Minha relação com Carl Barks começou na tenra infância, quando ele ainda era vivo. Um homem simples, de origem rural, conseguiu emprego como animador em desenhos da Disney. E após alguns anos nessa carreira, nos anos 40 surgiu a oportunidade dele trabalhar em casa. Como? Bolando e desenhando histórias para a revista Walt Disney Comics & Stories, que custava apenas 10 centavos de dólar na época. O protagonista deveria ser o Pato Donald, com aparições da Margarida e dos seus três sobrinhos (Huguinho, Zezinho e Luisinho) e de eventuais coadjuvantes, como a Vovó Donalda. Barks descobriu-se imensamente talentoso na criação de histórias cômicas de 10 páginas, sempre recorrendo aos temas: Donald pulando de emprego em emprego; sendo azarado perto do Gastão; disputando a Margarida com o Gastão; tendo que controlar as traquinagens dos três sobrinhos (e sua vontade de cabular aula); e, claro, brigando com o vizinho Silva. Já em meados dos anos 40 Barks estava estabelecido no mercado e suas revistas eram as mais vendidas do país.
E em 1947 ele adicionou a uma história do Donald um tio ranzinza e pão-duro que seus sobrinhos mal conheciam. Era a primeira aparição do Tio Patinhas, na super clássica história Natal nas Montanhas. Era um pato muito cruel e ainda com sua personalidade mal definida. Mas foi no ano seguinte que, com sua segunda aparição, ele começou a fazer sucesso. Se deu na clássica história O Segredo do Castelo, na qual Donald e os sobrinhos ajudam o tio a desvendar os mistérios do castelo de seus antepassados. Uma história repleta de suspense, horror e aventura, fugindo do tradicional padrão Disney.
Foi só em 1952 que Patinhas ganhou sua própria revista, dessa vez com histórias de cerca de 30 páginas, escritas e desenhadas por Barks. A maioria com participação de Donald e os sobrinhos. Inspirado nas revistas da National Geographic, Barks fez os patos viajarem mundo afora, buscando riquezas, desvendando mistérios e encarando aventuras. Barks também deu vida aos Escoteiros-Mirim, que eram uma nova faceta dos sobrinhos traquinas, agora dedicados e extremamente estudiosos. Esta faceta lhes seria muito útil nas aventuras com o tio rico, nas quais comumente salvaram o dia com o auxílio do indispensável Manual do Escoteiro-Mirim.
Barks criou ainda a Maga Patalógica, o Pão-Duro Mac Mônei, os Irmãos Metralha, dentre inúmeros outros coadjuvantes menores.
Com 3 anos eu tinha sido ensinado a ler pelo meu pai e ele me levou a uma banca de revistas e pediu que eu escolhesse algo. Não sabia o que estava fazendo, coitado. Hehehehe. Comecei aí e hoje, 23 anos depois, continuo adquirindo quadrinhos, numa coleção que, a essa altura, já deve ter passado das 1500. Mas então, fui descobrindo os patos da Disney, sobretudo o Tio Patinhas. Logo surgiu o desenho Ducktales, com inúmeras histórias que eu reconhecia das minhas revistas (mal sabia eu que se tratavam de histórias de Carl Barks) e com aqueles personagens que eu amava. Essa paixão durou alguns anos, depois acabei trocando a Disney por quadrinhos mais adultos, como os X-Men. Mas nunca deixei de apreciá-los. E eis que, há alguns anos, a Abril resolveu lançar toda a vasta bibliografia de Carl Barks, na ambiciosa obra que dá título a esse post. Claro, eu comprei as 41 edições divididas em 10 caixas, que adquiri durante cerca de 5 anos, com períodos de maior atividade e alguns de espera. São mais de 7000 páginas de quadrinhos. E hoje eu conheço toda a obra do mestre. Do maior fabricante de sonhos que o mundo já conheceu, responsável pela alegria da minha infância, e de tantas outras crianças. Eu sou quem sou graças a Carl Barks. Não é à toa que alguns anos depois virei fã de Indiana Jones (que possui inúmeras referência às histórias de Barks, do qual Spielberg e Lucas são fãs assumidos), e que sonhei durante muitos anos ser um arqueólogo, pois queria conhecer todas essas terras distantes citadas nas histórias e que permeavam os meus sonhos.
Bom, deixo-os com algumas fotos da minha coleção.



E em 1947 ele adicionou a uma história do Donald um tio ranzinza e pão-duro que seus sobrinhos mal conheciam. Era a primeira aparição do Tio Patinhas, na super clássica história Natal nas Montanhas. Era um pato muito cruel e ainda com sua personalidade mal definida. Mas foi no ano seguinte que, com sua segunda aparição, ele começou a fazer sucesso. Se deu na clássica história O Segredo do Castelo, na qual Donald e os sobrinhos ajudam o tio a desvendar os mistérios do castelo de seus antepassados. Uma história repleta de suspense, horror e aventura, fugindo do tradicional padrão Disney.
Foi só em 1952 que Patinhas ganhou sua própria revista, dessa vez com histórias de cerca de 30 páginas, escritas e desenhadas por Barks. A maioria com participação de Donald e os sobrinhos. Inspirado nas revistas da National Geographic, Barks fez os patos viajarem mundo afora, buscando riquezas, desvendando mistérios e encarando aventuras. Barks também deu vida aos Escoteiros-Mirim, que eram uma nova faceta dos sobrinhos traquinas, agora dedicados e extremamente estudiosos. Esta faceta lhes seria muito útil nas aventuras com o tio rico, nas quais comumente salvaram o dia com o auxílio do indispensável Manual do Escoteiro-Mirim.
Barks criou ainda a Maga Patalógica, o Pão-Duro Mac Mônei, os Irmãos Metralha, dentre inúmeros outros coadjuvantes menores.
Com 3 anos eu tinha sido ensinado a ler pelo meu pai e ele me levou a uma banca de revistas e pediu que eu escolhesse algo. Não sabia o que estava fazendo, coitado. Hehehehe. Comecei aí e hoje, 23 anos depois, continuo adquirindo quadrinhos, numa coleção que, a essa altura, já deve ter passado das 1500. Mas então, fui descobrindo os patos da Disney, sobretudo o Tio Patinhas. Logo surgiu o desenho Ducktales, com inúmeras histórias que eu reconhecia das minhas revistas (mal sabia eu que se tratavam de histórias de Carl Barks) e com aqueles personagens que eu amava. Essa paixão durou alguns anos, depois acabei trocando a Disney por quadrinhos mais adultos, como os X-Men. Mas nunca deixei de apreciá-los. E eis que, há alguns anos, a Abril resolveu lançar toda a vasta bibliografia de Carl Barks, na ambiciosa obra que dá título a esse post. Claro, eu comprei as 41 edições divididas em 10 caixas, que adquiri durante cerca de 5 anos, com períodos de maior atividade e alguns de espera. São mais de 7000 páginas de quadrinhos. E hoje eu conheço toda a obra do mestre. Do maior fabricante de sonhos que o mundo já conheceu, responsável pela alegria da minha infância, e de tantas outras crianças. Eu sou quem sou graças a Carl Barks. Não é à toa que alguns anos depois virei fã de Indiana Jones (que possui inúmeras referência às histórias de Barks, do qual Spielberg e Lucas são fãs assumidos), e que sonhei durante muitos anos ser um arqueólogo, pois queria conhecer todas essas terras distantes citadas nas histórias e que permeavam os meus sonhos.
Bom, deixo-os com algumas fotos da minha coleção.