café da manhã, talvez o mais farto da viagem e que só pudemos experimentar uma manhã, já que saímos na madrugada da outra.

Hotel (retirei do Google, esqueci de fotografá-lo de dia e à noite ficou escuro =P)

Pontos negativos:
- Banheiro gelado. O aquecedor faz um bom trabalho no quarto, mas o banheiro era congelante. Meu esquema era abrir o chuveiro e só então me despir para o banho enquanto tudo esfumaçava.
Observações: se eu voltar a Blumenau, toparia me hospedar no Viena Park novamente, mesmo que não pegue uma promoção tão boa quanto pegamos dessa vez.

Cidade

Há três lugares turísticos: o parque onde ocorre a Oktoberfest; a Vila Itoupava, onde há descedentes vivendo praticamente como seus antepassados alemães; e o centro. Como nossa passagem foi breve, visitamos apenas este último.

Pontos positivos:
- Blumenau me passou um sentimento bastante acolhedor! Fomos a uma cafeteria onde provei uma fabulosa Torta Alemã e a senhora que tomava conta do lugar puxou assunto conosco por longos minutos.

Pontos negativos:
- Não há tantos atrativos. Mesmo quem for na Oktoberfest, creio que 4 dias sejam mais que suficientes para passear pela cidade. Mas as redondezas são repletas de colônias de alemães e descendentes, então um passeio mais longo pode cobrir outras cidades da região conhecida como Vale Europeu.

Pontos Turísticos

Recomendo:
- Rua XV de Novembro: a rua mais tradicional de Blumenau, com muitas casas no estilo arquitetônico enxaimel, tradicional europeu (popular na Alemanha) de construção de casas de madeira à base de encaixe;

Na rua XV de Novembro

- Catedral: construída numa área bem mais alta da XV de Novembro, sua amplitude e o estilo curioso chamam a atenção.

Interior espaçoso da Catedral

Não vale o esforço:
- Complexo Hering: a famosa malharia foi fundada em Blumenau e sua principal fábrica até hoje fica na cidade. O Museu Hering é gratuito e mostra as origens da companhia, a família Hering e sua vinda para o Brasil, teares antigos, o processo de transformação do algodão bruto em malha e até fotos e vídeos de campanhas publicitárias de sucesso. Ainda assim, só vale o esforço se a agenda tiver bastante espaço. Da mesma forma, o famoso Outlet nada mais é que uma loja normal, mas do tamanho de uma C&A ou Renner, com os mesmos preços das lojas espalhadas nos shoppings Brasil afora;
- Museus: fomos a um museu de objetos antigos localizado em três casas da primeira metade do Século XX, mas honestamente não vale o esforço, inclusive era muito similar a um outro lugar visitado depois na Serra Gaúcha; fomos a uma galeria de arte, mas a exposição era abstrata demais para nosso gosto; fomos ao Museu da Cerveja e não teve a menor graça. Todos só devem ser visitados com tempo sobrando.

Gastronomia

- The Basement: um pub mais irlandês que alemão, mas muito agradável. Localizado num subsolo na região central, conta com cervejas artesanais e petiscos avantajados (comemos um fish & chips gigantesco) e ambiente sombriamente agradável;

Eu e a Mari no The Basement

- Frohsinn Extra Gut: o restaurante alemão mais famoso de Blumenau é o Abendbrothaus, mas ficava muito distante, precisava de reserva e acabamos deixando de lado. Assim fomos para a segunda opção, o agradabilíssimo Frohsinn. Infelizmente, minha companheira de viagem não se dignou a provar o marreco recheado (aliás, o do Abendbrothaus é considerado o melhor do país), então tive que me contentar com salsichões. Mas todo o serviço do lugar, a vista espetacular e a qualidade culinária valem o preço um pouco mais salgado;

Degustando a entrada (ilimitada, diga-se de passagem) do Frohsinn

- Trattoria Di Mantova: bem próximo ao hotel, tivemos um banquete italiano numa das melhores refeições da viagem. Pedimos simples canelones de queijo e presunto, mas o molho era divino e decidimos encarar uma garrafa de vinho tinto para aquecer e acompanhar a massa, então saímos de lá felizes. Eu inclusive senti meu labirinto alterado pela primeira vez na vida, hehehe;
- Cervejarias artesanais: Blumenau é um grande polo produtor de cervejas, sendo a mais famosa a Eisenbahn. Não chegamos a visitar uma das cervejarias, até porque ficavam distantes e precisaríamos usar ônibus ou táxi, mas quem gostar de cerveja não deve sair da cidade sem antes conhecer a produção Eisenbahn!


Mais algumas fotos (clique para ampliar):

Casa em estilo enxaimel


Casas enxaimel na XV de Novembro


XV de Novembro, com o Castelinho Havan ao fundo. A Havan é uma loja no estilo Pernambucanas


Belíssima Prefeitura de Blumenau (fiquei com vontade de trabalhar ao lado de uma dessas janelas =P)


Locomotiva Macuca (tem esse nome por se assemelhar ao pássaro Macuco)


Vista do Frohsinn (a região mais central de Blumenau à esquerda, um bairro moderno ao fundo, o Rio Itajaí abaixo - corta toda a cidade - e do lado direito a estradinha que usamos para chegar ao restaurante - de táxi)


Bela flor

2 comentários:

Amanda disse...

Que lindo! A arquitetura me encanta ^^

Aposto que a Oktoberfest recifense não chega aos pés da de Blumenau!

Elvis "Wolvie" disse...

Existe uma Oktoberfest em Recife??? o.O A de Blumenau é gigantesca, em termos de festa com cerveja como temática só perde para a Oktoberfest original, de Munique. =P

A arquitetura é linda mesmo, adorei o estilo enxaimel! Algumas dessas casas podem ser desmontadas e remontadas só com encaixe! =O