quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Festival Internacional de Cinema de Brasília

De 29 de outubro a 9 de novembro ocorreu o X Festival Internacional de Cinema de Brasília. Infelizmente, tive dias muito corridos e, graças à pouca divulgação, soube do festival no dia em que se iniciou e, portanto, não pude me programar com antecedência nem desprogramar a viagem à Goiânia do post anterior.
Portanto, dos cerca de 130 exibidos na Mostra, pude ver apenas 11 filmes, sendo um curta-metragem, dois documentários e oito películas tradicionais. Faço abaixo uma pequena resenha de cada um dos filmes assistidos, pegando emprestado o estilo utilizado pelo crítico Pablo Villaça ao descrever os filmes vistos na Mostra de SP.

(X FIC)

1) Pajerama (Idem, Brasil, 2008). Dirigido por Leonardo Cadaval.
Curta-metragem em animação de boa qualidade gráfica sobre um indiozinho que anda a esmo pela floresta atravessando experiências surreais sobre o futuro das matas. Bonitinho e bem-intencionado, mas não me cativou o suficiente.
(2 estrelas em 5)

2) Vicky Cristina Barcelona (Idem, Espanha/EUA, 2008). Dirigido por Woody Allen. Com: Rebecca Hall, Scarlett Johansson, Patricia Clarkson, Javier Bardem e Penélope Cruz.
Não sei se é coincidência, gosto pessoal, ou se dou sorte com os filmes de Woody Allen. Quando ele começou a produzir em Londres, assisti ao excelente (e elogiado) Match Point. Depois não vi Scoop nem O Sonho de Cassandra, ambos extremamente criticados. E antes de assistir ao seu mais novo trabalho, agora realizado em Barcelona, li diversos elogios à obra. Pois digo que é um filme delicioso. Conta a história de Vicky (Hall) e Cristina (Johansson), duas amigas americanas que vão passar o verão em Barcelona. Vicky é noiva e Cristina encerrou um relacionamento e busca se contentar com algo. Ela não sabe o que deseja no amor, mas diz saber o que não quer. Logo, as duas conhecem o pintor Juan Antonio (Bardem, com mais um desempenho magnífico atrás do outro nas telonas), um sedutor espanhol que, a princípio, se interessa igualmente pelas duas. O pintor não esconde seu grande amor do passado, Maria Elena (Cruz), mas revela o desejo real de seguir adiante.
Como de costume em seus melhores trabalhos, Allen se dedica a analisar os sentimentos humanos e como eles se comportam diante de determinadas situações, sem, é claro, se esquivar de tratar tudo com seu habitual bom-humor, aqui com sotaque hispânico.
Um filme divertido e apaixonante, com destaque para o carismático personagem de Bardem e para a paixão com que vários dos personagens se dedicam à arte (seja à produzida por seu talento, seja à gerada pelos seus sentimentos).
O melhor dos 11 filmes que assisti no Festival.
(5 estrelas em 5)

3) Quando Você Viu Seu Pai Pela Última Vez? (And When Did You Last See Your Father?, Reino Unido/Irlanda, 2007). Dirigido por Anand Tucker. Com: Colin Firth, Jim Broadbent , Juliet Stevenson, Elaine Cassidy e Gina McKee.
A tocante história de Blake (Firth), um homem que parece ter rompido os sentimentos bons que um dia tinha nutrido por seu pai (Broadbent), e que acaba relembrando os bons e maus momentos que vivenciou com ele quando descobre que o velho possui câncer terminal e pode falecer a qualquer instante.
Firth surpreende, atuando bem em um drama, embora representar um inglês contido sendo um não deva ser tão difícil, mas é mesmo o respeitado Jim Broadbent que rouba a cena, apresentando uma magnífica atuação, digna de prêmios. O longa conta ainda com a pouco conhecida Elaine Cassidy, que chama a atenção pelos seus profundos e cativantes olhos.
Ótimo filme, ótimas paisagens inglesas, ótimos questionamentos. Me faz repensar se é certo da minha parte estar há 14 anos sem ver meu pai (e sem buscar fazê-lo).
(4 estrelas em 5)

4) Fabricando Polêmica - Desmascarando Michael Moore (Manufacturing Dissent - Uncovering Michael Moore, Canadá, 2007). Dirigido por Rick Caine e Debbie Melnyk.
Eu já tinha ouvido rumores sobre Michael Moore forjar diversas situações em seus documentários. Este documentário canadense conta um pouco da história de Mike (como era conhecido pelos amigos em Flint, sua cidade natal) e de como obteve fama. Os autores eram fãs do documentarista e queriam narrar a sua história, mas o que foram descobrindo acabou dando ao documentário um tom negativo.
Moore ficou famoso com o documentário Roger e Eu, no qual tenta conversar com o presidente da General Motors para tratar do fechamento da fábrica em Flint. O documentário de Moore apresenta os fatos como se ele nunca tivesse conseguido falar com Roger Smith, mas a verdade é que por duas ocasiões o presidente lhe concedeu entrevistas.
O documentário prossegue apresentando inúmeros fatos que comprovam a manipulação feita por Moore para, por exemplo, parecer que certas frases foram ditas em um determinado contexto quando na verdade foram ditas em outro completamente diferente. Algo semelhante ao trabalho feito por alguns órgãos da mídia.
Não deixo de reconhecer a importância de Moore para a imagem negativa do Presidente Bush e talvez até ele tenha sido indiretamente influente para a eleição de Obama, mas a verdade é que ele não parece ter desejado a vitória dos democratas em momento algum, ou perderia seu emprego de anti-republicano.
Apesar da relevância de suas revelações, o documentário peca ao não ter fluidez, tornando-se enfadonho em alguns momentos.
Se desejam ver verdades sobre o 11 de setembro, ao invés de assistirem ao fabricado Farenheit 9/11, vejam o excelente Zeitgeist.
Os documentaristas estavam presente nas sessões do filme e disponíveis para retirada de dúvidas e debates.
(2 estrelas em 5)

5) Sinédoque, Nova Iorque (Synecdoche, New York, EUA, 2008). Dirigido por Charlie Kaufman. Com: Philip Seymour Hoffman, Catherine Keener, Michelle Williams, Samantha Morton e Emily Watson.
Charlie Kaufman é um dos mais geniais roteiristas de cinema da atualidade, sem sombra de dúvidas. Oriundo das séries de TV, o primeiro roteiro de Kaufman no cinema é o genial Quero Ser John Malkovich (1999), dirigido por Spike Jonze, no qual um titereiro descobre como entrar na mente do ator John Malkovich! Seu segundo roteiro, Natureza Quase Humana (2001) marca também a estréia do diretor Michel Gondry e é uma bela sátira comparando homem selvagem com homem moderno. Não contém sua metalinguagem característica, mas é repleto de muitas outras figuras de linguagem, uma espécie de marca registrada linguística em seus roteiros. Ainda não tinha visto, assisti apenas essa semana e recomendo! Nos lembra de como este mundo está louco. Em seguida, cria o não menos que brilhante Adaptação (2002), nova parceria com Spike Jonze, que narra a história de dois irmãos gêmeos (um, aliás, se chama Charlie Kaufman) roteiristas de cinema, e suas diferenças e neuroses (excelentes atuações de Meryl Streep e do sempre ótimo Chris Cooper, ambos vencedores de Oscar pelo trabalho). Seu quarto roteiro foi Confissões de Uma Mente Perigosa (2002), dirigido (e estrelado) por George Clooney. É o mais fraco dos trabalhos e nem de longe lembra seu brilhantismo. Coloco a culpa em Clooney, claro. =) Mas seu roteiro (que eu não creio ser ele capaz de superar) mais memorável é a segunda parceria com Michel Gondry, Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças, um de meus filmes favoritos, e que me fez querer ver os demais trabalhos do roteirista. Narra a história de um casal (vivido intensamente por Jim Carrey e Kate Winslet) que acaba optando por esquecer o relacionamento que tiveram através de um processo que apaga memórias.
Pois então, após três roteiros metalinguísticos e dois mais simples (embora um destes ainda metafórico), Kaufman decidiu dirigir seu próximo roteiro. E este é ainda mais repleto de metalinguagem que os predecessores.
Sinédoque, Nova Iorque narra a história do teatrólogo Caden Cotard, um homem confuso e com fortes tendências hipocondríacas que é escolhido para ter um alto orçamento e decide criar em um galpão uma pequena Nova Iorque (daí a figura de linguagem do título) e escalar atores para interpretar os cidadãos comuns, incluindo a si mesmo e às pessoas que permeiam sua vida. O processo é extremamente confuso e logo vemos o intérprete de Caden montando seu próprio galpão e ganhando um ator que o represente, como em um ciclo infinito de repetições, cada vez em menor escala. Como era de se esperar, as histórias se entrelaçam, e logo ninguém (nem personagem nem espectadores) distingue a realidade da peça ou das sub-peças.
Uma idéia absurdamente brilhante e, cinematograficamente falando, é uma obra-prima. Talvez não seja absurdo dizer que desde Fellini o cinema não era presenteado com um autor que fizesse uso tão criativo de metalinguagem.
Dito isto, como não sou (nem pretendo ser) crítico de cinema, não sei ser imparcial, e por alguma razão, o filme não alcançou profundamente o meu coração. Ainda estou indeciso sobre o quanto gostei da obra e a cotação abaixo pode subir.
(4 estrelas em 5)

6) Uma Mãe Trabalhadora (A Working Mom, Bolívia/Israel, 2006). Dirigido por Limor Pinhasov.
Documentário extremamente tocante que narra a história de Marisa, uma boliviana que deixa seus filhos muito pequenos com os pais e vai para Israel, trabalhar arduamente para conseguir algum dinheiro que possa manter seus filhos em boas condições. O documentário tem início quando Marisa retorna para a Bolívia, após 15 anos sem ver suas crianças, uma garota de 16 anos e um rapazinho de 18. O reencontro no aeroporto boliviano é de encher os olhos. Mas, enquanto sua filha se mostra disposta a aprender o que é ter uma mãe, o rapaz parece insatisfeito com a volta dela. E após se acostumar vivendo em um país extremamente organizado como Israel, Marisa não consegue se acostumar novamente ao primitivo terceiro mundo de sua cidade natal, e à desorganização da casa de seus pais. E a narrativa prossegue, acompanhando esse processo árduo de readaptação e a tentativa de Marisa de conquistar seu espaço na vida dos filhos.
(4 estrelas em 5)

7) Ainda Orangotangos (Idem, Brasil, 2007). Dirigido por Gustavo Spolidoro. Com: Karina Kazuê, Lindon Shimizu, Artur José Pinto, Kayodê Silva, Janaína Kremer, Renata de Lélis, Nilsson Asp, Arlete Cunha, Letícia Bertagna.
Eu não sou muito de filmes nacionais, vejo um aqui e outro ali. Mas, entre um filme e outro, achei que deveria ver um. E este já tinha chamado minha atenção pelo título criativo meses atrás. A premissa também parecia interessante: um dia em Porto Alegre acompanhando a vida de 15 personagens, em UM ÚNICO plano-sequência. Então fui conferir o longa de estréia do Gustavo Spolidoro. O fato de ser um único plano é realmente espetacular! Metrô, mercado, ônibus, prédio, festa... um cenário emendando em outro, sem cortes. É muito criativa a passagem de foco de um grupo de personagens a outro. Soube que as filmagens foram realizadas algumas vezes, e eles escolheram o melhor take. A câmera era ligada a um HD portátil para transferir a gravação enquanto ela ia sendo realizada. Imaginem a trabalheira para engendrar algo desse porte. Tudo isso já vale o longa. A história... bem, gostei de alguns personagens, de outros não. É bem cotidiano, então nada começa e nada termina, cada cena é um "meio".
(3 estrelas em 5)

8) Filth and Wisdom (Idem, Reino Unido, 2008). Dirigido por Madonna. Com: Eugene Hutz, Vicky McClure e Holly Weston.
Madonna não é exatamente conhecida como bem-sucedida em seus filmes. Pode ser que se deva ao seu pouco talento para atuação. Ou às suas escolhas de projetos, não sei. Eis que ela decidiu, provavelmente por influência de seu (na época) marido, o diretor de cinema Guy Ritchie, dirigir um longa. Bolou a história, produziu e dirigiu. Não sei como não atuou também. O filme conta a história de três jovens (um rapaz e duas moças) que dividem um apartamento e buscam realizar seus sonhos. Juliette (McClure) trabalha em uma farmácia, mas sonha em ser voluntária na África. Holly (Weston) dança balé, mas precisa de dinheiro. A.K. (Hutz) ajuda a realizar as fantasias eróticas das pessoas em busca de juntar dinheiro para lançar sua banda de punk cigano (!!!). A história não é lá essas coisas, mas possui determinadas cenas muito divertidas. Não é o suficiente para tornar a obra digna de apreciação, mas vale o ingresso. Alguns diálogos criativos, poucos takes com certa originalidade e elenco plausível. O protagonista, Eugene Hutz, é o vocalista da banda Gogol Bordello, uma banda de (oh!) punk cigano, da qual Madonna se tornou fã. Descobri agora que já o vi em um filme, mas não me recordava. Foi no ótimo Uma Vida Iluminada, estrelado por Elijah Wood.
(3 estrelas em 5)

9) Leonera (Idem, Argentina, 2008). Dirigido por Pablo Trapero. Com: Martina Gusman, Laura García, Elli Medeiros e Rodrigo Santoro.
Julia (Gusman) é acusada de assassinar seu namorado e ferir um amigo do casal, e é presa. Contudo, ela está grávida e, graças a este fato, é instalada em uma ala do presídio feminino apenas para mães e filhos. As presas têm direito de viver com seus filhos até que estes completem quatro anos. É um filme muito cru, e que não hesita em mostrar a realidade de uma vida em cárcere. Julia sofre para se acostumar, mas, ao lado de Marta (García), aprende a viver naquele lugar, e a criar seu filho em condições tão precárias. Narrando uma história tocante, o longa é beneficiado pela qualidade técnica da equipe responsável e pelo potencial interpretativo de seus atores. Santoro, em uma participação pequena, não decepciona. Medeiros e García oferecem excelentes performances, mas a bela Martina Gusman é mesmo o grande destaque. Saí do cinema certo de que ela era uma espécie de Angelina Jolie argentina. Interpretação forte (como Angie em Gia ou Garota, Interrompida, por exemplo), e não exatamente parecida, mas com um estilo de beleza similar. Ótimo drama.
(4 estrelas em 5)

10) Glória ao Cineasta (Kantoku - Banzai!, Japão, 2007). Dirigido por Takeshi Kitano. Com: Takeshi Kitano, Tohru Emori, Kayoko Kishimoto e Anne Suzuki.
Decididamente, um filme estranho. Ao menos, pode-se dizer que é uma idéia original. Takeshi Kitano é um conhecido diretor japonês, responsável por alguns sucessos de bilheteria, como o mais recente filme sobre Zatoichi, o samurai cego. Também é conhecido por atuar em seus filmes - no caso de Zatoichi, ele interpreta o próprio. Kitano resolve homenagear os cineastas, e inicia seu filme narrando sua própria busca por um tema para fazer um filme. Cansado de temas relacionados à máfia, passeia entre o terror, a comédia, o drama histórico e o romance, até que uma súbita mistura de todos esses estilos tem início, sobretudo a comédia pastelão. O diretor é trocado por um boneco de si mesmo em várias situações, e há algumas gags típicas do distinto humor japonês, que não soam muito divertidas no mercado ocidental. Vale mais pela originalidade da idéia e por alguns momentos criativos, e algumas cenas que realmente soam como homenagem aos diretores e produtores de filmes, nos quais vemos um pouco do que ocorre por trás da câmera, como um guindaste carregando um objeto de cena.
(3 estrelas em 5)

11) Um Homem Bom (Good, Reino Unido/Alemanha, 2008). Dirigido por Vicente Amorim. Com: Viggo Mortensen, Jason Isaacs, Mark Strong e Jodie Whittaker.
Viggo Mortensen alcançou o estrelato interpretando o heróico Aragorn na biliardária trilogia O Senhor dos Anéis. Ele poderia ter se aproveitado do sucesso para obter salários astronômicos e interpretar heróis de ação em blockbusters hollywoodianos. Contudo, provando seu seletivo gosto para roteiros, Mortensen escolheu apenas filmes de orçamento reduzido e menor expressividade, mas nos quais pudesse exaltar seus dotes como ator. Então fez filmes como História de Violência e Senhores do Crime, ambos de David Cronenberg. Um Homem Bom, dirigido pelo brasileiro Vicente Amorim, é mais um exemplar do gênero, com orçamento não tão grande e um público completamente distinto das massas que lotam as sessões dos blockbusters.
Um Homem Bom conta a história de John Halder, um professor alemão nos anos 30, em meio à ditadura de Hitler, e no início da II Guerra Mundial. Estritamente um homem pacífico e com opiniões divergentes às do Partido, Halder chama a atenção dos homens do Führer graças a um romance que escreveu. Temendo ser punido cruelmente, Halder aceita escrever um artigo sobre eutanásia para um grupo do Partido, e logo se vê preso a uma cadeia inevitável de eventos, um caminho sem retorno que pode se tornar perigoso sobretudo para seu amigo Maurice, um alemão de origem judaica. Oferecendo mais um excelente desempenho (seu papel em Senhores do Crime é emblemático), Mortensen prova sua versatilidade, interpretando um homem contido e que dificilmente deixa transparecer seus sentimentos, apenas através de nuances que nos permitem enxergar seu sofrimento e desespero. O arco narrativo da história também é interessante (baseada em livro de C. P. Taylor), e todo o elenco de apoio corresponde às expectativas. O filme se encerra de maneira inesperada, o que pode inquietar alguns espectadores. Como não li a obra original, não posso dizer se esta também se encerra da mesma forma. Um filme que vale a pena ser apreciado, mas apenas por aqueles com sensibilidade para dramas.
(4 estrelas em 5)



Queria ter tido tempo de ver mais filmes, mas fiquei extremamente satisfeito com a maioria das minhas escolhas, e ansioso pelo próximo ano. Ah, não posso deixar de contar que a pipoca era de graça durante todos os dias do festival! =)

6 comentários:

alex marques disse...

Que maratona hein! Muito bom mesmo! Como nãopoderia deixar de ser Wood Alen volta a acertar a mão! Vi "O sonho de Cassandra" e confesso que fiquei bastante desapontado.. Mas convenhamos: O cara tem crédito de sobra!

Fiquei interessado em ver "Um homem bom" é um tipo de filme que me atrai!

Pipoca de graça.. que atrativo hein!

Adriana Calábria disse...

Nooosa!
Estou lendo o post por partes, já que estou sem tempo.
Bjssss

Elvis "Wolvie" disse...

Não precisa ter pressa, Calabresa. =) Sei que exagerei no tamanho do post, hehehehe.

Gilvan disse...

Passei um tempinho na expectativa esperando esse post, estava curioso pra saber como teria sido os seus dias aproveitando o festival de cinema daí de Brasília.

Suas resenhas a respeito dos filmes vistos ficaram ótimas (antes de ler tudo eu fiquei descendo a barra de rolagem pra ver o tamanho do post e achei o negócio realmente parecido com o "esquema" do Pablo). Pode acreditar, seu texto ficou muito, muito, muito bom meeeeeesmo.

Fiquei muito interessado em ver o novo longa do Woody Allen, não é de hoje que sou fã do seu trabalho (até mesmo quando ele não acerta, eu fico curioso em ver seus filmes), mas isso você já deve estar cansado de saber. A sinopse parece ser bem a sua cara mesmo, Elvis. Não é de admirar que este tenha sido o seu favorito dentre os longas que citou. Agora deixa eu falar só uma coisinha... apesar das críticas negativas referentes à "O Sonho de Cassandra" (concordo) e "Scoop", eu ainda te recomendo que veja este último. Além de ser um passatempo rápido e divertido (Allen tem ótimas frases de efeito) este ainda conta novamente com a presença de Scarlett "Oh, my God" Johansson (que nunca é demais, neh?).

Poxa... queria ver também o filme do Colin Firth, não sei por qual motivo mas a sinopse me fez lembrar do maravilhoso "Meu pai, uma lição de vida", cujo elenco principal era formado por Ted Danson, a veterana Olympia Dukakis e o saudoso Jack Lemmon... faz tempo que não passa na tv, eu adorava asistir. Você já chegou a ver alguma vez?
(abrindo um pequeno parenteses agora...)
Caramba, Wolvie... 14 anos sem ver teu pai? É muuuuuuito tempo, amigo. Fico pensando aqui comigo como vocês se sentem a respeito desta questão.

Michael Moore? Passo!! Talvez eu chegue a ver esse tal documentário algum dia... por ora, não tenho o mínimo interesse. De qualquer modo não deixa de ser interessante o que vc falou a respeito deste título.

É claro que eu gostaria de ver o longa do Charlie Kaufman... o cara é mesmo genial, concordo contigo em gênero e grau (só pra rimar XD). A idéia do enredo é mesmo fantástica, imagino que o negócio chegue a dar mesmo um nó na cabeça tamanha a confusão entre "a realidade" e a ficção.

Rapaz... olhando os filmes restantes que falta comentar (estou seguindo a sequencia do post como vc já deve ter notado), creio que todos os demais me despertariam algum interesse (até mesmo o dirigido pela Madonna... hummm... talvez mais pela curiosidade mórbida, acho... ah, sei lá.. vai que ela aprendeu um coisinha aqui e ali com o ex) por um motivo ou outro... então para encurtar a estória, eu venho mais uma vez elogiar o texto primoroso dedicado à cada uma das produções e dizer que conhecendo o seu gosto pessoal como eu conheço (e levando em consideração que o mesmo tem certas similaridades com o meu em diversos aspectos), imagino que estas indicações certamente iriam(ão) acabar me agradando bastante.

Ah, apesar de vc ter visto apenas 11 filmes no festival, acho que ainda acabou sendo uma quantidade boa uma vez que a parada te pegou um tanto de surpresa, impossibilitando uma melhor programação de sua parte. Não esquenta, no ano que vem vc vai às forras e assiste uns trocentos. =D
E não se esqueça de contar tudo pra gente... Hehehehe ^__^

Eita... pipoca grátis durante todo o festival? Legal, hein?
Pati iria fazer a festa... ô menina pra gostar de pipoca. :^)

Abraço

P.S.: depois eu comento no post sobre sua viagem à Goiânia e no anterior também, agora vou ver se coloco alguma coisinha lá no PaposPops.

Elvis "Wolvie" disse...

Que bom que gostou das resenhas, Gilvan! =) Não é minha pretensão ser um crítico, pois jamais conseguirei ser adequadamente imparcial. Meu gosto peculiar, de uma maneira ou outra, influi nas minhas preferências cinematográficas. Não sou capaz de dar 5 estrelas para um filme perfeito tecnica e cenicamente, se ele não faz o meu estilo. =P

Sobre O Sonho de Cassandra e Scoop, não descartei a possibilidade de vê-los. Preciso me organizar melhor, mas faz parte de minhas metas me dedicar a certos diretores algum tempo da vida. Claro que começarei com Spielberg, mas Allen está bem cotado na lista, e o dvd que você me mandou será de grande valia! =)

Não conheço "Meu pai, uma lição de vida", mas o elenco é promissor. Ok, Ted Danson não é nada demais, mas Dukakis e Lemmon... excelente dupla!

Eu e meu pai temos uma relação confusa. Somos ambos pessoas estranhas. =PPP Mas faz parte dos meus objetivos futuros fazê-lo uma visita.

E além de ver esse filme do Kaufman, veja Natureza Quase Selvagem, que vai de brinde nos DVD's que estou lhe enviando (ao que tudo indica, segunda-feira coloco tudo no correio).

E vale a pena ver Filth and Wisdom, o Eugene faz um personagem (inspirado nele mesmo, ao que parece) muito divertido. Tem cenas toscas, mas tem diálogos legais.

E ano que vem espero me programar pra ver ao menos 20 filmes. =)
Ah, mas esses 11 do festival me garantiram uma média excelente de filmes no cinema, praticamente insuperável. No final do ano divulgarei os números, hehehe.

Mãe também é fã de pipoca, mas acabou nem indo pro festival comigo. Eu que não sou amante, comi umas 4 vezes.

Denise Egito disse...

APENAS 11 filmes?
Vc tá brincando, né?
Vou ter que voltar outro dia pra ler com calma.
Beijos