sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Tops 2010

Chegamos a mais um final de ano e cá estou eu para compartilhar com vocês minhas estatísticas que, excetuando-se na área de filmes, até que não foram das piores, levando em consideração meu escasso tempo livre. Quem tiver curiosidade de (re)ler o top do ano passado, pode acessá-lo aqui.

Em 2010 assisti a risíveis 84 filmes, sendo 79 inéditos e 5 reprises, dentre estes 39 no cinema, 8 curtas, nenhum documentário e 3 produções em 3D. Foram 21 filmes cotados como 5 estrelas, dos quais 11 no cinema. Meu melhor período foi o início do ano, na correria das premiações, quando consegui assistir quase todos os indicados às principais estatuetas do Oscar. Devo essa queda de produtividade a dois fatos isolados: o incêndio na Academia de Tênis, que impediu a realização do Festival Internacional de Cinema, responsável por 15 filmes da minha lista no ano passado e 13 em 2008; e por uma inexplicável preguiça de sair de casa pra ir ao cinema sozinho. Não sei de onde veio esse sentimento, já que estou mais do que acostumado a não ter companhia, mas deixei passar uns 10 filmes que gostaria de ter assistido graças à preguiça. Não vou nem comentar a meta do ano passado. =P Mas espero chegar a 120 filmes no próximo ano, sem definir quantos gostaria de ver no cinema (já que o cinema anda cada vez pior, dublando filmes, não estreando, atrasando, etc., pode até ser que eu reduza minha incursão às salas). Também decidi fazer em 2011 uma mudança nos meus tops: cinema não tem sido um top adequado, pois esse ano vi alguns filmes antigos na telona (nas mostras do Centro Cultural do Banco do Brasil) e novos no PC. Então farei em 2011 um top dos filmes novos e outro geral, ok? E definirei novos como "estreou no Brasil ou lá fora no ano corrente".
Na literatura também não alcancei a minha meta, que era de 30 livros. Mas estou razoavelmente satisfeito com os 25 lidos. Foi difícil escolher os cinco melhores e as menções honrosas do top são todas merecedoras. De toda forma, reafirmo que gostaria de ler 30 livros em 2011.
Na TV minha meta foi cumprida e estou muito satisfeito com o número de episódios alcançado: 416 (contra 341 do ano passado), em 16 séries distintas, com um top inesperado graças a uma reviravolta surpreendente nos últimos 10 dias do ano. A meta era de assistir Lost, executada com muito prazer e sem arrependimentos. Meta para 2011: começar a assistir séries muito comentadas, como Breaking Bad e Community.
Encerrando as estatísticas, também superei por pouco (embora sem esforços adicionais) minha meta de páginas de quadrinhos lidas. Foram 31106 (contra 29406 em 2009) em 214 revistas. Aliás, cabe aqui explicar que álbuns em quadrinhos, como Retalhos e Scott Pilgrim, foram registrados na seção de livros, porque acho mais condizente com a sua condição (e também, confesso, porque alguns não vieram paginados, e deu preguiça demais de sair contando 400 páginas manualmente =PPP). Meta para 2011: manter as 30000 já me satisfaria.
Deixo-os abaixo com o gráfico evolutivo dos números de filmes, filmes no cinema e livros. Não estou incluindo séries e quadrinhos aí porque o número é muito mais alto e porque não estão sendo contabilizados desde 2005 como os outros.


Evolução estatística de 2005 a 2010


Vamos então aos vencedores do meu Top com breves comentários ou links quando já tiverem sido comentados antes. Aviso que pequenos spoilers podem ser encontrados.



TV - Séries (incluindo animações)

Menções Honrosas: Lost, Parenthood, Nodame Cantabile e Kimi ni Todoke.
Foi difícil eleger a terceira posição do Top, mas seu ocupante ainda mereceu este destaque. A confusão se deveu à surpresa na primeira colocação. Pois bem, Lost chegou perto deste terceiro lugar. Já falei bastante da série aqui.
Parenthood foi citada no mesmo link de Lost. A série vem crescendo muito, sempre com um ou outro problema, mas sou muito fã de séries de relacionamento e realmente gostaria que surgisse uma como Gilmore Girls para tomar lugar no meu coração. =P Mas a trama de Parenthood vem evoluindo, e todos os personagens são bacanas, com seus problemas e suas neuroses.
Nodame Cantabile foi outra que por pouco não pegou a terceira colocação. A conclusão deste excelente anime me emocionou e fiquei muito triste ao ter que me despedir dos meus amados personagens Nodame e Chiaki. Ainda estou precisando baixar algumas músicas da orquestra que tocou na gravação dos episódios.
Kimi ni Todoke é um anime fofinho sobre uma colegial que se parece com a Sadako de O Chamado, o japonês, claro. Por ser meio assustadora, ela tem dificuldades para fazer amigos. Mas um colega de classe quebra essa barreira e logo ela se vê envolta por amizades, tornando-se aos poucos uma adolescente normal. É um shoujo relativamente comum, mas merece uma indicação aqui. (Parênteses importante: um obrigado especial à minha amiga Mari por me indicar animes XD)

3. Dexter
Eu disse ano passado que seria difícil superarem a quarta temporada da série. E realmente, não havia como bolarem outro personagem tão complexo e brilhante quanto o Trinity Killer. Muito menos um final de temporada com o mesmo impacto. A temporada foi excelente, mas ainda assim a mais fraca da série, o que não é nenhum demérito se pensarmos em como as temporadas anteriores foram excepcionais. Gostei da personagem Lumen e o amadurecimento de Dexter continuou. Em cada ano, somos apresentados a um Dexter ligeiramente diferente, após os eventos da temporada anterior. As subtramas envolvendo os personagens secundários foram relativamente bobas, em especial a crise no casamento de Angel e Laguerta. Os vilões foram razoáveis, mas o encerramento pouco plausível. E o desfecho de Lumen foi o mais surreal. Foi meio um "ah, tem que ser assim, ou teremos um problema na próxima temporada". Mas, como eu disse, a série é soberba e merece entrar em qualquer top. Já estou ansioso pelo ano 6.

2. Fringe
Os últimos episódios da segunda temporada de Fringe foram tão bons que eu já imaginei que ela duelaria forte com Dexter nas minhas preferências esse ano. Mas nunca sonhei com um início de terceira temporada tão espetacular. A série melhora a cada episódio, num ritmo surpreendente! Já em setembro eu pensei "ok, Fringe será a líder do meu top no final do ano". Claro que eu não sonhava com a reviravolta da última semana.
Nessa temporada, Walter, Peter e Olivia amadureceram imensamente, sobretudo a Agente Dunham. Pela primeira vez entramos na couraça sentimental dela e eu estou desesperado pelo próximo capítulo graças a isso! =P Mas amadurecimento de personagens à parte, a tensão provocada pelas transições do roteiro entre os dois Universos foi a grande responsável pelo ápice de qualidade. Agora a série vai enfrentar uma mudança perigosa de horário, torçamos para que os espectadores prestigiem a excelente trama! #SaveFringe


O trio de protagonistas de Fringe

1. Honey & Clover
No ano anterior, o mangá de Honey & Clover já foi visto com bons olhos e eu esperava sua alta pontuação novamente na seção de quadrinhos. A 9ª edição deveria ter saído em outubro e a 10ª e última em dezembro, mas por algum motivo a 9ª foi lançada apenas agora, na semana passada. Após lê-la fiquei tão maravilhado que decidi começar a ver a série animada. Na minha mente, eu iria vê-la até certo ponto e deixar o final para depois de ler o encerramento do mangá. Mas fui completamente incapaz e assisti aos 38 episódios nesse final de semana do Natal. Em geral, o mangá é ainda superior ao anime, mas por poucos detalhes. O anime tem muitas vantagens, como as ótimas músicas que embalam os momentos dramáticos e a possibilidade de dar voz aos estimados personagens. O fato de ter assistido tudo de uma vez e, claro, a altíssima qualidade da história da mangaká Chica Umino, me deixaram com o final na cabeça. Fico imaginando o que aconteceu aos personagens após os fatos narrados. É a maior prova do impacto de uma história: lhe deixar imaginando o que não foi contado.
Ano passado eu resumi muito brevemente a trama de Honey & Clover, mas a história decididamente merece mais dedicação da minha parte. Tudo gira em torno de cinco estudantes em uma Universidade de Artes e as dificuldades que eles passam para se formar e para aprender a lidar com as responsabilidades da vida adulta. Em nenhum momento acompanhamos uma sala de aula, apenas a elaboração de alguns trabalhos, e o grande foco está mesmo no relacionamento entre eles, tão diferentes e tão complexos, ao longo de quatro anos de suas vidas. Os personagens são:
- Takemoto: de acordo com o Pablo Villaça, em toda história há um único protagonista. Então, mesmo que aqui os cinco sejam importantes, se fosse para destacar um, seria Takemoto. É um jovem no segundo ano da faculdade (quando começa a história), sem saber muito o que quer da vida, e que logo se apaixona pela doce Hagu. Dedicado, valoroso amigo, e dono de um coração puro e às vezes inocente, é o personagem com quem mais me identifiquei. Ele é bobo, como eu. =P E foi o personagem que mais me emocionou durante a história, pelo seu crescimento e pelas situações enfrentadas.


Takemoto

- Hagu: a narrativa começa com a chegada de Hagu para começar a faculdade de arte e é apresentada aos demais pelo primo do seu pai, o professor Hanamoto. Extremamente tímida, Hagu não sabia o que era ter amigos. Nem se importava muito, pois sua mente vê as coisas de outra forma. Tudo que seus olhos captam serve de material para a arte magnífica que ela produz. É tão pequena e frágil que às vezes é confundida com uma criança.


Hagu

- Morita: o personagem mais nonsense de Honey & Clover. Um veterano que até hoje não se formou porque sempre desaparece por longos períodos e acaba perdendo as datas de entrega do trabalho final. Ninguém sabe o que ele faz, nem como arruma tanto dinheiro e nem porque não faz uso desse capital. Sempre diz o que pensa e faz o que dá na telha, ainda que isso seja heterodoxo. É o responsável pelos momentos mais cômicos, mesmo que seja um personagem carregado de dramaticidade.


Morita

- Mayama: o responsável Mayama, embora mais novo que Morita, acaba sempre fazendo companhia ao professor Hanamoto no time dos experientes, que cuidam dos "adolescentes". Dedicado e competente, é reservado e muito observador. Tem um carinho de irmão mais velho pelos demais, cuidando deles sempre que pode, seja levando comida para casa ou deixando-os dormir no seu quarto com ar condicionado (Takemoto, Morita e Mayama moram numa espécie de república de estudantes).


Mayama

- Yamada: talentosa ceramista e profundamente apaixonada por Mayama. Respira seu amor não-correspondido, aproveitando os lados bom e ruim, mas às vezes se prendendo demais ao sentimento. Garota muito bonita e desejada por muitos homens, embora não seja uma moça das mais convencionais: não cozinha bem, bebe até cair e tem um poderoso chute que a rendeu o apelido de Dama de Ferro.


Yamada

O professor Hanamoto serve de tutor da turma. Há outros personagens importantes, mas que vão surgindo aos poucos na trama e, por isso, não serão citados aqui.
Enfim, é uma história de descoberta da vida, protagonizada por jovens adultos que precisam aprender como lidar com as situações, sobretudo aquelas que exigem muito de seus corações. Mayama é o único que, desde o princípio, demonstra maturidade em suas atitudes, enquanto os demais vão crescendo aos poucos. Recomendo muito a todos que gostarem de histórias sobre relacionamentos, amadurecimento e jovens adultos. Inclusive deixo aqui o meu apelo: se você não tem o costume de assistir animações e/ou pensa que são coisas para crianças ou nerds, dê uma chance a Honey & Clover.



Quadrinhos

Menções Honrosas: Evangelion, Cable e D.Gray-man.
Comecei a assistir animes na infância, com Zillion e depois com Cavaleiros do Zodíaco. Dragon Ball, Yu Yu Hakusho e outros animes de ação, feitos para meninos (shounen, como chamam os japoneses) eram minha preferência. Evangelion foi o divisor de águas. Misturava a ação do shounen com uma trama cerebral e complexa, envolvendo muito mais drama do que eu estava acostumado. A série foi minha favorita por longos anos, embora hoje eu goste mais de animes de relacionamento adultos (como Nana, Honey & Clover e Nodame Cantabile), e quando a Conrad Editora começou a lançar mangás no Brasil, foi uma das primeiras apostas. O ritmo de produção do autor é muito lento e até hoje o mangá não foi concluído, embora seja curto e tenham se passado 13 anos do primeiro volume. Mas estávamos órfãos desde a quebra da Conrad e o mangá merece a menção aqui pelo excelente trabalho de retomada da Editora JBC, que agora detém os direitos de publicação. O formato é exatamente idêntico ao original, dando continuidade à coleção e respeitando muito os fãs, embora este formato difira em tamanho, papel e estilo do usualmente adotado por eles. Tenho quase certeza de que não deve estar sendo muito lucrativo, mas a JBC ganhou o meu respeito. Mas enfim, com três edições lançadas em 2010, Evangelion se aproxima de seu cataclísmico encerramento.
Cable teve histórias boas e ruins em 2010, nas páginas da revista X-Men Extra, mas a trama geral, que envolve a proteção da garota predestinada a salvar ou a destruir os mutantes, Esperança, é muito bacana! Já sou fã da garota, que cresceu como uma sobrevivente e que em breve retornará ao presente da Marvel. Talvez haja uma ligação dela com a Força Fênix e quem sabe até com Jean.
D.Gray-man foi citado em 2009 e o repito aqui. A trama vem amadurecendo e não consigo vislumbrar o rumo da história, que sempre parece em vias de acabar, embora na verdade ainda esteja em publicação no Japão.

5. Berserk
A consistência do mangá de Kentaro Miura é impressionante. Mas é um gênero que não recomendo a todos. Violento ao limite, é conduzido pelo conceito tradicional de RPG medieval, mas num mundo atormentado por demônios e criaturas das trevas. Gatts luta para obter sua vingança contra Griffith. Contando com um elenco de apoio fantástico, o mangá vai seguindo em meio a bizarrices, mas nos apresentando a um desenrolar muito cativante.

4. Capitão América
Apesar de eu não estar gostando muito da história que mostra a volta de Steve Rogers, o ano foi excelente para Bucky, acompanhado da ótima Viúva Negra, ocasionalmente da trágica Sharon Carter e do sem graça do Falcão. Ed Brubaker faz um dos melhores trabalhos da história dos quadrinhos desde seu início no título, há mais de quatro anos.

3. X-Factor
Sempre gostei do Peter David, mas nunca tanto quanto agora. Adoro o elenco excêntrico de X-Factor (Guido é uma comédia; M hilariamente chata; Siryn mandona como sempre; Rictor abalado por não ter poderes e agora pela volta de Shatterstar, que é sempre esquisito; e o estranho Darwin completa muito bem o grupo de investigação principal), o protagonista Madrox e sou fã incondicional de Layla Miller, a personagem mais interessante que a Marvel criou no Universo X na última década. Agora ela é adulta e estamos vendo de perto, no futuro, a Rebelião Summers, citada em histórias lááá do início dos anos 90. Ao que parece Madrox volta ao presente em breve, e espero que Layla venha junto. Não posso imaginar a revista sem ela.


Layla Miller adulta

2. Nana
A mangaká Ai Yasawa está doente e em recuperação, então a produção do mangá parou desde o volume 21, que alcançamos esse ano. A revista que conta a história das duas garotas chamadas Nana só melhora a cada volume e essa pausa é dolorosa, pois o momento da interrupção foi abruptamente chocante e definidor do futuro da Nana cantora. Meu único real desejo é que Reira (que seria Layla em japonês, esse nome anda me perseguindo, hein?) e Shin fiquem juntos no final, são meu casal favorito agora. Eu esperava que o excelente mangá liderasse a lista novamente, como até anunciei ano passado. Todavia, sua interrupção e a altíssima qualidade do primeiro lugar o depuseram do topo.

1. Honey & Clover
Não preciso comentar mais nada, preciso? Liderar minha preferência em duas mídias distintas no mesmo ano é realmente digno de nota, por isso só repito: quem gostar de quadrinhos, leia. Quem preferir assistir, assista. Ambos, anime e mangá, são excelentes. E digo mais: recomendo o consumo dos dois, apesar de seguirem a mesma linha narrativa. A forma como se complementam é perfeita.

Mayama com sua moto, Morita deitado, Hagu e Takemoto sentados e Yamada mais atrás (cliquem para ampliar)



Livros

Menções Honrosas: Scott Pilgrim Contra o Mundo Vols. 1 e 2, Jane Eyre e Os Mundos de Crestomanci - As Vidas de Christopher Chant.
Scott Pilgrim é uma overdose nerd-pop. Linguagem de videogame, fala diretamente para jovens adultos. Scott Pilgrim é um jovem que gosta de tocar na sua banda, a Sex Bob-Omb, e começa um relacionamento esquisito com uma oriental menor de idade, logo a trocando pela forasteira Ramona Flowers, meio maluca e de cabelos coloridos. Para azar do pobre rapaz, para ficar com ela é preciso enfrentar seus sete ex-namorados malignos! Estou ansioso pelo Vol. 3, que encerra a aventura de Pilgrim.
Jane Eyre é a obra mais famosa de Charlotte Brontë, irmã mais velha de Emily Brontë (autora de O Morro dos Ventos Uivantes). Um grande clássico de cerca de 600 páginas, que voam nos detalhes da vida da desafortunada Jane, da sua infância à juventude, e cada uma das agruras que o destino a reserva. A protagonista é uma personagem fascinante, de uma complexidade ímpar. Suas reações sempre inesperadas e suas decisões são o destaque máximo da obra. As três irmãs Brontë nos legaram basicamente estes dois grandes clássicos, entre outras publicações menores. Mas são dois livros excelentes e o suficiente para seu reconhecimento póstumo.
No ano anterior, a Diana Wynne Jones emplacou três livros no meu Top 5. Este ano, li apenas um dela, emprestado pela minha amiga Karen, e que conta a origem do Crestomanci, personagem de outros livros que não li. A narrativa da autora é sempre muito dinâmica e jovial, e sua criatividade continua a impressionar. Christopher Chant é capaz de viajar através de vários mundos e precisa aprender a direcionar o uso deste dom para o bem.

5. Retalhos
O autor Craig Thompson narra na forma de quadrinhos sua infância, adolescência e juventude, suas primeiras dúvidas sobre Deus, seu primeiro contato com o amor e a difícil convivência com seus familiares. O traço não é bonito, como dificilmente o é em quadrinhos alternativos, mas tampouco é feio, sendo apenas simples e dotado de uma narrativa muito fluida e criativa. A história não é exótica ou inovadora, o destaque fica mesmo por conta da maneira como ela é narrada e é impossível não nos envolvermos na difícil juventude de Craig e no amor que descobre com Raina. O pessoal do Universo HQ fez um review muito bacana da obra, que pode ser lido aqui.


Craig e Raina no cobertor que inspira o nome da obra

4. As Crônicas de Gelo e Fogo - Livro Um: A Guerra dos Tronos
Sempre olho com desconfiança para a enxurrada de obras de cunho medieval que pululam nas livrarias brasileiras desde que O Senhor dos Anéis foi redescoberto em 2001. Não foi diferente com A Guerra dos Tronos. Vi nas livrarias, dei uma olhada e deixei pra lá. Então as pessoas começaram a falar bem por aí, e eu descobri que uma série da HBO adaptando o livro estava em desenvolvimento (protagonizada por Sean Bean, o Boromir de O Senhor dos Anéis, estreia em 2011). Li um pouco a respeito e fiquei curioso. Passando pela livraria, descobri que custava apenas 30 e poucos reais, muito barato para ser um livro de 600 páginas com encadernação maior que a comum e fonte menor que a maioria. Comprei.
E não me arrependi. O autor George R. R. Martin elaborou um intrincado universo diegético para sua saga, que não se conclui aqui. Pelo contrário, uma grande deixa fica no final da leitura, à espera do lançamento do Livro Dois em terras brazucas. A narrativa é deliciosa! Não é das mais simples, mas também não é nenhum Tolkien. Inúmeros termos foram cunhados e jamais são desnecessariamente explicados, permitindo que o leitor descubra com o passar do tempo seu significado (exemplo: Meistre, que é um título dado aos magos do lugar). A fragmentação do fluxo da história é inteligente: apesar de cada capítulo ser centrado em um personagem (creio que são sete personagens utilizados dessa forma, em revezamento), a linearidade é respeitada. Ou seja, após um capítulo com Eddard Stark, o patriarca da família de protagonistas, o capítulo seguinte, com seu filho Bran, não conta o que aconteceu com Bran durante o capítulo anterior, mas sim o instante seguinte. Não sei se fui claro, mas não são narrados eventos paralelos, mas sim há a impressão de que pedaços de cada linha narrativa nos são mostrados. Achei o recurso muito criativo!
A história gira em torno dos Stark, um dos sete clãs mais importantes do Reino. Eddard precisa deixar o seu lar para se tornar o braço direito de seu amigo, o Rei. E acaba se envolvendo em um complexo jogo político e conspiratório, semelhante ao que comumente encontramos nas histórias sobre os reinados europeus. Sua esposa e filhos também acabam envolvidos na trama e após alguns capítulos estamos envolvidos de tal forma que precisamos desesperadamente saber o que vai acontecer, e tem sido doloroso ter que esperar o lançamento sem previsão do próximo volume.

3. Ramsés - Volume 2: O Templo de Milhões de Anos
2. Ramsés - Volume 3: A Batalha de Kadesh
1. Ramsés - Volume 4: A Dama de Abu-Simbel

O escritor Christian Jacq é um historiador e egiptólogo e resolveu usar esses conhecimentos para contar a história de vários grandes personagens do Egito Antigo. Sua série mais famosa é composta pelos cinco volumes que narram a vida de Ramsés II, provavelmente o mais grandioso Faraó de todos os tempos. O Volume 1 também faria parte dessa lista, caso eu não já o tivesse lido há muitos anos e em 2010 apenas relido, e o Volume 5 também é ótimo, mas sofre com uma ligeira queda de ritmo, então acabou não participando do top. Mas os volumes 1-4 são esplendorosos e os devorei num ritmo inacreditável. Eu adoro a sensação desesperadora que se apodera de mim quando me empolgo com um livro ou uma série de TV e passo a respirar a história, lendo/vendo em cada brecha, reduzindo as horas de sono para terminar logo. Obviamente, Jacq romanceou a verdadeira história, da qual provavelmente sabemos muito pouco do que realmente aconteceu.
Mas pelo que sabemos, Ramsés é o filho mais jovem do Faraó Sethi e acaba sendo escolhido como seu sucessor. Isso desperta a inveja de seu irmão mais velho, Chenar, muito mais adequado a um cargo puramente político que Ramsés, mas o Faraó não era simplesmente político. Ele era o líder político, militar e religioso do Egito. E apenas Ramsés era verdadeiramente capacitado para exercer as três funções habilmente, inspirando a extrema devoção dos seus súditos que, diferente da maior parte das nações, acreditavam que o Faraó se comparava aos seus deuses, não sendo apenas um representante deles na Terra. Então, ao longo dos cinco volumes, Ramsés se torna um Faraó, tem que lidar com as ameaças hitita e líbia, com seu inquieto amigo Moisés, o hebreu (a história dele vocês conhecem, né? =P), e com as duas mulheres da sua vida, Iset, a Bela (sua primeira paixão, inadequada para se tornar a Grande Esposa) e Nefertari (que se torna sua consorte real). Desafio leitores a não ficarem fascinados com a personalidade magnetizante de Ramsés, que nos convence de que não é mesmo simplesmente um humano.


Estátua de Ramsés II no gigantesco templo de Abu-Simbel



Filmes - Cinema

Menções Honrosas: Nosso Lar, A Fita Branca e Direito de Amar.
Eu não costumo falar muito de religião, porque acho que esse assunto é muito pessoal, e prefiro nem tentar interferir na opinião de ninguém a respeito. De toda forma, o filme Nosso Lar só funciona realmente bem se você acreditar nos acontecimentos retratados, como é o meu caso. Mas independente deles, a "cidade" criada por computação gráfica é fantástica, talvez o ápice dos efeitos visuais em longas nacionais.
Michael Haneke é um cara esquisito que faz filmes esquisitos. Nenhum dos longas dele que eu tive a oportunidade de assistir é fácil. A Fita Branca nos apresenta à Alemanha pré guerras mundiais e ao nascimento do que um dia se tornaria o nazismo. Moralmente muito forte, a bela fotografia em preto e branco do longa e os efeitos sonoros ajudam a construir a tensa atmosfera que envolve a pequena cidade onde se ambienta a dramática história.
Eu sempre gostei de Colin Firth, mas ao assistir Direito de Amar percebi que ele era um ator mais competente do que eu pensava. Sua atuação lhe rendeu indicações a inúmeros prêmios e um destaque tal que esse ano está novamente nos holofotes, com O Discurso do Rei. Bem, Direito de Amar é um retrato construído pelo estilista Tom Ford em sua primeira aventura atrás das câmeras, sobre um homem que precisa superar a grande tristeza em que sua vida se tornou, com a ajuda da antiga amiga vivida com muito talento por Julianne Moore. Através de flashbacks e planos com poucos diálogos, o filme emociona mais pelo não dito que pelo exposto. Firth nos transmite muita segurança sobre o papel e lembro de ter saído do cinema amargurado como se a causa de sua tristeza tivesse acontecido comigo.

10. Harry Potter e As Relíquias da Morte - Parte I
Não é segredo que eu sou um grande fã dos livros do bruxinho inglês. Quando era mais jovem e meu senso crítico mais brando, eu curtia mais os filmes e eles costumeiramente lideravam minhas listas. Hoje sempre tenho a impressão de que são muito corridos. Ainda assim, a primeira parte de As Relíquias da Morte é excelente ao adaptar o universo tenso e sombrio de J. K. Rowling para as telas. Já falei muito sobre o filme aqui.

9. Rastros de Ódio
Começa aqui a razão da mudança nas minhas listas em 2011, para filmes novos e geral, porque vi alguns longas antigos no cinema do CCBB em 2010. Rastros de Ódio é um clássico de John Ford, certamente um de seus longas mais famosos. Protagonizado pelo rei dos faroestes John Wayne, a produção, na fase colorida da carreira de Ford, conta a história de um homem que deseja vingar o assassinato de seus familiares e, mais que isso, encontrar sua sobrinha, sequestrada pelos índios. Desde já um de meus faroestes prediletos (embora eu tenha assistido menos longas do gênero do que gostaria).


John Wayne

8. Onde Vivem os Monstros
Considero Onde Vivem os Monstros um filme subestimado. Muito pouco se falou do longa de Spike Jonze inspirado no livro infantil de Maurice Sendak, quando o encaro como um retrato sensível, psicológico e lúdico do universo infantil. Com personagens carismáticos (embora, admito, boa parte dos monstros seja estereotipada), um excelente trabalho de dublagem, e uma trilha sonora fantástica composta pela cantora indie Karen O, o longa se beneficia inclusive da cenografia da "vila dos monstros", simplista como seria o universo imaginado por uma criança. Claro que a participação de Catherine Keener como a mãe do protagonista é um ótimo bônus, já que nos últimos anos a atriz vem se especializando em escolher papéis que sempre me agradam, o que acabou gerando uma admiração da minha parte por seu trabalho.

7. Como era Verde o meu Vale
Outro clássico de John Ford, dessa vez nem de perto um faroeste, e ambientado na sua Irlanda natal. É um melancólico retrato de uma cidadezinha que gira em torno de uma indústria em uma época em que realmente parecia interessante falar em socialismo, pois o capitalismo fordista (muito bem satirizado por Chaplin em Tempos Modernos) era cruel e não havia leis trabalhistas e muito menos de direitos humanos. Assistimos ao longa pelo ponto de vista de uma criança, que vê seus irmãos e pais trabalhando à exaustão e tem que lidar com as dificuldades da pobreza e da falta de oportunidades do lugar.

6. Kick-Ass
Dois filmes pop adaptados de quadrinhos em seguida. Kick-Ass é um espetáculo muito divertido mas que só foi alçado à fama pelo desempenho brilhante da garota Chloë Moretz como a Hit-Girl, a personagem do ano na minha opinião. Todo o filme é muito empolgante, claro, o roteiro é até bem amarrado e etc., mas a Hit-Girl rouba a cena descaradamente. "Me? I'm Hit-Girl".


A Hit-Girl

5. Scott Pilgrim Contra O Mundo
Falei sobre Scott Pilgrim na seção de quadrinhos, mas preciso dizer que o filme é muuuuito cool! Tem várias liberdades com relação ao original, mas adorei tudo! Adorei ver a Mae Whitman (a Amber de Parenthood), o Brandon Routh e o Jason Schwartzman fazendo participações hilárias. O Michael Cera é ótimo pro papel e eu ameeeei a Knives Chau (mais bacana que na HQ, eu diria) da Ellen Wong, mas meu destaque vai mesmo pro Kieran Culkin (pra quem não sabe, irmão do Macaulay), que está divertidíssimo como o amigo gay de Scott, Wallace. As referências a videogames foram intensificadas no longa e sua própria estrutura lembra mais uma sequência de fases que de atos, hahaha. A trilha sonora então? Espetacular! Os efeitos sonoros e visuais também são muito eficazes, bem como a montagem com transições sutis e curiosas, mexendo um pouco com a noção de tempo do espectador. Destaque máximo para a cena em que Pilgrim está meio abobalhado e nem percebe o que está fazendo.

4. A Ilha do Medo
Que Scorcese é um dos melhores diretores de todos os tempos ninguém duvida. Seu trabalho em A Ilha do Medo é um dos mais eficazes dos últimos anos (aliás, arrisco a dizer que é o melhor da parceria com o DiCaprio). O filme é construído sob uma atmosfera exasperante de tão tensa, e é impressionante a habilidade do veterano diretor e sua equipe de nos fazer acompanhar o protagonista em seus temores. Todo o elenco é fabuloso, desde a participação de Michelle Williams (uma atriz que sempre foi interessante, mas agora vem cada vez melhor e sabendo escolher muito bem seus projetos. Sou seu admirador desde Dawson's Creek, série de cujo elenco ela sempre foi a mais talentosa) ao próprio DiCaprio. E o roteiro é também fantástico, conseguiu me surpreender com seu desfecho.

3. Tudo Pode Dar Certo
Alguns podem se espantar com essa privilegiada posição do último filme de Woody Allen. Nem é tão espetacular assim, embora seja ótimo. Mas ele está aqui porque me fez pensar por muito tempo depois da sessão, sobre o protagonista vivido por Larry David. Eu tenho muito medo de ficar igual quando mais velho. Já tenho as tendências solitárias e rabugentas e a cada dia perco mais a fé na humanidade. Não me esqueço de quando ele comenta que colocaram descargas automáticas nos banheiros públicos porque não podemos confiar no homem nem sequer para apertar a descarga. Deprimente. Mas reflexões à parte, o longa é hilário! Patricia Clarkson está divertidíssima e eu adoro a lindinha Evan Rachel Wood. O destaque é o cinismo de Larry David, claro.


Larry David e Evan Rachel Wood

2. Toy Story 3
Quem diria que uma sequência, e realizada após tantos anos, pudesse ser um filme tão bom, hein? Não posso afirmar que seja o melhor da Pixar. Creio que Os Incríveis e Ratatouille são sutilmente superiores. Mas é um longa perfeito! Eu revi os dois anteriores alguns dias antes e tinha a história fresca na minha mente. Como não se emocionar ao rever aqueles personagens queridos? Não resisti a algumas cenas mais comoventes. Passei toda a projeção com um sorriso de ponta a ponta. A Pixar é o estúdio mais consistente de Hollywood.

1. A Origem
Eu queria ter feito um post sobre A Origem após o lançamento. Mas não saiu. Agora eu não poderei escrever com a mesma empolgação, mas... nem tem muito o que dizer. Eu não encontrei falhas neste que é pra mim o melhor filme dirigido por Christopher Nolan. A Origem foi em 2010 o que Matrix foi em 1999. Ou quase. Matrix foi um pouco mais impactante pelo visual estilizado e pelas cenas de luta. Mas em termos de ideias e roteiro... uau! Pensei em sonhos por um bom tempo e até hoje sinto uma pontada de vontade de mestrar um RPG partindo da premissa da invasão dos sonhos! Uau! Uau!
Só mais um comentário a acrescentar: este me parece ter sido um ano relativamente fraco para o cinema. Excetuando A Origem, tive profunda dificuldade de montar meus tops. Não conseguia decidir nenhum filme bom o suficiente para ficar em segundo ou terceiro lugares.



Filmes - Geral

Menções Honrosas: Kick-Ass, Como era Verde o meu Vale e Um Sonho Possível.
Kick-Ass e Como era Verde o meu Vale foram comentados acima.
Eu seeeei que Um Sonho Possível é clichê e piegas. Também sei que a atuação de Sandra Bullock, por mais que esteja legal, não merecia o Oscar. Ainda assim, deixei o filme registrado aqui porque me arrancou algumas lágrimas. Saber que é uma história real me permitiu ter um pouquinho de fé na humanidade, ainda que logo esta tenha sumido. =P

10. O Fantástico Sr. Raposo
Wes Anderson é um diretor que me atrai. Não vi tantos filmes dele, mas preciso resolver logo esse problema. =P O Sr. Raposo é um pai de família (sim, é uma raposa =P) malandro. Prefere roubar galinhas que trabalhar. Isso provoca a ira dos fazendeiros locais e logo a confusão está armada. A trilha sonora é deliciosa e os diálogos de Anderson são sempre provocantes. Se você gostou de Os Excêntricos Tenenbaums, provavelmente apreciará O Fantástico Sr. Raposo. É semelhante, porém em stop-motion! ^^

9. Laços de Ternura
Eu adoro dramas. Laços de Ternura é um filme adorável protagonizado por Shirley McLaine, que é mãe da personagem de Debra Winger. O relacionamento das duas é o cerne da história. Enquanto a filha vive seus romances, a mãe tem dificuldades para confiar em homens novamente. É aí que entra o vizinho garanhão interpretado por Jack Nicholson. John Litgow (o Trinity Killer da quarta temporada de Dexter) faz uma boa participação. Engraçado, comovente, triste e emocionante! Ah, o filme tem uma continuação realizada anos depois, O Entardecer de uma Estrela, que é muito bom também, embora inferior ao original.

Debra Winger e Shirley McLaine em Laços de Ternura

8. Scott Pilgrim Contra O Mundo
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7. A Ilha do Medo
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6. O Segredo dos Seus Olhos
Belíssimo longa do argentino Juan José Campanella, que conta a história de um recém aposentado oficial de justiça. Após a aposentadoria, o personagem, vivido por Ricardo Darín em uma composição calculada, decide escrever suas memórias, e se vê relembrando um incidente do passado, quando investigou com seu parceiro de trabalho o assassinato de uma jovem mulher, a pedido do viúvo, chefiado por Irene, a belíssima mulher por quem nutre uma paixão secreta. Não há muito o que reclamar da obra, que surpreendente e felizmente derrotou A Fita Branca no Oscar de Filme Estrangeiro. Seu roteiro é excelente, todos os aspectos técnicos, desde maquiagem à efeitos sonoros, são corretíssimos, as atuações dos principais membros do elenco exemplares e a direção impecável. Romance, drama, aventura, suspense e até uma pitada de comédia. Recomendo fortemente!

5. Tudo Pode Dar Certo
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4. Mary & Max
Uma das mais belas e tocantes animações de que tive notícia, Mary & Max é capaz de levar valentões às lágrimas com sua história emotiva. Mary é uma garotinha australiana de 8 anos nascida em uma família problemática e que resolve escrever para um americano. Escolhe um nome ao acaso na lista e descobre Max, um senhor de 44 anos, com problemas de obesidade e relacionamento. Os dois começam então a trocar cartas e depois pequenos presentes e guloseimas e dialogam sobre os mais diversos assuntos. O tempo passa e acompanhamos o desenrolar das vidas dos dois personagens através de sua correspondência. É impressionante como uma narrativa consegue se sustentar de maneira belíssima quase que inteiramente através de cartas. Certamente o custo da produção foi bem reduzido e ela merecia ter sido indicada a inúmeros prêmios, ainda que seu forte não seja o apuro técnico (embora este conte com bastante criatividade). Enfim, não deixem de assistir, mas tenham seus lenços em mãos.

3. O Segredo de Kells
Fiquei completamente apaixonado por esta animação. Comentei muito brevemente sobre ela no meu post sobre o Oscar deste ano, que pode ser lido aqui. A história imagina a origem do Livro de Kells, um trabalho ilustrado considerado um dos maiores tesouros da história irlandesa. Vejam algumas páginas aqui. O estilo da animação busca mimetizar a arte do livro, inclusive as cores, e é perceptível a origem celta do manuscrito, ainda que este seja cristão, uma vez que foi produzido numa conflituosa época de transição entre as duas influências religiosas. Mesmo que o filme não fosse tão legal, só este esforço visual para se assemelhar ao Livro de Kells já valeria a recomendação, mas a história, a trilha sonora e mesmo a dublagem garantem o destaque da obra.


Brendan e Aisling em O Segredo de Kells

2. Toy Story 3
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1. A Origem
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O perfeito cartaz de A Origem


Encerro o post com meus votos de Feliz 2011 para todos e com um excerto de O Segredo de Kells, com a bela canção entoada pela personagem Aisling:

4 comentários:

Denise Egito disse...

Oi, Elvis

Grande relatório, hã? E que gráfico é esse, rapaz. Só você mesmo XD

Mas vamos lá:

Não li nenhum dos livros, mas até que me despertou a curiosidade sobre a história do Ramsés.
Dos filmes, eu concordo com A Origem, realmente, um surpreendente filme. É claro que Tudo pode dar certo estará nos meus Top 10!, pra mim, um dos melhores filmes da nova safra de Woody Allen.
Toy Story 3 também é muito lindo, que filme emocionante, sensível, que história...
Muitos filmes que vc citou eu não assisti, portanto, não posso comentar. Mas O segredo dos seus olhos realmente merece destaque na sua lista.
Sobre as séries, concordo que Dexter continua ótima, mas que a temporada foi a mais fraca. Esperemos que a 6ª venha melhor.

Seu post me despertou o desejo que fazer meu Top 10 em filmes. Farei agora mesmo. Acompanhe pelo Twitter. =P

Um beijo e até 2011

Elvis "Wolvie" disse...

Obrigado pelo comentário, Denise! Dei uma revisitada nos tops de 2009 e 2008 e seu comentário já estava lá, hahaha! =D E você sempre se espanta com a magnitude da minha relação! =PPP

Estou à espera do seu top 10! =D

Denise Egito disse...

A propósito, revendo a lista de filmes de 2010 me espantou A rede social não estar nos seus Top 10. Tive a sensação de que você tinha gostado bastante do filme a ponto dele constar do seu "relatório". XD

Um beijo

Elvis "Wolvie" disse...

Ah, eu gostei mais tecnicamente que emocionalmente de A Rede Social. É um bom filme e eu recomendo também, hehehe. Mas dei apenas quatro estrelas, e só aqueles com cinco têm entrado na lista. ^^
Entrou na lista de Gilvan, e Cisne Negro também, ele já viu! Eu quero veeer! Acho que não vou aguentar esperar, sabe? =/